Sobre a amizade
A visão elevada que Aristóteles tinha da amizade não desapareceu. Mesmo se nos fomos tornando cínicos, temos esperança de que a amizade possa ser uma espécie de amor moral. Não um amor por dever ou respeito, como o que se tem pelos pais ou pelos filhos, mas um amor que se forma na simples admiração por outra pessoa. Um amor realista e altruísta. Um amor que não depende de nenhuma idealização, de nenhum desejo. Um amor que nasce de uma espécie de consciência. É a nossa maior e mais promissora ambição para a amizade.
Na semana em que esta crónica do Pedro Lomba foi publicada, um grande amigo meu estava prestes a iniciar uma viagem inter-continental, para a terra do"Life, Liberty and the Pursuit of Happiness!". Ao ler este parágrafo em particular, não pude deixar de reconhecer nele esta amizade, este amor moral, que nasceu rapidamente pelo contacto quotidiano. Devido a esta grande viagem em o meu amigo embarca, em busca da sua felicidade, fiquei como fiel depositária de parte da sua biblioteca e herdei os livros de Economia e História - outra amiga herdou a música - um dos seus romances favoritos, um livro de poemas.
Durante a minha fuga para fora do mundo, pude ler um livro recomendado, porque as personagens "são como nós", uma enorme empatia imediata, uma sede por saber um pouco de tudo, partilhar leituras e ir abandonando projectos...
Durante esta semana vejo-me confrontada com um pedido desesperdo, o avião partia dentro de 12horas e ainda havia coisas sem destino. Acedo ao pedido e na minha sala amontoam-se mais livros, caixotes de cd's, dvd's, vhs, os materiais imprescindíveis de trabalho mas que já não cabem na mala. Embaraçado pede-me desculpa, mas precisa de deixar comigo os sapatos. Pode um amigo recusar este pedido? O facto é que sala está em tamanha desorganização que já me valeu uma discussão doméstica - com alguma razão, pois eu em vez de estar aqui a escrever, deveria estar a arrumar os livros e caixotes, de forma a que não perturbem os espaços comuns.
No momento em que conheço cada vez mais pessoas com conta no hi5 [eu desactivei a minha após uma enorme discussão sobre direitos de imagem. O que me valeu o letal comentário "tu és mesmo chata, nerd!"] decidimos usar o chat para conversas fúteis ou comentários momentâneos, não usaríamos o e-mail, socorrer-nos-íamos da comunicação epistolar, numa tradição muito 19th century. [I'm still waiting for that invitation!!]. E sabe muito bem, pegar em papel de carta e caneta e escrever "Meu prezado amigo...", como antigamente, porque a amizade só pode ser para levar a sério, senão não vale a pena.
[aL]
Na semana em que esta crónica do Pedro Lomba foi publicada, um grande amigo meu estava prestes a iniciar uma viagem inter-continental, para a terra do"Life, Liberty and the Pursuit of Happiness!". Ao ler este parágrafo em particular, não pude deixar de reconhecer nele esta amizade, este amor moral, que nasceu rapidamente pelo contacto quotidiano. Devido a esta grande viagem em o meu amigo embarca, em busca da sua felicidade, fiquei como fiel depositária de parte da sua biblioteca e herdei os livros de Economia e História - outra amiga herdou a música - um dos seus romances favoritos, um livro de poemas.
Durante a minha fuga para fora do mundo, pude ler um livro recomendado, porque as personagens "são como nós", uma enorme empatia imediata, uma sede por saber um pouco de tudo, partilhar leituras e ir abandonando projectos...
Durante esta semana vejo-me confrontada com um pedido desesperdo, o avião partia dentro de 12horas e ainda havia coisas sem destino. Acedo ao pedido e na minha sala amontoam-se mais livros, caixotes de cd's, dvd's, vhs, os materiais imprescindíveis de trabalho mas que já não cabem na mala. Embaraçado pede-me desculpa, mas precisa de deixar comigo os sapatos. Pode um amigo recusar este pedido? O facto é que sala está em tamanha desorganização que já me valeu uma discussão doméstica - com alguma razão, pois eu em vez de estar aqui a escrever, deveria estar a arrumar os livros e caixotes, de forma a que não perturbem os espaços comuns.
No momento em que conheço cada vez mais pessoas com conta no hi5 [eu desactivei a minha após uma enorme discussão sobre direitos de imagem. O que me valeu o letal comentário "tu és mesmo chata, nerd!"] decidimos usar o chat para conversas fúteis ou comentários momentâneos, não usaríamos o e-mail, socorrer-nos-íamos da comunicação epistolar, numa tradição muito 19th century. [I'm still waiting for that invitation!!]. E sabe muito bem, pegar em papel de carta e caneta e escrever "Meu prezado amigo...", como antigamente, porque a amizade só pode ser para levar a sério, senão não vale a pena.
[aL]
Etiquetas: no feminino, quotidiano
escrito por aL a 11:26 da tarde
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