Liberdade e Igualdade contratual
Por estes dias li com especial atenção as três [longas] páginas que o Pedro Picoto escreveu para a revista Atlântico. Nessas três [longas] páginas, Pedro Picoto justifica as suas razões para não apoiar a liberdade e igualdade contratual dos homossexuais no que diz respeito ao casamento.
Ontem li os excelentes três quartos de página do Luís Aguiar-Conraria publicados na revista Dia D [do jornal Público], dos quais destaco
«Não faz sentido ser-se a favor da livre escolha em algo tão irrelevante como a marca de champô e ser-se contra a livre escolha em algo tão pessoal e íntimo como o casamento. [...] As liberdades individuais percorreram um longo caminho. Não chega. [...] Mas, como Stuart Mill explica no seu "Da Liberdade", o preconceito da maioria não pode limitar os direitos de cada um.»
Por vezes não são necessárias resmas de argumentação, por vezes uma simples frase consegue arrumar com a questão «o preconceito da maioria não pode limitar os direitos de cada um.»
[aL]
Ontem li os excelentes três quartos de página do Luís Aguiar-Conraria publicados na revista Dia D [do jornal Público], dos quais destaco
«Não faz sentido ser-se a favor da livre escolha em algo tão irrelevante como a marca de champô e ser-se contra a livre escolha em algo tão pessoal e íntimo como o casamento. [...] As liberdades individuais percorreram um longo caminho. Não chega. [...] Mas, como Stuart Mill explica no seu "Da Liberdade", o preconceito da maioria não pode limitar os direitos de cada um.»
Por vezes não são necessárias resmas de argumentação, por vezes uma simples frase consegue arrumar com a questão «o preconceito da maioria não pode limitar os direitos de cada um.»
[aL]
escrito por aL a 8:53 da manhã
3 Pós e Contas:
aL, é uma questão de tempo. :)
26/7/06 13:01
Alaíde, também li os dois artigos e conto publicar um (longo) artigo de três (longas) páginas na revista do próximo mês a defender os casamentos homossexuais, mas a verdade é que a livre escolha do champô não põe em causa direitos de terceiros, como o casamento entre homossexuais - ou seja, o casamento pressupõe, em si mesmo, a relação de paternidade/maternidade e já é pelo menos discutível que as crianças não tenham o direito à referência paternal e maternal numa relação familiar. Eu tenho sérias dúvidas e gosto de debate.
3/8/06 01:42
correcção: do debate. E mais: em caso de dúvida quanto aos direitos de terceiros, sobretudo quando são crianças, prefiro manter a situação tal como ela existe. É o meu lado conservador.Não gosto de absolutismos, mesmo que liberais.
3/8/06 01:44
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