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segunda-feira, abril 03, 2006

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15 Pós e Contas:

Blogger Luís Marvão Quis dizer...

Eu, em parte e apenas em parte, concordo com este post.
Há de facto um aplauso cego de tudo o que facilite o despedimento ou precarize o vínculo laboral. Do que se trata é de fazer os jovens “experienciarem a emoção única de um despedimento arbitrário” (esta frase resume muito do que aqui está em jogo).
Na novilíngua liberal a palavra “direito” passou a significar privilégio.
Eu sei que a Europa está numa encruzilhada, mas não sei se a receita é ir de flexibilização em flexibilização até à vitória final. Ou fazer recuar os termos da relação entre o capital e o trabalho aos primórdios do sec XIX.
Tal como o Ivan Nunes no último Choque ideológico, lembro também que a escravatura era um sistema de pleno emprego...

3/4/06 10:06

 
Blogger aL Quis dizer...

" ir de flexibilização em flexibilização até à vitória final" até à vitória final?? mas isto tem um fim?
parece-me pouco credível que que as relações laborais retrocedam ao sec. xix, os níveis de conhecimento são francamente diferentes...
esqueces-te de um facto muito importante que altera a relação de poder[bastante poeirenta] capital vs trabalho, que é o conhecimento, que desequilibra essa relação.

3/4/06 11:04

 
Blogger Luís Marvão Quis dizer...

Para muitos comentaristas a flexibilização parece ser um fim em si mesmo, daí a expressão vitória final, a título irónico...
Bem, eu fiz alusão ao sec xix para simbolizar que o equilíbrio entre o capital e o trabalho (não sei se é poeirenta, ou se a sociedade do informação ou do conhecimento por si só dissolve o capital e o trabalho; lembro que o capitalismo sempre se caracterizou por profundas mutações tecnológicas, eu diria aliás que são indissociáveis do seu ser) atingido ao longo do pós-guerra está em recuo.

3/4/06 11:34

 
Blogger aL Quis dizer...

talvez esteja em recuo porque quisemos andar depressa demais, e protegemos de tal forma a economia que qualquer alteração provoca uma grande crise...

também não acho que as coisas devem ser feitas a qualquer preço, não é isso que quero dizer... o facto é que se nada for feito esse "equilibrio" recuará muito mais depressa...

3/4/06 12:45

 
Blogger AA Quis dizer...

um leque mais alargado de "justas causas".

Como poder ser de comum acordo desde o princípio do contrato de trabalho que a desvinculação pode acontecer unilateralmente?

Ou isso não pode ser aceite pelo Estado?

3/4/06 14:00

 
Blogger aL Quis dizer...

não sei se percebo exactamente a tua questão [antónio]...

mas se as partes estão de acordo com a possibilidade de desvinculação unilateral... agora é importante [e ai o estado tem de intrvir] estabelecer parâmetros para essa desvinlculação, de forma a evitar a arbitrariedade...

3/4/06 15:11

 
Blogger Luís Marvão Quis dizer...

O Marx não é um velho marreta e no século XIX as conversas de café tinham a elevação que os debates televisivos do serviço público hoje não têm.
Cuidado com a licenciosidade ;)

3/4/06 16:01

 
Blogger AA Quis dizer...

Alaíde,

É arbitrariedade um contrato voluntário dizer "válido enquanto não for denunciado por qualquer uma das partes"?

Entenda-se: "válido enquanto for mutuamente vantajoso"...

Nestas condições, não deve o Estado intervir somente quando uma das partes se sentir lesada por incumprimento das condições contratuais?

3/4/06 16:23

 
Blogger AA Quis dizer...

ESCLARECIMENTO

Perguntava eu no antepenúltimo comentário:

Porque não considerar "justa causa" a desvinculação unilateral, se for prevista num contrato voluntário assumido por ambas as partes?

3/4/06 16:30

 
Blogger aL Quis dizer...

«século XIX as conversas de café tinham a elevação» nem mais Luís, nem mais... «O Marx não é um velho marreta » Não??

A dissolução unilateral, é uma possibilidade, sendo uma clausúla contratual. no entanto considero que tem de haver razões para essa dissolução de forma a proteger ambas as partes ...

3/4/06 17:43

 
Blogger AA Quis dizer...

Razões há sempre. Nem que seja "porque sim". "Porque sim" não pode ser uma razão, se estiver no contrato?

3/4/06 18:02

 
Blogger Luís Marvão Quis dizer...

«O Marx não é um velho marreta » "Não??"
Remeto para o último parágrafo do meu último post, não obstante os pontos de interrogação ;)

3/4/06 20:05

 
Blogger aL Quis dizer...

luis qual teu ultimo post??

3/4/06 21:20

 
Blogger Luís Marvão Quis dizer...

O meu post/comentário de 3/4/06 às 16:01 :)

4/4/06 01:07

 
Blogger aL Quis dizer...

«Cuidado com a licenciosidade ;)» duh!!!

4/4/06 01:14

 

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