um blogue socialmente consciente emocionalmente irresponsável 19mesesdepois@gmail.com

domingo, abril 15, 2007

Facturar faz o país avançar? II

6 Pós e Contas:

Blogger Miguel Madeira Quis dizer...

"Um dado objectivo é que estas duas pessoas em quem eu paguei pelos serviços prestados [ainda que na dita economia paralela] tiveram um acréscimo de bem-estar"

Sim.

"e esse acréscimo tenderá a transitar para outros agentes económicos"

Sim, mas.. não.

Esse dinheiro que o Estado deixa de receber significa uma de 3 coisas - mais impostos que terão de ser cobrados noutro sitio; menos despesa pública; ou mais deficit. Como a hipótese de mais deficit está bloqueada pelo PEC, só sobram as duas primeiras hipóteses.

Se o resultado for um aumento de impostos, esse acréscimo de bem-estar vai ser compensado por um decréscimo de bem-estar algures, e pronto.

Se o resultado for uma redução da despesa (para o meu raciocínio é irrelevante que a redução seja na construção de estradas, no rendimento mínimo ou nos subsídios aos latifundiários produtores de cereais), teremos também alguém que vê o seu rendimento reduzido, que passa adquirir menos bens e serviços, as pessoas a quem eles iriam adquirir esses bens passam também a adquirir menos bens, etc.

Além disso, se a economia estiver no pleno emprego (conceito que não é tão irrealista como isso - já desenvolvo), o facto de os 2 carregadores terem mais dinheiro para gastar apenas originará um aumento dos preços, e não da produção (no entanto, penso que não é a situação da economia portuguesa neste momento)

"Não me refiro ao avanço do país, mas sim à melhoria do bem-estar de pessoas concretas"

Vai dar ao mesmo.

16/4/07 00:23

 
Blogger Miguel Madeira Quis dizer...

O post original não se consegue ler (i.e., indo ao link permanente lê-se o texto, mas na blog "geral" só aparece o titulo, mas não o conteúdo) - é mesmo assim, ou é defeito do meu computador?

16/4/07 00:26

 
Blogger Miguel Madeira Quis dizer...

"Para além que o pleno emprego é uma improbabilidade, tratando-se de um conceito académico um pouco afastado da realidade"

"Pleno emprego" não significa desemprego zero; significa o mínimo possível de desemprego que se pode ter sem isso fazer aumentar a inflacção (e acho que é perfeitamente possível uma economia estar nesse nivel ou até menos)

16/4/07 00:36

 
Blogger Miguel Madeira Quis dizer...

Agora, a contra-corrente do que escrevi, um argumento a favor da evasão fiscal:

Hoje em dia, a maior justificação para os impostos é a manutenção do "Estado Social", i.e., das politicas de redistribuição da riqueza.

Mas, atendendo a que os trabalhadores "ocasionais" têm mais facilidade em fugir aos impostos que as empresas, que as PME têm mais facilidade em fugir que as grandes (refiro-me a fugir ilegalmente, porque as grandes empresas têm mais facilidade em fugir legalmente), etc., a evasão fiscal pode representar uma vantagem competitiva dos "pequenos" face aos "grandes" e, assim, ser também uma ferramenta de redistribuição da riqueza (mas não tenho lá muita certeza disto que estou a escrever)

Aliás, isto faz-me lembrar este meu post

16/4/07 00:49

 
Blogger Miguel Madeira Quis dizer...

Saindo um bocado do tema, discordo do final daquele link:

"A partir do final da década de 1970, os economistas têm adotado argumentos monetaristas em detrimento daqueles propostos pela doutrina keynesiana"

Efectivamente, no final dos anos 70 / princípios dos 80, o monetarismo esteve um bocado na moda, mas penso que desde meados dos anos 80 que o keynesianismo voltou a ser o "quase-consenso cientifico".

16/4/07 00:57

 
Blogger aL Quis dizer...

Miguel, desculpa tentar te ei responder mais la para o final do dia. e sim, ha um problema qualquer com um post anterior que nao esta visivel, estou a ver se resolvo isso.

obrigada pelos comentarios

16/4/07 08:58

 

Enviar um comentário

<< Home