2009, ano de eleições em Portugal
Para o ano há eleições legislativas. Definitivamente o meu desejo é tudo menos maioria absoluta do PS de Sócrates. A alternativa passa pelo PSD mas alguns sinais são preocupantes (já lá vamos). Quando Cavaco ganhou a presidência ouvi falar estupidamente em risco para a democracia. O risco neste momento para democracia vem de Sócrates. Falo do enfraquecer da democracia, do valor fudamental que é a liberdade de escolha seja em que quadrante for da sociedade. O PS no governo é neste momento uma força de uniformização que não me agrada. Tudo igual, tudo supostamente limpo, tecnológico, politicamente militar, populista e estatizante. Isso a mim não me interessa. Recuso.
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A preocupação com silêncio de Ferreira Leite também não mexe muito comigo. Não quero políticos constantemente a falar, cosntantemente em campanha como a maior parte deles. Nesses aspecto gosto do silêncio do PSD neste momento. Mas é também certo que está a chegar o momento de apresentar concretamente o que se pretende. As mudanças que Portugal precisa são de fundo, não são de imediatismos bacocos como o Magalhães ou o aumento rídiculo do salário mínimo, por isso me afasto das novidades semanais que o Governo apresenta. Elas não são novidades, são propaganda, publicidade, que tão depressa causam impacto como se desvanecem na semana a seguir sem efeitos positivos para os cidadãos.
O meu desejo é transparência em todos os procesos governativos e políticos e isso só se consegue com reforma prioritária da Justiça. O resto das políticas , Educação, Economia, Finanças, etc, só evoluirão positivamente com a força da transparência e uma classe política nova (não renovada, não acredito em messias, acredito em gente que já lá anda há muito mas que é afastada do primeiro plano de decisões).
Seria lógico se eu disesse que Ferreira Leite vai ser a minha escolha mas não o posso afirmar já. Alguns sinais são maus, como por exemplo a candidatura de Santana Lopes a Lisboa. Um partido candidato ao governo não pode menosprezar as autárquicas e tem de ter um projecto claro para essas eleições também. Um projecto nacional e regional bem definido e que reme no mesmo sentido: uma profunda reforma do sistema político em Portugal que passa pela justiça e transparência de todos os processos decisivos do país, regiões e cidades.
Um grande obstáculo para que um debate sério político em Portugal aconteça vem da Comunicação Social. A qualidade dos média está muito em baixo, o profissionalismo caiu e de que maneira nos últimos anos. Escondidos quase todos numa suposta neutralidade, os órgãos da Comunicação Social seguem agendas políticas. Abertamente ou não encomendadas já nem é importante. O facto é que seguem. Seria muito melhor como acontece em muitos países da Europa e do Mundo que cada jornal, rádio ou telivisão esclarecesse as suas posições políticas, as suas preferências. Não me chocaria que um jornal viesse a público dizer que apoiava Sócrates ou outro qualquer para as eleições. Choca-me mais não o afirmarem e ver a diferença de tratamento que dão a uns e a outros.
Falta em Portugal um clima saudável para discutir-se política. Talvez esse seja o grande combate que o país deveria enfrentar.
Filipe
escrito por Filipe a 11:57 da manhã
2 Pós e Contas:
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