Poder e não poder
Concordo com Pedro Marques Lopes em geral naquilo que diz sobre um partido político ter de ter um objectivo de poder para fazer sentido. A entrevista de Louçã (que não li nem vi) pelos vistos mostrou um Bloco de Esquerda incomodado em tornar-se poder, preferindo ser oposição, contra-poder portanto.
Como disse concordo no geral com Pedro Marques Lopes mas há que salvaguardar algumas coisas. Um partido pequeno (ou mesmo um dos grandes) não deve procurar o poder apenas pelo poder. Estes truques de coligações após as eleições são muitas vezes tristes espectáculos políticos. Sobretudo a nível autárquico onde, em nome de se ser poder, fazem-se as alianças mais incríveis e hipócritas, levando a uma gestão desastrosa do mandato político.
O problema dos partidos hoje não é tanto representado pelo medo que o BE de Louçã tem pelo poder mas antes pela sede excessiva de poder de todos os outros (e parte do BE).
Não tenho nada contra coligações, mesmo pós-eleitorais, julgo é que os exemplos de sucesso são poucos e nada transparentes. E defendo também, que num processo claro e de responsabilidade um partido deve obvimamente aproveitar a oportunidade de ser poder. Mas não a qualquer custo.
lipemarujo
escrito por Filipe a 11:14 da manhã
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