Hoje é definitivamente
o dia da Segurança Social. Não é que agora dei em conselheira de como se deve proceder de forma a que a Segurança Social nos envie um simples formulário devidamente certificado [E101].Uma coisa que em qualquer país europeu um cidadão consegue numa semana fazendo apenas um telefonema ou enviando um e-mail, mas que em Portugal demora no mínimo 3 meses [sem exagero, já me aconteceu esperar 6 meses por esse documento], obriga o preenchimento de um formulário que apenas atende à especificidade da contrução civil [interessante, será que é apenas este sector da economia que conta?] e que usa uma linguagem encriptada.
Sendo este documento [E101] um documento que permite que um trabalhador se desloque do seu habitual país de trabalho para outro, de forma a proceder a determinada tarefa, acontece pois, que o trabalhador vai ao estrangeiro, regressa a Portugal e volta a ir para o estrangeiro sem que o 1º formulário tenha sido enviado pelos Serviços da Segurança Social.
Enfim, ainda há muita convergência a fazer...
[aL]
Sendo este documento [E101] um documento que permite que um trabalhador se desloque do seu habitual país de trabalho para outro, de forma a proceder a determinada tarefa, acontece pois, que o trabalhador vai ao estrangeiro, regressa a Portugal e volta a ir para o estrangeiro sem que o 1º formulário tenha sido enviado pelos Serviços da Segurança Social.
Enfim, ainda há muita convergência a fazer...
[aL]
escrito por aL a 4:39 da tarde
11 Pós e Contas:
"a um incremento de 25% no rendimento individual, aumentando assim quer a capacidade de consumo, quer a propensão para a poupança. Ou seja, seria um verdadeiro impulso para a expansão da economia"
Esse incremento no rendimento individual iria ser compensado, algures, por um decréscimo, em valor similar, do rendimento individual dos beneficiários da segurança social, logo não iria aumentar a capacidade de consumo (quanto à propensão para a poupança já não sei, mas penso que os efeitos também não seriam muito fortes).
Assim, não me parece que isso desse um grande impulso à economia.
15/3/06 18:48
Como sou um vadio da vida faz-me uma certa confusão isto de certificado [E101].
Ainda para mais com ou sem atrasos é uma grande (baradalheira perceberam?) eu não.
Bom, fugindo a sete pés das minhas responsabilidades,este post foi para o Plagiadíssimo.
Ilustrei o teu post.
Fica bem.
15/3/06 19:24
pois, eu sou alguem que paga 157€ mensais de segurança social, que por acaso é trabalhador independente, e que por mero acaso nao serve para nada...
15/3/06 19:48
miguel, tens em parte alguma razão... digamos que eu hoje estava particularmente furiosa com vários serviços do estado, particularmente com a segurança social.
no entanto quando dizes :«Esse incremento no rendimento individual iria ser compensado, algures, por um decréscimo, em valor similar, do rendimento individual dos beneficiários da segurança social» eu não posso concordar, o decréscimo nunca será de idêntico valor ao aumento de rendimento, estás a esquecer-te que há desperdícios, e que os funcionários da segurança social têm de ser pagos, portanto desses 25% provavelmente apenas 10% é que chegam aos beneficiários.
atenção [e volto a repetir que o meu estado de espírito estava ligeiramente alterado]: a razão deste meu desabafo está [muito] relacionado com os benefícios que tenho ao ser obrigada a contribuir para este sistema. ou seja, se os serviços que me são prestados fossem minimanente condicentes com a minha contribuição eu não peria nada a opor...
Zeca, no dia em que tiveres de solicitar um E101 [e se as coisas não se alterarem, perceberás exactamente do que falo... e quem me dera voltar a ser uma vadia da vida
indigente, nem mais... o pagamento de segurança social por parte de trabalhadores independentes [eu também já o fui] é quase criminoso, no sentido que contribuis com 20% do teu rendimente e não tens qualquer compensação por essa contribuição...
15/3/06 20:23
"indigente, nem mais... o pagamento de segurança social por parte de trabalhadores independentes [eu também já o fui] é quase criminoso, no sentido que contribuis com 20% do teu rendimente e não tens qualquer compensação por essa contribuição..."
Há compensações (no meu caso, a compensação que já auferi pelos meus descontos como independente e como dependente, atá agora, foi exactamente a mesma: nenhuma):
1 - Os descontos dos independentes também contam para a reforma (claro, que se fosse só por aí, ainda ia levar muito tempo para eu beneficiar de qualquer dos descontos que já fiz)
2 - Os independentes podem optar por um regime de desconto que lhes dá protecção na doença (embora isso implique pagar uma taxa maior)
É verdade que os independentes pagam mais que os assalariados, mas isso é um bocado ilusório: no papel, os assalariados pagam 11%, mas, se calhar, na realidade pagam 28% (já que os 23,75% que a entidade patronal paga talvez levem a que o salário nominal seja menor). Por outro lado, os independentes têm a vantagem de escolher o valor do desconto que querem fazer.
15/3/06 23:07
«É verdade que os independentes pagam mais que os assalariados, mas isso é um bocado ilusório: no papel, os assalariados pagam 11%, mas, se calhar, na realidade pagam 28% (já que os 23,75% que a entidade patronal paga talvez levem a que o salário nominal seja menor). Por outro lado, os independentes têm a vantagem de escolher o valor do desconto que querem fazer.» Miguel gostaria que esclarecesses um pouco melhor o que queres dizer com estas duas frases, na realidade tenho dificuldade em extrair-lhes quaisquer conclusões... mas talvez não há conclusões a retirar, apenas resignação e continuar a pagar...
16/3/06 00:28
Imagine-se uma assalariado que ganha 1.000 euros. Paga 110 euros de segsoc e o patrão paga mais 237,5 euros (ou seja, o patrão acaba por gastar com ele 1.237,5 euros). Se não houvesse segsoc, talvez o patrão pagasse 1.237,5 euros ao trabalhador (afinal, ele está disposto a pagar isso - é o que paga). Logo, se for assim, quer dizer que a segsoc faz o trabalhador receber 890 euros em vez de 1.237,5 (os tais 28% de desconto real).
Por outro lado, enquanto os assalariados são obrigados a descontar 11% do seu ordenado, os independentes escolhem o valor do vencimento sobre que querem descontar, que não tem que ser o valor que efectivamente ganham.
16/3/06 01:07
Por exemplo, eu acho que descontava menos quando era independente do que agora.
Lembrei-me agora de uma desvantagem de ser independente - ter que ir (eu) fazer o pagamento todos os meses.
16/3/06 01:08
im, miguel eu sei fazer as contas, faço-as todos os meses no dia 15 [o dia de pagamento da TSU]!
no entanto continuas a espacar-te habilmente à minha pergunta: o que é que concluis após essas constatações??
16/3/06 01:23
"o que é que concluis após essas constatações??"
Que, em termos de segsoc, talvez os independentes não estajam pior que os assalariados.
16/3/06 09:31
bom, eu deduzo outra conclusão, but... fair enough, fair enough
16/3/06 09:38
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