Rio abaixo, rio acima
O site da Câmara da minha cidade natal é um absurdo. Isto é uma vergonha e inaceitável. E fico pasmado como não há uma indignação maior por parte da oposição. Está tudo a ficar louco. Uma Câmara que tem como estratégia de comunicação a contra-crítica baixa é inadmissível. Nunca vi um executivo viver tão mal com a crítica. Cada vez que uma voz se ergue no Porto contra uma medida (ou faltas delas) de Rio é ignorada na sua essência e atacada, não politicamente mas antes num discurso moralista e numa lógica dualista: o bom e o mau.
Esta posição de Rio é o cúmulo da arrogância e da prepotência. Sócrates está a ganhar os mesmos tiques. António Costa, futuro Presidente em Lisboa, também (o exemplo do blogue do ministério foi um bom exemplo). Temos portanto uma forma de fazer política que consiste em abafar as críticas, em anulá-las, em perder tempo a desmontá-las não no seu conteúdo mas na sua natureza de crítica. Temos políticos que no fundo não fazem política mas que se dedicam antes a criar uma não-política. Estes senhores escolheram um caminho perigoso e nós estamos a percorrê-lo.
lipemarujo
escrito por Filipe a 10:30 da manhã
3 Pós e Contas:
Com Sócrates e Costa talvez a estratégia seja responder às críticas, o que é lícito, mas com Rio não se trata disso. O homem (porra que até lhe chamei homem) usa o site da CMP para perseguir os críticos, tentando c isso manipular as opiniões dos munícipes. A guerra com o director do JN não é nova, conheceu apenas mais um capítulo. Já disse que Rio é um ditador em potência, e é! Esperem até ele chegar à liderança do seu partido.
21/6/07 10:58
Caríssimos,
A democracia é clara neste aspecto. Cada Povo e País democrático tem os líderes que merece. Os médias têm os adeptos que merecem. As pessoas têm a convicção que querem. O dinheiro mexe com tudo o supracitado. No fim quem se lixa é o mexilhão. E tenho dito...
21/6/07 14:02
João,
Esses são pensamentos lapalicianos, as chamdas verdades verdadeiras. Não entram propriamente na discussão. São factos que não avançam nem recuam as coisas que escrevi. Mas está muito bem dito sim senhor.
rjm99,
o caso do diploma, do Charrua, do blogue do ministro (no seu teor e tom), da Ota, são exemplos que não têm nada a ver com uma "estratégia de responder às críticas", são a fuga dessa resposta levando a discussão para um plano de anti-discussão.
E mais do que serem ditadores em potência, são criadores de uma nova forma de ditadura, invísivel e subtil, mascarada de diálogo e debate.
21/6/07 14:44
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