Sempre defendi que um Estado liberal só deve apoiar financeiramente o património colectivo, deixando a criação ao mercado (embora possa comprar obras de arte para seu uso, como acontece em Inglaterra ou nos Estados Unidos), a não ser que essa criação seja em si própria património (a encomenda de uma ópera ou de uma estátua para comemorar uma data histórica, por exemplo). Ou seja, não viria mal ao mundo com o fim do Instituto das Artes, na forma actual ou na dos vários mini-leviatãs que o antecederam. Poupavam-se as guerras dos concursos, as polémicas "Brancas de Neve" e, segundo o OGE deste ano, 21 milhões de euros (uma das maiores dotações do Ministério) que podiam ir para o subfinanciado IPPAR ou para os nossos pobres museus. Pedro Picoto n'A Mão Invísivel
É uma posição equilibrada do Pedro Picoito (como sempre!)... mas note-se que não há "programa" quando se fala de criação de Arte -- são apenas "excepções" :)
pois, depois de ler este texto do pedro picoito fico durante 10 seguntos a pensar que tem total razão, depois percebo que n a realidade para mim e segundo os meus principios não posso subscrever esta opinião. no entanto gosto de saber que há também opiniões que não são de simples repúdio às artes e à cultura, e que são ponderadas, contudo diferentes das minhas....
Desculpem lá, mas quando a frase «como acontece em Inglaterra ou nos Estados Unidos» serve de justificação e ponto final, tem de se perguntar se o senhor PP tem ideia de quanto dinheiro é gasto pelo Estados ocidentais em actividades culturais e na exportação de autores, espectáculos, exposições, etc, como-acontece-em-Inglaterra-ou-nos-Estados-Unidos. Basta comparar a actividade do National Theatre em Londres com a de todos os teatros nacionais em Portugal para se ter uma ideia do investimento do Estado britânico na arte... O Estado pode comprar desde que sejam coisas palpáveis... nem um comentário sobre património intangível? Ah, esperem, já percebi... Deixemos tudo ao mercado e os belos agentes do mercado, inteligentes, rápidos, eficazes, com espírito de risco e iniciativa, vistas largas, todo o tipo de capital e uma mão cheia de manuais de economia, ou pelo menos manuais de gestão, ou pronto, vá lá, resumos publicados em magazines que prometem o sucesso econo-financeiro do empresariado individual, darão conta do recado; não só isso como, enriquecidos e produtivos, comprarão igualmente belas obras de arte que fiquem bem com os cortinados da filial off-shore - património completamente intangível, nesse caso.
3 Pós e Contas:
É uma posição equilibrada do Pedro Picoito (como sempre!)... mas note-se que não há "programa" quando se fala de criação de Arte -- são apenas "excepções" :)
24/10/05 19:41
pois, depois de ler este texto do pedro picoito fico durante 10 seguntos a pensar que tem total razão, depois percebo que n a realidade para mim e segundo os meus principios não posso subscrever esta opinião. no entanto gosto de saber que há também opiniões que não são de simples repúdio às artes e à cultura, e que são ponderadas, contudo diferentes das minhas....
24/10/05 20:04
Desculpem lá, mas quando a frase «como acontece em Inglaterra ou nos Estados Unidos» serve de justificação e ponto final, tem de se perguntar se o senhor PP tem ideia de quanto dinheiro é gasto pelo Estados ocidentais em actividades culturais e na exportação de autores, espectáculos, exposições, etc, como-acontece-em-Inglaterra-ou-nos-Estados-Unidos. Basta comparar a actividade do National Theatre em Londres com a de todos os teatros nacionais em Portugal para se ter uma ideia do investimento do Estado britânico na arte... O Estado pode comprar desde que sejam coisas palpáveis... nem um comentário sobre património intangível? Ah, esperem, já percebi... Deixemos tudo ao mercado e os belos agentes do mercado, inteligentes, rápidos, eficazes, com espírito de risco e iniciativa, vistas largas, todo o tipo de capital e uma mão cheia de manuais de economia, ou pelo menos manuais de gestão, ou pronto, vá lá, resumos publicados em magazines que prometem o sucesso econo-financeiro do empresariado individual, darão conta do recado; não só isso como, enriquecidos e produtivos, comprarão igualmente belas obras de arte que fiquem bem com os cortinados da filial off-shore - património completamente intangível, nesse caso.
27/10/05 00:48
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