Serviço público e mercado - um desabafo
Hoje queria ir ao Porto, para ir à festa de anos de um dos meus melhores amigos. Escolhi um meio de transporte que muito me apraz, o comboio. Como a as alternativas não existem, lá fui eu comprar um bilhete à CP. Após algum tempo, lá ouço o primeiro aviso: a circulação de comboios na Linha do Norte encontra-se suspensa devido ao mau tempo. Situação normal, penso eu quando olho pela janela e vejo o temporal que vai caindo do céu. Os avisos sucedem-se a um ritmo constante e monótono, até que se avisa que, para os interessados, o dinheiro pode ser recuperado nas bilheteiras.
Ora, qualquer empresa que estivesse sujeita às mais comuns e básicas do mercado logo se preocuparia em procurar soluções para os seus clientes, de forma a garantir a confiança e estreitar as relações com as pessoas. Logo se interessaria em procurar alternativas rodoviárias ou outro tipo de resoluções deste problema que não levassem à perda de clientes.
Mas é claro que a CP não rege por estes princípios. Tem uma responsabilidade social a cumprir, inabalável, em nome desse abstracto "serviço público". Porém, enquanto pretende chegar a todas as classes sociais do povo, esta empresa pública vai esquecendo os interesses dos cidadãos e tornando-se totalmente monopolista e repressora da liberdade de escolha. Se não pensemos. Se eu quiser fazer uma viagem de longo curso de comboio, ou tenho a CP ou tenho a... CP. Talvez se houvesse concorrência, a empresa se preocupasse em fornecer soluções viáveis às pessoas que não terão onde dormir hoje à noite. Mas claro, tudo em nome do serviço público.
Entretanto, no meu caminho de regresso a casa, lá tive eu de esperar pelo autocarro à chuva, por não haver mais espaço disponível na paragem. Mas depressa o mercado preencheu esta lacuna, e lá comprei a um vendedor ambulante um guarda-chuva e uma frágil capa em plástico que me protegeu da chuva por uns meros 5 euros. Isto sim, serviço público.
(Prometeu)
Ora, qualquer empresa que estivesse sujeita às mais comuns e básicas do mercado logo se preocuparia em procurar soluções para os seus clientes, de forma a garantir a confiança e estreitar as relações com as pessoas. Logo se interessaria em procurar alternativas rodoviárias ou outro tipo de resoluções deste problema que não levassem à perda de clientes.
Mas é claro que a CP não rege por estes princípios. Tem uma responsabilidade social a cumprir, inabalável, em nome desse abstracto "serviço público". Porém, enquanto pretende chegar a todas as classes sociais do povo, esta empresa pública vai esquecendo os interesses dos cidadãos e tornando-se totalmente monopolista e repressora da liberdade de escolha. Se não pensemos. Se eu quiser fazer uma viagem de longo curso de comboio, ou tenho a CP ou tenho a... CP. Talvez se houvesse concorrência, a empresa se preocupasse em fornecer soluções viáveis às pessoas que não terão onde dormir hoje à noite. Mas claro, tudo em nome do serviço público.
Entretanto, no meu caminho de regresso a casa, lá tive eu de esperar pelo autocarro à chuva, por não haver mais espaço disponível na paragem. Mas depressa o mercado preencheu esta lacuna, e lá comprei a um vendedor ambulante um guarda-chuva e uma frágil capa em plástico que me protegeu da chuva por uns meros 5 euros. Isto sim, serviço público.
(Prometeu)
escrito por Anónimo a 8:14 da tarde
3 Pós e Contas:
Sem querer entrar para já no tema, embora acabe por entrar, tenho uma coisa a dizer: Viajar POrto-Lisboa ou Lisboa-POrto é bem melhor de camioneta, mais barato, e o tempo de percurso é sensivelmente o mesmo.
24/11/06 21:45
Estás um mesquinho... :) quem te viu a encher na Cordoaria e a caçar patos... e quem te vê...
25/11/06 00:21
Eu acabo por sentir na pele esse "serviço público" quando pago 70c. para ir à Madeira, e tenho de me sujeitar aos maltratos da TAP, quando por uma fracção disso consigo meter-me em qualquer capital europeia (para as quais Portugal é província, entenda-se). Tudo em nome da "coesão nacional" e do "interesse público", etc etc...
25/11/06 18:21
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