Associações recreativas
“Porque nós não vamos permitir que os vossos interesses sejam afectados! Aí deles se não fornecem mais cadeiras!”, vociferava o presidente. Num discurso típico de quem treinava para fugir daquele início de carreira, preenchia as mentes dos mais incautos, para quem algumas palavras de consolo chegavam. “E vamos fazer bailaricos! E vamos fazer corridas de saco, e jogar às escondidas!” As pessoas, que viam os outros divertirem-se assim, aplaudiam, felizes, alegres, cegos. “E para além disto tudo, vocês vão poder pagar as vossas cotas em 4 vezes!” Um BUAAAHHH entusiasmado e excitado percorreu a plateia. Até ali apenas se podia pagar em 3 vezes. Bem, que melhoria!
Até que alguém da plateia, bem lá do fundo, sem se perceber muito bem quem era, por estar imerso no entusiasmo geral, perguntou a medo. “Mas já sabíamos que não ia haver problemas com as cadeiras. Lá em cima já nos tinham dito. Mas e quem não poder sentar-se nas cadeiras? Quem não tem pernas para chegar à altura a que elas obrigam?” O presidente apenas acenou e continuou a prometer promessas cumpridas. Já um pouco mais segura, repetiu-se a voz das profundezas. “Mas nós, à terceira prestação, já estamos a pagar o mesmo que pagávamos o ano passado. A quarta já é um aumento.” “Ah Ha!” contra-atacou o presidente. “ Mas vão haver ajudas. Mais uma do que no ano passado. Serão 11!”congratulou-se por esta conquista de terra domesticada! Lutadora, escutou-se a voz. “Mas já o ano passado eles deram-nos 11 vezes dinheiro. Foi a meio do ano a 11ª. E este ano, nós nem sequer podemos receber. Não nos deixam. Que vai ser feito em relação a isso?” “Vão ser feitos ainda mais bailaricos, e mais corridas e mais cantadas ao desafio. Enquanto se mantiver o povo entretido, ele não vê, aplaude!”
Até que alguém da plateia, bem lá do fundo, sem se perceber muito bem quem era, por estar imerso no entusiasmo geral, perguntou a medo. “Mas já sabíamos que não ia haver problemas com as cadeiras. Lá em cima já nos tinham dito. Mas e quem não poder sentar-se nas cadeiras? Quem não tem pernas para chegar à altura a que elas obrigam?” O presidente apenas acenou e continuou a prometer promessas cumpridas. Já um pouco mais segura, repetiu-se a voz das profundezas. “Mas nós, à terceira prestação, já estamos a pagar o mesmo que pagávamos o ano passado. A quarta já é um aumento.” “Ah Ha!” contra-atacou o presidente. “ Mas vão haver ajudas. Mais uma do que no ano passado. Serão 11!”congratulou-se por esta conquista de terra domesticada! Lutadora, escutou-se a voz. “Mas já o ano passado eles deram-nos 11 vezes dinheiro. Foi a meio do ano a 11ª. E este ano, nós nem sequer podemos receber. Não nos deixam. Que vai ser feito em relação a isso?” “Vão ser feitos ainda mais bailaricos, e mais corridas e mais cantadas ao desafio. Enquanto se mantiver o povo entretido, ele não vê, aplaude!”
escrito por Anónimo a 12:26 da tarde
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