Capítulo 3
Democracia iliberal
Desde a queda do comunismo, vários países do mundo estão a ser governados por regimes análogos ao da Rússia e que combinam eleições e autoritarismo – são as democracias iliberais.
(...)
Na terra do nunca do comunismo soviético, o Estado não necessitava das receitas dos impostos, na medida em que era proprietário de toda a economia.
(...)
Os partidos são o instrumento através do qual os cidadãos nas sociedades modernas se expressam, se reconciliam e institucionalizam os seus valores, morais e políticos.
(...)
O último teste da legitimidade de um governo é a política fiscal, porque ela supõe não a existência de grandes forças policiais, mas a obediência espontânea às leis.
(...)
À medida que a sociedade se abre, os políticos, ávidos de tomarem o poder, reduzem o seu discurso a uma linguagem muito directa, à solidariedade do grupo, por oposição a outros grupos.
(...)
O novo sistema politico [na Indonésia], decididamente aberto, despertou também os fundamentalistas islâmicos, que num país praticamente desprovido de cultura política falam a linguagem familiar da religião.
Fareed Zakaria, in O Futuro da Liberdade (edição Gradiva - 2005)
Desde a queda do comunismo, vários países do mundo estão a ser governados por regimes análogos ao da Rússia e que combinam eleições e autoritarismo – são as democracias iliberais.
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Na terra do nunca do comunismo soviético, o Estado não necessitava das receitas dos impostos, na medida em que era proprietário de toda a economia.
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Os partidos são o instrumento através do qual os cidadãos nas sociedades modernas se expressam, se reconciliam e institucionalizam os seus valores, morais e políticos.
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O último teste da legitimidade de um governo é a política fiscal, porque ela supõe não a existência de grandes forças policiais, mas a obediência espontânea às leis.
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À medida que a sociedade se abre, os políticos, ávidos de tomarem o poder, reduzem o seu discurso a uma linguagem muito directa, à solidariedade do grupo, por oposição a outros grupos.
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O novo sistema politico [na Indonésia], decididamente aberto, despertou também os fundamentalistas islâmicos, que num país praticamente desprovido de cultura política falam a linguagem familiar da religião.
Fareed Zakaria, in O Futuro da Liberdade (edição Gradiva - 2005)
escrito por aL a 11:46 da manhã
2 Pós e Contas:
O terceiro parágrafo é uma delícia... e em Portugal haveria que fixá-lo em todas as esquinas em cartazes gigantes e até mesmo levá-lo a referendo em jeito de pergunta "verdadeiro ou falso".
12/10/05 12:48
o 4º e o 5º também são dignos de antologia!
12/10/05 13:25
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