A propósito deste
post de
aa, e sobretudo pela capa da revista The Economist, cito uma frase que Phillipe Riès proferiu há umas semanas na
Livraria Orfeu em Bruxelas aquando da apresentação do livro "
Le jour où la France à fait faillite" (No dia em que a França faliu), uma ficção sobre o que seria da França num futuro próximo se Ségolène Royal ganhasse as eleições de 2007. Phillipe Riès disse:
"A Direita em França, sonha à noite poder concretizar metade das reformas que o socialista Sócrates está a realizar em Portugal".
lipemarujo
7 Pós e Contas:
Mas... mas... Porquê? Acho a frase muito pateta, se queres que te diga.
31/10/06 02:14
uau! não sabia que a livraria orfeu tinha uma agenda tão interessante.
tens de começar a publicitar essas actividades, afinal és o nosso correspondente em bruxelas :>
31/10/06 10:33
A frase não é pateta. Ela traduz bem as diferenças entre Portugal e França na abordagem da política e na sua análise. Em França ainda está ainda muito vincada a diferença esquerda-direita, enquanto que em Portugal essa duplicidade esta apenas na boca dos políticos, para mim não faz sentido em Portugal falar-se de esquerda e direita.
E citar alguém não quer dizer que se concorde nem discorde. O post aliás remete para a capa do Economist em jeito de ironia, não estou a dizer que a França precisa de facto do Sócrates. Sei é que Sócrates não precisa da França!
Quanto à Orfeu em breve digo mais qq coisa e também sobre a EUNIC (para primeiras curiosidades ver site http://www.ciceb.org/, CICEB que será EUNIC)
31/10/06 11:43
não estava a dizer que concordavas :). Estava a dizer que a frase não me parece acertada.
Acho também que o PS deixou à muito de se posicionar à esquerda, mas isso é uma estratégia clara e transparente, só não vê quem não quere.
Mas parece-me que o problema é semelhente em França.
31/10/06 17:17
A senhora Ségolène Royal é assim tão perigosa?
31/10/06 18:07
ricardomorgado99 (só de escrver o nick fico cansado ;)),
O livro não foca propriamente o problema da Ségoléne Royal, o livro (ficção) parte duma possível vitória da senhora para o ano que vem. A partir daí os autores do livro ficcionaram um futuro em que fossem postas em práctica todas as medidas que a senhora e os seus defendem, e os seus resultados... no livro, catastróficos, mas o livro vai mais longe, a "culpa" não seria só da senhora, as políticas de "direita" do passado também não se atacaram aos probelas estruturais franceses... e na apresentação do livro os autores disseram ter optado pela vitória de Ségoléne simplesmente por ser neste momento oposição, o caso seria mais ao menos igual com Sarkozi disseram eles... claro que tudo isto é a opinião dos autores, mas quero focar que não é um manifesto anti-esquerda ou anti-PS francês. O melhor é ler :)...eu não li tudo mas assisti à apresentação.
Nesita,
não me parece que o PS seja assim tão transparente na sua posição. Sócrates sê-lo-á, mas continua com a "esquerda" na boca. Mas Sócrates infelizmente não é o pior que o PS tem. O pior são outros como Fernando Gomes, Jorge Coelho, Narciso Miranda, o amigo do alexandre em Viseu ;), o Mesquita Machado, e tantos outros que com a boca cheia de esquerda só fazem o que a esquerda nunca defendeu: compadrios, tachos, pequenas cortes de vassalagem, etc, etc (o que não é igual a dizer que fazem o que seria de dierita). O que quero dizer é simples: esquerda e direita em Portugal perdeu, para mim, todo o significado.
31/10/06 18:20
Agora estou esclarecido!;) Usa a tua influência para apressar a tradução para português. Estou curioso.
31/10/06 20:30
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