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terça-feira, outubro 25, 2005

Citações XLVIII

3 Pós e Contas:

Blogger AA Quis dizer...

É uma boa provocação.

O problema é que os Estados não são smart daí terem que ser effective. Há uma grande diferença entre ser eficaz e ser eficiente. A abordagem estatista é a da meia-bola e força bruta. Inclusivamente na argumentação. Quando há uma desgraça é porque o Estado não actuou, quando não há diz-se que foi pela eterna vigilância do Estado, quando de facto nunca saberemos.

Se os Estados quisessem, podiam acabar com 3/4 das doenças infecciosas mortais do mundo, salvando milhões de pessoas. Ou qualquer outra maleita. Isso seria feito pela utilização maciça de recursos até o problema estar resolvido. Claro que o que acontece é que não só a utilização é sistematicamente ineficiente e perdulária como produz efeitos adversos. Um caso é a ajuda aos países pobres que estão cada vez mais dependentes da ajuda errática do Primeiro Mundo. A solução passa por fazer elevar o nível dos países pela única ajuda internacional que não está dependente de critérios políticos arbitrários: o comércio livre.

O argumento que os Estados têm de ser grandes é uma falácia porque a sua verdadeira justificação não são os fins, mas o poder. E o seu critério é sempre político, e nunca ético enquanto conceito absoluto. Imaginemos que se defendia que os Estados tinham de erradicar a Imoralidade. Prostituição, Proxenetismo, Sodomia, etc... Porque isto entra directamente na esfera pessoal das pessoas, há reacção, mas a analogia é semelhante quando falamos de outras megalomanias dos Estados.

Não há forma de verificar se a Crise da Gripe das Aves está a ser bem combatida, ou se está a ser um sorvedouro de dinheiros "públicos". Uma coisa é certa. A ajuda virá dos privados e não dos Estados. Tal como na crise das vacas loucas, o que acontece é uma grande perturbação da Economia mundial. Há gente privada de uma fonte barata de alimentação, estabelecimentos a fechar, desempregados, indústrias agro-pecuárias a falir, sectores importantes das Economia devastados. Nunca saberemos o que teria acontecido se assim não fosse, mas é provável que estivéssemos globalmente melhor, visto que admitimos que a intervenção estatal é inerentemnente ineficiente.

O João Miranda teve uma série de posts muito bons sobre o assunto. De como apesar de todos os esforços, a SIDA por exemplo seguiu a sua lei natural. De como o crime nunca poderá ser erradicado. É uma questão estatística. Neste caso, a coisa não é muito diferente. Há um fuminho e toda a gente está à espera do fogo dos Infernos.

Há os argumentos futebolísticos do costume. Imagine-se que sei lá, Oreos poderiam causar cancro em 0,01% dos consumidores. Pânico total. A indústria das bolachas devastada. Mas morrem milhares por ano de tabaco, e o seu consumo é livre, apesar da carga fiscal. Os carros matam milhares e não são proibidos. Desprezar o poder do mercado conduz a populismos pseudo-científicos perigosos...

AA

25/10/05 11:30

 
Blogger aL Quis dizer...

bela dissertação sobre galinhas e o estado!

25/10/05 12:17

 
Blogger AA Quis dizer...

foi a minha costela galinha >)

Só estou a tentar dizer que há cientistas que tentam resolver o assunto -- e esses não estão no Estado, mas sim egoistamente nas empresas a pensarem em vacinas, remédios e alternativas ao consumo de carne de aves; e outros que estão mais preocupados em suscitar alarme por causa da projecção mediática consequente...

...o alarme é sempre mau conselheiro...

25/10/05 14:10

 

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