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domingo, novembro 06, 2005
O Poder das Mulheres
É curioso verificar que actualmente a cultura urbana passa por uma consciencialização por parte das mulheres, de que detêm poder . Isto torna-se explícito quando vemos videoclips, na moda ou na publicidade. As mulheres recuperaram a sua auto-estíma e são poderosas, mandam lá no bairro. É como se tivessem descoberto em si o espírito de Lysistrata.
Isto é um sinal de que as coisas mudaram, que as Mulheres têm controlo da sua sexualidade e de que lhe reconhecem algum poder. No entanto a manifestação deste poder não pode ficar agarrada ao cliché sexual. O poder conquista-se, não é algo inato.
Eu acrescentaria outra condicao "necessaria" para o poder se conquistar: e' preciso que isso seja desejado.
Se digo esta banalidade, e' porque a mais das vezes certas pessoas esquecem-se da diferenca entre "preferencias" e "escolhas". AS escolhas resultam de "preferencias" e "restricoes". Se e' verdade que houve (e ainda havera') restricoes serias 'a participacao das mulheres, e que isso necessariamente limitava as suas escolhas, temos que as preferencias tambem contam.
AS mulheres podem nao ter restricoes mas ter preferencias diferentes. Nao ha razao para achar que se "tudo o resto fosse igual", teriamos um parlamento ou um exercito ou uma policia com 50-50 de homens-mulheres, simplesmente porque o "drive" pelo poder e' 'diferente nos diferentes sexos.
Espero que isto nao seja mal entendido... apenas quero realcar que parte da soberania das mulheres passa por - tendo a capacidade de escolha - nao escolher rumo A ou B, so' porque os homens o fazem, e so' porque alguem acha que elas tem que preencher determinadas quotas.
completamente de acordo, meu caro tiago, se há uma coisa que eu abomino é esta coisa das quotas e da discriminação positiva, que tendencialmente gera incompetência!
a minha ideia neste post era de mera constatação de que a imagem que a mulheres têm delas próprias e que os outros têm delas, alterou-se consideravelmente. A imagem de executiva assexuada ou até mesmo masculinizada deixou de ser sinónimo de sucesso. e foi sendo substituída por uma imagem sexual muito acentuada. isto revela alguma libertação de preconceitos que durante demasiado tempo subjugaram as mulheres. mas essa ideia de poder é de facto vazia, pois esse poder [com base na sexualidade] não é real.
obviamente, que tenho de concordar contigo que para se conquistar algo é preciso querer [mas acho que isso já está implicito na definição de conquista]
"obviamente, que tenho de concordar contigo que para se conquistar algo é preciso querer [mas acho que isso já está implicito na definição de conquista]"
Em termos "lógicos", está. Mas em termos práticos, parece que há muita gente que se esquece disso, e fica miraculosamente à espera que surja um "equilíbrio" em que as mulheres tomam o poder aos homens, e onde dividem isso irmammente. Era só para reforçar esse ponto :)
devo dizer-te, tiago, que eu não sou apologista do equibrio entre sexos, ou quaisquer outras formas de diferenciação, que não as da competência!
eu sou defensora de que o poder deverá estar na mão dos mais competentes. e obviamente que a medio e longo prazo, serão eles os conquistarores do poder... [isto até à degradação deste equilíbrio...]
4 Pós e Contas:
"O poder conquista-se, não é algo inato."
Eu acrescentaria outra condicao "necessaria" para o poder se conquistar: e' preciso que isso seja desejado.
Se digo esta banalidade, e' porque a mais das vezes certas pessoas esquecem-se da diferenca entre "preferencias" e "escolhas". AS escolhas resultam de "preferencias" e "restricoes". Se e' verdade que houve (e ainda havera') restricoes serias 'a participacao das mulheres, e que isso necessariamente limitava as suas escolhas, temos que as preferencias tambem contam.
AS mulheres podem nao ter restricoes mas ter preferencias diferentes. Nao ha razao para achar que se "tudo o resto fosse igual", teriamos um parlamento ou um exercito ou uma policia com 50-50 de homens-mulheres, simplesmente porque o "drive" pelo poder e' 'diferente nos diferentes sexos.
Espero que isto nao seja mal entendido... apenas quero realcar que parte da soberania das mulheres passa por - tendo a capacidade de escolha - nao escolher rumo A ou B, so' porque os homens o fazem, e so' porque alguem acha que elas tem que preencher determinadas quotas.
7/11/05 18:50
completamente de acordo, meu caro tiago, se há uma coisa que eu abomino é esta coisa das quotas e da discriminação positiva, que tendencialmente gera incompetência!
a minha ideia neste post era de mera constatação de que a imagem que a mulheres têm delas próprias e que os outros têm delas, alterou-se consideravelmente. A imagem de executiva assexuada ou até mesmo masculinizada deixou de ser sinónimo de sucesso. e foi sendo substituída por uma imagem sexual muito acentuada. isto revela alguma libertação de preconceitos que durante demasiado tempo subjugaram as mulheres. mas essa ideia de poder é de facto vazia, pois esse poder [com base na sexualidade] não é real.
obviamente, que tenho de concordar contigo que para se conquistar algo é preciso querer [mas acho que isso já está implicito na definição de conquista]
8/11/05 01:05
"obviamente, que tenho de concordar contigo que para se conquistar algo é preciso querer [mas acho que isso já está implicito na definição de conquista]"
Em termos "lógicos", está. Mas em termos práticos, parece que há muita gente que se esquece disso, e fica miraculosamente à espera que surja um "equilíbrio" em que as mulheres tomam o poder aos homens, e onde dividem isso irmammente. Era só para reforçar esse ponto :)
8/11/05 10:59
devo dizer-te, tiago, que eu não sou apologista do equibrio entre sexos, ou quaisquer outras formas de diferenciação, que não as da competência!
eu sou defensora de que o poder deverá estar na mão dos mais competentes. e obviamente que a medio e longo prazo, serão eles os conquistarores do poder... [isto até à degradação deste equilíbrio...]
8/11/05 12:22
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