Truques eleitorais
Fugindo um pouco aos aniversários e ao liberalismo que abundam neste blogue, apetece-me falar um pouco de política. Não de política pura, no seu estado metafísico, mas de campanhas. E de formas de ganhar eleições.
Em 85 Soares inaugurou um eficaz método de ganhar eleições perdidas: o "sopapo". Numa visita à Marinha Grande, e com apenas 8% dos votos, Soares foi agredido, e ganhou as eleições numa segunda volta a Freitas do Amaral e não a Salgado Zenha, como se esperava que Freitas do Amaral fosse vencer.
Durante duas décadas este método inovador e eficaz não foi usado com êxito, até que surge Rui Rio em pleno Bairro do Aldoar. Insultos, ameaças de violência fogem das bocas dos locais. Rio culpabiliza o PS por aquela campanha do insulto, que nunca me convenceu.
E qual não é a minha suspresa(mas já aguardava isto), quando Rui visita novamente Aldoar, agora já sem oposição a quem necessitasse de vencer, e é recebido com palmas. Terá sido isto um gesto de cumprimento do PS?
Em 85 Soares inaugurou um eficaz método de ganhar eleições perdidas: o "sopapo". Numa visita à Marinha Grande, e com apenas 8% dos votos, Soares foi agredido, e ganhou as eleições numa segunda volta a Freitas do Amaral e não a Salgado Zenha, como se esperava que Freitas do Amaral fosse vencer.
Durante duas décadas este método inovador e eficaz não foi usado com êxito, até que surge Rui Rio em pleno Bairro do Aldoar. Insultos, ameaças de violência fogem das bocas dos locais. Rio culpabiliza o PS por aquela campanha do insulto, que nunca me convenceu.
E qual não é a minha suspresa(mas já aguardava isto), quando Rui visita novamente Aldoar, agora já sem oposição a quem necessitasse de vencer, e é recebido com palmas. Terá sido isto um gesto de cumprimento do PS?
escrito por Anónimo a 11:10 da manhã
2 Pós e Contas:
Prometeu regressa e logo em contra ataque com as minhas posições editoriais! obrigada, prometeu, estava mesmo a precisar de levar na cabeça, ou na tua linguagem um "sopapo".
Agora quanto à questão em concreto e à forma como algumas eleições são ganhas [ou melhor dizendo ao uso de determinadas situações em proveito próprio], isto é revelador do populismo em que temos caído. mais uma vez, defendo que enquanto os individuos não recuperarem os seus poderes de cidadania (e isso é uma luta pessoal e individual, a cidadania não nos pode ser atirada para o o colo)
27/10/05 11:53
Não querendo entrar na questão propriamente dita, do populismo nas campanhas e de certas vias menos lícitas de se angariar votos, refiro-me apenas para já ao caso de Rio em Aldoar, mas eidentemente que tudo se interliga. Poderá ter sido jogada do próprio como indirectamente aflora Prometeu, mas não julgo, Rio estava bem confortável nas sondagens para um segundo mandato lhe ser atribuído. Poderá ter sido um acaso, gente mal-diposta e arruaceira, eu vivi em Aldoar, a coisa não era fácil por ali, ou poderá mesmo ter sido coisa do PS. E digo-o porque conheço também as peças que gravitam no PS Porto. Assis até tentou como Presidente da distrital renovar essa corja mas foi-lhe muito complicado, para ser eleito teve de se unir a parte dela. Julgo por isso muito provável que alguém dessa corja tenha arranjado uns rufias (á imagem do que se passou em Matosinhos entre dois PS's, Narciso e Seabra em luta interna, e que acabou no falecimento de Sousa Franco) para dar uns "sopapos" em Rio, parecendo-me a mim que Assis desconhecesse o assunto. E digo-o sem vacilar, não tenho partido, não sei o que é esquerda nem direita hoje em dia, por isso quem ler neste comentário uma aproximação à direita ou um radicalismo de esquerda está enganado. O comentário é como eu, independente mas não neutro. Queria a vitória de Assis por achar que Rio falhou sobretudo no aspecto cultural da cidade, mas admito que tinha um medo terrível da tal corja do PS Porto, como nos anos dos horrorosos Presidentes Gomes e Cardoso...
27/10/05 18:19
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