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domingo, outubro 22, 2006

Privatização na Cultura

A propósito da Rivolição e/ou Rivolução e também a propósito deste post do David Afonso que a aL linkou.
Um teatro municipal, como o nome indica, é do município e dos seus munícipes. Mas as políticas de cedência do espaço e da programação é dos eleitos (embora de certeza que na lei devem estar estipuladas as obrigações da câmara na cedência a fazer dos espaços municipais, mas isso como sabemos é aplicado [ou não] conforme os ventos, as amizades e as cores partidárias). Essas políticas devem ser claras e definidas durante as campanhas eleitorais. Terá sido o caso? Não sei se foi e, sinceramente, (já) não interessa.
Os eleitos decidiram privatizar o espaço. Uma série de claúsulas afim de salvaguardar uma programação de qualidade (critérios deles) é parte essencial dessa privatização, o que levou a algumas empresas cadidatas retirarem-se da corrida por julgarem insustentável tais claúsulas.
A mim não me faz diferença nenhuma que um espaço como o Rivoli seja privatizado. Um espaço é um espaço, a cultura e a política que uma câmara deve ter nessa área não está (ou não deve estar) dependente de espaços camarários, aliás fica bem mais barato ao município alugar do que comprar/manter um espaço. Dito isto, o que a câmara deve assegurar são os meios para obter espaços (de todo o tipo) para promover actividades culturais e não comprometer-se como senhorio de espaços caros.

lipemarujo

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