um blogue socialmente consciente
emocionalmente irresponsável
19mesesdepois@gmail.com
terça-feira, outubro 25, 2005
Citações XLVIII
Many people believed that globalization meant that government would become less important. But as we see, today's world has actually made government more crucial. Only government can tackle a problem like this one [flu pandemic] , not by being big but by being smart and effective. And we need good governance not just at home but beyond. Without effective international coordination, we are doomed to failure. John Bolton once said that you could chop off 10 floors of the United Nations and we'd all be better off. Let's hope that the scientists fighting global diseases aren't on any of those floors.
O problema é que os Estados não são smart daí terem que ser effective. Há uma grande diferença entre ser eficaz e ser eficiente. A abordagem estatista é a da meia-bola e força bruta. Inclusivamente na argumentação. Quando há uma desgraça é porque o Estado não actuou, quando não há diz-se que foi pela eterna vigilância do Estado, quando de facto nunca saberemos.
Se os Estados quisessem, podiam acabar com 3/4 das doenças infecciosas mortais do mundo, salvando milhões de pessoas. Ou qualquer outra maleita. Isso seria feito pela utilização maciça de recursos até o problema estar resolvido. Claro que o que acontece é que não só a utilização é sistematicamente ineficiente e perdulária como produz efeitos adversos. Um caso é a ajuda aos países pobres que estão cada vez mais dependentes da ajuda errática do Primeiro Mundo. A solução passa por fazer elevar o nível dos países pela única ajuda internacional que não está dependente de critérios políticos arbitrários: o comércio livre.
O argumento que os Estados têm de ser grandes é uma falácia porque a sua verdadeira justificação não são os fins, mas o poder. E o seu critério é sempre político, e nunca ético enquanto conceito absoluto. Imaginemos que se defendia que os Estados tinham de erradicar a Imoralidade. Prostituição, Proxenetismo, Sodomia, etc... Porque isto entra directamente na esfera pessoal das pessoas, há reacção, mas a analogia é semelhante quando falamos de outras megalomanias dos Estados.
Não há forma de verificar se a Crise da Gripe das Aves está a ser bem combatida, ou se está a ser um sorvedouro de dinheiros "públicos". Uma coisa é certa. A ajuda virá dos privados e não dos Estados. Tal como na crise das vacas loucas, o que acontece é uma grande perturbação da Economia mundial. Há gente privada de uma fonte barata de alimentação, estabelecimentos a fechar, desempregados, indústrias agro-pecuárias a falir, sectores importantes das Economia devastados. Nunca saberemos o que teria acontecido se assim não fosse, mas é provável que estivéssemos globalmente melhor, visto que admitimos que a intervenção estatal é inerentemnente ineficiente.
O João Miranda teve uma série de posts muito bons sobre o assunto. De como apesar de todos os esforços, a SIDA por exemplo seguiu a sua lei natural. De como o crime nunca poderá ser erradicado. É uma questão estatística. Neste caso, a coisa não é muito diferente. Há um fuminho e toda a gente está à espera do fogo dos Infernos.
Há os argumentos futebolísticos do costume. Imagine-se que sei lá, Oreos poderiam causar cancro em 0,01% dos consumidores. Pânico total. A indústria das bolachas devastada. Mas morrem milhares por ano de tabaco, e o seu consumo é livre, apesar da carga fiscal. Os carros matam milhares e não são proibidos. Desprezar o poder do mercado conduz a populismos pseudo-científicos perigosos...
Só estou a tentar dizer que há cientistas que tentam resolver o assunto -- e esses não estão no Estado, mas sim egoistamente nas empresas a pensarem em vacinas, remédios e alternativas ao consumo de carne de aves; e outros que estão mais preocupados em suscitar alarme por causa da projecção mediática consequente...
3 Pós e Contas:
É uma boa provocação.
O problema é que os Estados não são smart daí terem que ser effective. Há uma grande diferença entre ser eficaz e ser eficiente. A abordagem estatista é a da meia-bola e força bruta. Inclusivamente na argumentação. Quando há uma desgraça é porque o Estado não actuou, quando não há diz-se que foi pela eterna vigilância do Estado, quando de facto nunca saberemos.
Se os Estados quisessem, podiam acabar com 3/4 das doenças infecciosas mortais do mundo, salvando milhões de pessoas. Ou qualquer outra maleita. Isso seria feito pela utilização maciça de recursos até o problema estar resolvido. Claro que o que acontece é que não só a utilização é sistematicamente ineficiente e perdulária como produz efeitos adversos. Um caso é a ajuda aos países pobres que estão cada vez mais dependentes da ajuda errática do Primeiro Mundo. A solução passa por fazer elevar o nível dos países pela única ajuda internacional que não está dependente de critérios políticos arbitrários: o comércio livre.
O argumento que os Estados têm de ser grandes é uma falácia porque a sua verdadeira justificação não são os fins, mas o poder. E o seu critério é sempre político, e nunca ético enquanto conceito absoluto. Imaginemos que se defendia que os Estados tinham de erradicar a Imoralidade. Prostituição, Proxenetismo, Sodomia, etc... Porque isto entra directamente na esfera pessoal das pessoas, há reacção, mas a analogia é semelhante quando falamos de outras megalomanias dos Estados.
Não há forma de verificar se a Crise da Gripe das Aves está a ser bem combatida, ou se está a ser um sorvedouro de dinheiros "públicos". Uma coisa é certa. A ajuda virá dos privados e não dos Estados. Tal como na crise das vacas loucas, o que acontece é uma grande perturbação da Economia mundial. Há gente privada de uma fonte barata de alimentação, estabelecimentos a fechar, desempregados, indústrias agro-pecuárias a falir, sectores importantes das Economia devastados. Nunca saberemos o que teria acontecido se assim não fosse, mas é provável que estivéssemos globalmente melhor, visto que admitimos que a intervenção estatal é inerentemnente ineficiente.
O João Miranda teve uma série de posts muito bons sobre o assunto. De como apesar de todos os esforços, a SIDA por exemplo seguiu a sua lei natural. De como o crime nunca poderá ser erradicado. É uma questão estatística. Neste caso, a coisa não é muito diferente. Há um fuminho e toda a gente está à espera do fogo dos Infernos.
Há os argumentos futebolísticos do costume. Imagine-se que sei lá, Oreos poderiam causar cancro em 0,01% dos consumidores. Pânico total. A indústria das bolachas devastada. Mas morrem milhares por ano de tabaco, e o seu consumo é livre, apesar da carga fiscal. Os carros matam milhares e não são proibidos. Desprezar o poder do mercado conduz a populismos pseudo-científicos perigosos...
AA
25/10/05 11:30
bela dissertação sobre galinhas e o estado!
25/10/05 12:17
foi a minha costela galinha >)
Só estou a tentar dizer que há cientistas que tentam resolver o assunto -- e esses não estão no Estado, mas sim egoistamente nas empresas a pensarem em vacinas, remédios e alternativas ao consumo de carne de aves; e outros que estão mais preocupados em suscitar alarme por causa da projecção mediática consequente...
...o alarme é sempre mau conselheiro...
25/10/05 14:10
Enviar um comentário
<< Home