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quinta-feira, fevereiro 08, 2007

Leituras

[...] qual o regime que melhor se adequa a um "estado liberal"? Não falta quem mostre como a democracia, partindo da liberdade de voto, pode pôr em perigo outras liberdades individuais. [...] De forma a seduzir o eleitor, os agentes políticos tendem a oferecer cada vez mais serviços por parte do Estado, que é assim forçado a interferir cada vez mais na esfera privada dos indivíduos. Podemos ser livres para votar, mas temos menos liberdade quotidiana. O problema está em que uma ditadura, por muito liberal que seja, não comporta um risco menor para as liberdades. Quanto mais não seja, porque, numa ditadura, é mais difícil controlar um eventual abuso de poder. Aos defensores da liberdade resta, portanto, um caminho: defender, no jogo democrático, que o poder democrático deve ser limitado, para que os interesses de uma parte não se sobrepunham à liberdade de outros procurarem satisfazer os seus. Cabe aos defensores da liberdade defender o "Estado liberal" sem o qual, sem a ordem por ele estabelecida, essas liberdades não têm garantia de sobrevivência. Mas precisamente por essa ordem ser tudo menos "natural", nada nos garante que ela possa ser mantida. Só a força dos que a defendem o pode garantir. Neste caso, através da força da argumentação dos que o querem ver em Portugal.

Bruno, in Desesperada Esperança

[via aAdF]

[aL]

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