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quarta-feira, julho 26, 2006
Ainda sobre o fim do trágico
Já comprei o "Tal e Qual" e "O Crime", só falta comprar "O Diabo" e atirar-me às leituras para "postar" o prometido. Entretanto, saltou-me à vista a seguinte sobreposição de notícias no site do JN:
uma das razões para o decréscimo de qualidade jornalística é a sequência noticiosa. Ao lado de uma notícia regional, encontramos frequentemente uma notícia relacionada com a actualidade nacional ou internacional. As consequêcias deste tipo de estratégias passam pela desatenção demonstrada pela opinião pública em relação a assuntos relevantes e de interesse público. Num site ainda é aceitável, mas a mesma estratégia é seguida na edição de papel..
Não concordo contigo, no papel isso não acontece, os jornais têm as secções bem definidas e separadas. Se realcei esta sobreposição não foi pelo facto de se tratar de uma notícia internacional e outra regional, mas por se tratarem de notícias "trágicas", e num post anterior eu ter falado do "fim do trágico". Escarrapacha-se o que era trágico e já deixou de ser, a procura de culpados, o maniquísmo, está a levar-nos para a simples culpabilização e para o esquecimento da tragédia em si.
É realmente uma tragédia 4 funcionários da ONU serem mortos por soldados, e sem querer ser maniqueísta, do bem. Ainda sobre a imprensa, parece-me consensual que esta atravessa uma grave crise financeira, o q obriga a uma mudança de estratégias e a publicar aquilo que o cidadão comum quer ler. Desta crise financeira talvez só o Público se salve, - o JN lá sobrevive - enquanto os outros se vêem obrigados a publicar entrevistas com as estrelas dos programas da TVI. Gostava de ler um comentário teu acerca do atentado israelita contra a posição da ONU.
Gostavas de um comentário meu sobre aquilo a que chamas atentado??? Não contes comigo. Os meus comentários sobre o que se passa no Médio Oriente não vão sair daquilo que já escrevi sobre o fim do trágico, chegou-se (eu pelo menos cheguei) à total descrença de um qualquer olhar racional e justo sobre o conflito. Não me interessa minimamente tomar partido (definindo partido como um lado ou o outro), o meu olhar é de tristeza apenas... pelo que lá se passa com tantas incertezas e pelo que por cá se vai dizendo com tanta certeza...
não me deixas alternativa senao terminar com estes comentários.. No entanto, devo dizer-te q é com tristeza que vejo um cidadao responsável e ponderado desfazer-se da sua melhor arma: a palavra. Grd Abraço.
A melhor arma não é a palavra, é a liberdade em usá-la ou não usá-la... usei-a já naquilo que me parece importante neste assunto, ainda sou eu que decido o que dizer e quando dizer...
8 Pós e Contas:
uma das razões para o decréscimo de qualidade jornalística é a sequência noticiosa. Ao lado de uma notícia regional, encontramos frequentemente uma notícia relacionada com a actualidade nacional ou internacional. As consequêcias deste tipo de estratégias passam pela desatenção demonstrada pela opinião pública em relação a assuntos relevantes e de interesse público. Num site ainda é aceitável, mas a mesma estratégia é seguida na edição de papel..
26/7/06 13:58
Não concordo contigo, no papel isso não acontece, os jornais têm as secções bem definidas e separadas. Se realcei esta sobreposição não foi pelo facto de se tratar de uma notícia internacional e outra regional, mas por se tratarem de notícias "trágicas", e num post anterior eu ter falado do "fim do trágico". Escarrapacha-se o que era trágico e já deixou de ser, a procura de culpados, o maniquísmo, está a levar-nos para a simples culpabilização e para o esquecimento da tragédia em si.
26/7/06 14:09
*maniqueísmo
26/7/06 14:09
É realmente uma tragédia 4 funcionários da ONU serem mortos por soldados, e sem querer ser maniqueísta, do bem.
Ainda sobre a imprensa, parece-me consensual que esta atravessa uma grave crise financeira, o q obriga a uma mudança de estratégias e a publicar aquilo que o cidadão comum quer ler. Desta crise financeira talvez só o Público se salve, - o JN lá sobrevive - enquanto os outros se vêem obrigados a publicar entrevistas com as estrelas dos programas da TVI.
Gostava de ler um comentário teu acerca do atentado israelita contra a posição da ONU.
26/7/06 16:22
Gostavas de um comentário meu sobre aquilo a que chamas atentado??? Não contes comigo.
Os meus comentários sobre o que se passa no Médio Oriente não vão sair daquilo que já escrevi sobre o fim do trágico, chegou-se (eu pelo menos cheguei) à total descrença de um qualquer olhar racional e justo sobre o conflito. Não me interessa minimamente tomar partido (definindo partido como um lado ou o outro), o meu olhar é de tristeza apenas... pelo que lá se passa com tantas incertezas e pelo que por cá se vai dizendo com tanta certeza...
26/7/06 17:05
não me deixas alternativa senao terminar com estes comentários.. No entanto, devo dizer-te q é com tristeza que vejo um cidadao responsável e ponderado desfazer-se da sua melhor arma: a palavra. Grd Abraço.
26/7/06 17:20
A melhor arma não é a palavra, é a liberdade em usá-la ou não usá-la... usei-a já naquilo que me parece importante neste assunto, ainda sou eu que decido o que dizer e quando dizer...
26/7/06 17:41
Está tudo dito.
26/7/06 17:47
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