Liberdade de expressão
A minha estupefacção para com este país tem vim a sofrer um aumento exponencial. Desta vez não me viro contra o governo, ou qualquer outra instituição estatal. Desta vez são as pessoas. Irritam-me, enervam-me. São ignorantes e orgulham-se em sê-lo. Pior, demonstram-no na rua, passeiam-se de peito cheio, a pregar a estupidez absoluta.
O que me revolta desta vez são os recentes manifestos, ou marcha, ou excursão da Associação Nacional de Mentecaptos ou o que lhe quiserem chamar, em memória de Rudolph Hess. Não tenho nada contra que se honre a memória dos falecidos. Nem me agrada particularmente. É-me indiferente. Mas que se celebre o aniversário da morte de um responsável directo ou indirecto pela morte de cerca de 6 milhões de Judeus, deixando pelo caminho “danos colaterais” em número de 4 milhões é um facto reprovável.
Defendo o direito à manifestação, à livre associação, à palavra. Defendo a democracia, a igualdade de direitos e deveres para todos os seres humanos. Mas não posso conceber que sejam feitos memoriais a pessoas que defendam ideias contrárias e isto tudo. fá-lo com o coração em batida acelerada, com a paixão na ponta dos dedos. Mas não podemos voltar para trás no tempo.
E digo isto, quer em relação a Mussolini, Hess, Estaline ou Pinochet. Todos foram responsáveis pela morte de milhões. Os objectivos poderiam ser mais nobres num do que noutros. Não contesto isso. Mas o valor da vida humana sobrepõe-se a tudo isto, e não pode ser vista como um meio para atingir um fim.
O que me revolta desta vez são os recentes manifestos, ou marcha, ou excursão da Associação Nacional de Mentecaptos ou o que lhe quiserem chamar, em memória de Rudolph Hess. Não tenho nada contra que se honre a memória dos falecidos. Nem me agrada particularmente. É-me indiferente. Mas que se celebre o aniversário da morte de um responsável directo ou indirecto pela morte de cerca de 6 milhões de Judeus, deixando pelo caminho “danos colaterais” em número de 4 milhões é um facto reprovável.
Defendo o direito à manifestação, à livre associação, à palavra. Defendo a democracia, a igualdade de direitos e deveres para todos os seres humanos. Mas não posso conceber que sejam feitos memoriais a pessoas que defendam ideias contrárias e isto tudo. fá-lo com o coração em batida acelerada, com a paixão na ponta dos dedos. Mas não podemos voltar para trás no tempo.
E digo isto, quer em relação a Mussolini, Hess, Estaline ou Pinochet. Todos foram responsáveis pela morte de milhões. Os objectivos poderiam ser mais nobres num do que noutros. Não contesto isso. Mas o valor da vida humana sobrepõe-se a tudo isto, e não pode ser vista como um meio para atingir um fim.
escrito por Anónimo a 2:09 da tarde
8 Pós e Contas:
não compreendo onde está a nobreza dos objectivos dessas pessoas a que fazes referência...
25/8/05 15:16
o melhor é nem lhes dar publicidade...
26/8/05 15:10
uma sociedade igualitária dentro de um campo de concentração ou num gulag, está longe de poder ser conciderada nobre... a igualdade é um meio e não um fim
29/8/05 14:06
19 meses depois - Fascismo em rede. Este poderia muito bem ser o nome deste blog, pois atacam de tal forma a liberdade (arma de arremesso da esquerda contra o regime do Dr. Salazar) que só podem ser fascistas...e da velha guarda! Muito me surpreendem...
Um tal de Prometeu (certamente agrilhoado...) desanca numa manifestação pacífica de homenagem ao herói Hess, como se não houvesse amanhã... ""Defendo o direito à manifestação, à livre associação, à palavra. Defendo a democracia""!!! Algo não batia certo... Tive que esfregar os olhos repetidas vezes. Pedi uns óculos emprestados. Experimentei ler enquanto fazia o pino, mas tudo o que consegui foi uma hemorragia nasal. Mas o que estava eu a ler? Então o Prometeu subitamente é democrata?! E esta, hein? (Pessa, R.I.P. - já agora, serei atacado por homenagear o Pessa?!) Prometeu tão depressa condena actos democráticos (qual saudoso ditador...) como grita viva a democracia! Será daquelas pessoas que pensa que o Universo gira à volta dele, que quer uma maior fatia do bolo, que exige que as leis o beneficiem unicamente?! Eu quero uma democracia só para mim?! Como é, Prometeu?
Entende-se como democracia o poder do povo, para o povo. Se o povo quer, o povo faz. Os que nao concordam, a democracia dá-lhes esse direito (muita gente lutou para que vocês, fascistas, pudessem estar aí a insultar via net quem usufrui da democracia...). Agora, têm é que pensar que há um mundo lá fora. Isto não é só ganzas e música do Manu Chao - há pessoas com ideias contrárias que, por si só, não é motivo para serem apelidadas de mentecaptos... Prometeu, vives numa gruta alheado de tudo feito eremita a mandar calhaus a quem ouse transpor a barreira das urtigas? Calculo que sejas iluminado, o detentor da razão, tipo líder de seita religiosa rodeado de cegos seguidores? Então agora dá-te para insultar aqueles com quem não te identificas? Isso é um bocado xenófobo...
2/9/05 13:55
""E digo isto, quer em relação a Mussolini, Hess, Estaline ou Pinochet. Os objectivos poderiam ser mais nobres num do que noutros. Não contesto isso."" Claro, isso é incontestável! Nem passa pela cabeça de ninguém duvidar da tua ideia que no caso de Hess o objectivo era mais nobre do que nos restantes... Percebo e sublinho a 100%!
2/9/05 14:01
"E então chamar de pacífica uma manifestação em que se afirmou que se iriam enforcar todo o Governo faz-me rebolar em gargalhadas" As gargalhadas devem ser por te estares a lembrar de "O Grande Ditador", esse grande filme... Hilariante!
Então agora optas por usar frases fora do seu contexto?! Qual será o próximo golpe baixo que vais usar? Sê fiel, ao menos, à afirmação e seu background: tudo ficará diferente... A manifestação era para ser pacífica, mas a actuação da polícia política que preferiu a censura à democracia incendiou os ânimos... Legitimamente...
8/9/05 17:53
Uma manifestação de apoio a Rudolph Hess tem toda a razão de ser. Por estarmos numa democracia, isto é muito fácil: quem apoia, muito bem; quem está contra, bem está. Ora, isto nunca seria um atentado à Liberdade, seria sim um usufruto da dita. Só se quiseres recuar uns anitos, em que a palavra "liberdade" não passava de um suspiro... Preferias assim? Acho que não.
Por polícia política entende-se polícia que labora em função do estado, zelando apenas pelos seus interesses, contra qualquer outra força de vontade. É disto que se fala, é simples. E, apesar de se afirmar que vivemos em democracia, hoje há polícia política - valor contrário aos defendidos em...democracia!
"que relembra actos assassinos é gozar com aqueles que pereceram às mãos do nazimo" Então não se pode relembrar, em manifestações, a Segunda Grande Guerra, pois seria gozar com as vitimas dos aliados. Não se poderia celebrar a vitória na batalha de Aljubarrota, pois seria gozar com os inimigos que morreram. Ainda há pouco se fez a recriação da terceira invasão napoleónica - está mal, porque é gozar com os franceses que morreram. É como tudo: quem apoia os que pereceram perante o regime nacional socialista, louva e recorda-os. Os defensores deste regime, louvam e recordam o oposto. São as duas faces da moeda - uns preferem caras, outros coroas.
"Se defende assim tão veementemente como diz defender esse tipo de causas, faça-se homem e mostre a sua identidade" Isto é um exemplo da tua argumentação: agressiva, sem pensar muito. Por isso é que a rebato facilmente ponto por ponto... Pedes a minha identidade quando tu nada tens sobre ti! Tu próprio não tens identidade, agrilhoado... Com que moral pedes a minha, sem dar o exemplo?! Ou os usufrutos da internet são só para alguns? Tem mais calma, vais ver que assim serás melhor sucedido. E, claro, não adianta num próximo post dizer " aqui está a minha , agora mostra a tua"! Esses belos tempos, de brincadeiras infantis, já lá vão... Se calhar, infelizmente...
18/9/05 17:06
Uma manifestação de apoio a Rudolph Hess tem toda a razão de ser. Por estarmos numa democracia, isto é muito fácil: quem apoia, muito bem; quem está contra, bem está. Ora, isto nunca seria um atentado à Liberdade, seria sim um usufruto da dita. Só se quiseres recuar uns anitos, em que a palavra "liberdade" não passava de um suspiro... Preferias assim? Acho que não.
Por polícia política entende-se polícia que labora em função do estado, zelando apenas pelos seus interesses, contra qualquer outra força de vontade. É disto que se fala, é simples. E, apesar de se afirmar que vivemos em democracia, hoje há polícia política - valor contrário aos defendidos em...democracia!
"que relembra actos assassinos é gozar com aqueles que pereceram às mãos do nazimo" Então não se pode relembrar, em manifestações, a Segunda Grande Guerra, pois seria gozar com as vitimas dos aliados. Não se poderia celebrar a vitória na batalha de Aljubarrota, pois seria gozar com os inimigos que morreram. Ainda há pouco se fez a recriação da terceira invasão napoleónica - está mal, porque é gozar com os franceses que morreram. É como tudo: quem apoia os que pereceram perante o regime nacional socialista, louva e recorda-os. Os defensores deste regime, louvam e recordam o oposto. São as duas faces da moeda - uns preferem caras, outros coroas.
"Se defende assim tão veementemente como diz defender esse tipo de causas, faça-se homem e mostre a sua identidade" Isto é um exemplo da tua argumentação: agressiva, sem pensar muito. Por isso é que a rebato facilmente ponto por ponto... Pedes a minha identidade quando tu nada tens sobre ti! Tu próprio não tens identidade, agrilhoado... Com que moral pedes a minha, sem dar o exemplo?! Ou os usufrutos da internet são só para alguns? Tem mais calma, vais ver que assim serás melhor sucedido. E, claro, não adianta num próximo post dizer " aqui está a minha , agora mostra a tua"! Esses belos tempos, de brincadeiras infantis, já lá vão... Se calhar, infelizmente...
18/9/05 17:06
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