O cinzento claro foi a cor que encontraram para tentar humanizar os locais de trabalho como escritórios, salas de reunião e até mesmo casas-de-banho. Não perceberam que o cinzento claro não humaniza mas antes robotiza, neutraliza.
O mundo kafkiano é decandente, insólito, animalesco, claustrofóbico mas ainda assim humano, tristemente humano, horrorasamente humano. Até em Orwell ou em Huxley. Mas hoje, o cinzento claro é apenas deslavagem do que ainda restava de humano nesses cubículos de trabalho. O resto, a animalidade, o absurdo, a claustrofobia mantêm-se... apenas disfarçados num cinzento claro minimalista, silencioso e apático.
lipemarujo
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