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sexta-feira, setembro 30, 2005
Citações XXXV
A esquerda, por princípio, não acha que a relativa opacidade das linguagens contemporâneas seja um estratagema de uma fraude: acredita que ela faz parte da tentativa de ensaiar o tal mundo novo. Daí à falta de critério vai um passo: a esquerda tende a aceitar tudo de todas as maneiras.
Na minha leitura regular de 19mesesdepois, encontro muitos "posts" sobre política que usa a terminologia "esquerda/direita". À luz da era da Revoução Francesa, que fundou esses conceitos, aceito-os, à luz de grande parte do século XX também os aceito, mas trazer ao nosso dia, ao nosso país e aos nossos partidos essa terminologia é um disparate. As diferenças entre os nossos partidos não são traduzíveis nesses termos, e falando dos dois principais partidos ainda menos. As ideologias e a práctica caminham de costas voltadas. O que há de "esquerda" nas políticas de Fernado Gomes, Narciso Miranda, Mesquita Machado e tantos outros? E de "direita", que tem de direita Santana Lopes, Isaltino, Ferreira Torres ou outros ainda? Dirão que são casos isolados. e os sucessivos governos? Tanto PS e PSD, que reflexos houve de serem uns de "esquerda" e outros de "direita"? Dirão, são partidos de Centro... Mas o que é isto? São de "direita" ou de "esquerda" quando interessa e de "centro" quando interessa ainda mais... É fácil de ver que não passa de linguagem, de jogos de propaganda. As presidênciais vêm pôr a nu ainda mais as fraquezas dessa terminologia, então temos meia-dúzia de candidatos de "esquera" e um (não oficial ainda) de "direita"... que pobreza, tanto no discurso como nas candidaturas.
1 Pós e Contas:
Na minha leitura regular de 19mesesdepois, encontro muitos "posts" sobre política que usa a terminologia "esquerda/direita". À luz da era da Revoução Francesa, que fundou esses conceitos, aceito-os, à luz de grande parte do século XX também os aceito, mas trazer ao nosso dia, ao nosso país e aos nossos partidos essa terminologia é um disparate. As diferenças entre os nossos partidos não são traduzíveis nesses termos, e falando dos dois principais partidos ainda menos. As ideologias e a práctica caminham de costas voltadas. O que há de "esquerda" nas políticas de Fernado Gomes, Narciso Miranda, Mesquita Machado e tantos outros? E de "direita", que tem de direita Santana Lopes, Isaltino, Ferreira Torres ou outros ainda? Dirão que são casos isolados. e os sucessivos governos? Tanto PS e PSD, que reflexos houve de serem uns de "esquerda" e outros de "direita"? Dirão, são partidos de Centro... Mas o que é isto? São de "direita" ou de "esquerda" quando interessa e de "centro" quando interessa ainda mais... É fácil de ver que não passa de linguagem, de jogos de propaganda.
As presidênciais vêm pôr a nu ainda mais as fraquezas dessa terminologia, então temos meia-dúzia de candidatos de "esquera" e um (não oficial ainda) de "direita"... que pobreza, tanto no discurso como nas candidaturas.
1/10/05 11:55
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