Capítulo 4
A excepção do Islão (1)
o americano levanta, delicadamente, a questão dos direitos humanos e sugere que o governo egípcio possa ser menos severo relativamente à oposição política, autorizar maior liberdade de imprensa e deixar de prender os intelectuais. O Presidente Mubarak crispa-se e responde secamente:«Se eu fizesse o que me pedem, os integristas islâmicos tomariam o poder.É isso que desejam?»
(...)
muitos partidos islâmicos revelam um profundo desprezo pela democracia, considerando-a uma forma ocidental e estrangeira de governo.(...) [para eles] Seria um homem, um voto... uma vez
(...)
no mundo ocidental, onde o liberalismo levou à democracia e a democracia alimentou o liberalismo. A via árabe levou à ditadura, que tem alimentado o terrorismo.
(...)
A verdade é que procurar no Corão indícios sobre a verdadeira natureza do Islão é um exercício vão. O Corão é um grande livro, cheio de poesia e contradições - tal como a Bíblia e a Tora.
(...)
Numa religião sem clero oficial, bin Ladem tem tanta - ou tão pouca - autoridade para proclamar fatwas como o pode fazer um taxista paquistanês em Nova Iorque.
(...)
Não só estes países [Paquistão, Bangladesh e Índia - países com grande percentagem de população mulçulmana] têm uma enorme experiência democrática como os três elegeram mulheres para primeiro-ministro e fizeram-no muito antes da maior parte dos países ocidentais.
(...)
No fim dos anos 80, enquanto o resto do mundo assistia ao colapso de velhos regimes de Praga a Moscovo, de Seul a Joanesburgo, os árabes ficam entregues a si próprios com os seus ditadores corruptos e monarcas envelhecidos.
Fareed Zakaria, in O Futuro da Liberdade (edição Gradiva - 2005)
o americano levanta, delicadamente, a questão dos direitos humanos e sugere que o governo egípcio possa ser menos severo relativamente à oposição política, autorizar maior liberdade de imprensa e deixar de prender os intelectuais. O Presidente Mubarak crispa-se e responde secamente:«Se eu fizesse o que me pedem, os integristas islâmicos tomariam o poder.É isso que desejam?»
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muitos partidos islâmicos revelam um profundo desprezo pela democracia, considerando-a uma forma ocidental e estrangeira de governo.(...) [para eles] Seria um homem, um voto... uma vez
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no mundo ocidental, onde o liberalismo levou à democracia e a democracia alimentou o liberalismo. A via árabe levou à ditadura, que tem alimentado o terrorismo.
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A verdade é que procurar no Corão indícios sobre a verdadeira natureza do Islão é um exercício vão. O Corão é um grande livro, cheio de poesia e contradições - tal como a Bíblia e a Tora.
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Numa religião sem clero oficial, bin Ladem tem tanta - ou tão pouca - autoridade para proclamar fatwas como o pode fazer um taxista paquistanês em Nova Iorque.
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Não só estes países [Paquistão, Bangladesh e Índia - países com grande percentagem de população mulçulmana] têm uma enorme experiência democrática como os três elegeram mulheres para primeiro-ministro e fizeram-no muito antes da maior parte dos países ocidentais.
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No fim dos anos 80, enquanto o resto do mundo assistia ao colapso de velhos regimes de Praga a Moscovo, de Seul a Joanesburgo, os árabes ficam entregues a si próprios com os seus ditadores corruptos e monarcas envelhecidos.
Fareed Zakaria, in O Futuro da Liberdade (edição Gradiva - 2005)
escrito por aL a 8:33 da manhã
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