Os erros de Manuel Alegre
Ao anunciar a candidatura nos modos em que o fez, Manuel Alegre poderá ter cometido alguns erros, que lhe poderão delimitar o eleitorado. Se não, vejamos:
• Anunciou a sua candidatura nos inícios da campanha autárquica. A imediatez desta declaração poderá criar um efeito de desgaste, que, por exemplo, Cavaco, anda a evitar. Porém, esta antecipação poderá levar a uma maior mobilização, necessária para Alegre, por não ter uma máquina partidária a trabalhar para ele;
• Declarou-se candidato em pleno jantar socialista. Alegre beneficiava de uma apartidarismo invejável. Poderia recolher votos à direita, daqueles que não querendo votar nem em Soares, nem em Cavaco, iriam votar neste último por falta de escolha. Poderia amealhar votos à esquerda, daqueles que não vêm em Soares o candidato ideal e aglutinador que ele desejava ser. Poderia ter conseguido os votos dos que não gostam de candidaturas presidenciais partidárias. Porém, esta opção poderá vir a aumentar o efeito Alegre, a sua vitimização. Ele poderá incorrer num processo de expulsão do partido, ao qual tanto deu, ou não tivesse Sócrates ontem dito na Guarda que “o PS está com Soares. O PS só tem um candidato, Mário Soares”. Logo, se Alegre se candidata, e não apoia Soares, é porque não é do PS. Mais um erro que poderá funcionar em seu favor, já que tornou-se num candidato apartidário;
• Colocou numa posição difícil todos os socialistas que o querem apoiar. Se por um lado vêm M.A. como a opção certa, longe do despotismo soarista, um garante da independência que os partidos deveriam promover, por outro, em plena processo autárquico, não quererão desligar-se do aparelho do partido. Não sei o que acontecerá aos que o apoiarem. “O PS está com Soares!”
Esperemos agora pelo anúncio oficial da sua candidatura, para ver como irá reagir o eleitorado.
• Anunciou a sua candidatura nos inícios da campanha autárquica. A imediatez desta declaração poderá criar um efeito de desgaste, que, por exemplo, Cavaco, anda a evitar. Porém, esta antecipação poderá levar a uma maior mobilização, necessária para Alegre, por não ter uma máquina partidária a trabalhar para ele;
• Declarou-se candidato em pleno jantar socialista. Alegre beneficiava de uma apartidarismo invejável. Poderia recolher votos à direita, daqueles que não querendo votar nem em Soares, nem em Cavaco, iriam votar neste último por falta de escolha. Poderia amealhar votos à esquerda, daqueles que não vêm em Soares o candidato ideal e aglutinador que ele desejava ser. Poderia ter conseguido os votos dos que não gostam de candidaturas presidenciais partidárias. Porém, esta opção poderá vir a aumentar o efeito Alegre, a sua vitimização. Ele poderá incorrer num processo de expulsão do partido, ao qual tanto deu, ou não tivesse Sócrates ontem dito na Guarda que “o PS está com Soares. O PS só tem um candidato, Mário Soares”. Logo, se Alegre se candidata, e não apoia Soares, é porque não é do PS. Mais um erro que poderá funcionar em seu favor, já que tornou-se num candidato apartidário;
• Colocou numa posição difícil todos os socialistas que o querem apoiar. Se por um lado vêm M.A. como a opção certa, longe do despotismo soarista, um garante da independência que os partidos deveriam promover, por outro, em plena processo autárquico, não quererão desligar-se do aparelho do partido. Não sei o que acontecerá aos que o apoiarem. “O PS está com Soares!”
Esperemos agora pelo anúncio oficial da sua candidatura, para ver como irá reagir o eleitorado.
escrito por Anónimo a 12:23 da tarde
4 Pós e Contas:
na maioria das vezes o voto da direita (das pessoas de direita)é um voto ideológico e MA está nos antípodas dessa ideologia, portanto jamais o tradicional eleitorado de direita votará MA... nem com sais de frutas...
mas que quer ser o candidato dos que não têm um candidato, MA precisa de ter um discurso mais aberto e menos politicamente comprometido, e acima de tudo que não desista
28/9/05 14:54
os sociais-democratas são centrões! e esperam pelo regresso de d. sebastião, como aliás espera todo o português
3/10/05 12:23
eu não disse que o d. sebastião é o cavaco (...)! o que eu quero dizer é que cada um de nós está resignado à espera de um salvador, de um libertador, de alguém que apareça numa manhã de nevoeiro e que nos venha salvar dos espanhóis!
3/10/05 16:35
eu não tenho um messias! muito menos um messias presidencial,
na realidade, se a lei me permitisse eu seria o meu messias presidencial. mas por enquanto ando no um-do-li-tá, quem-está-livre-livre-está das autarquicas
3/10/05 17:01
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