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sábado, julho 19, 2008

Old is hot! II

Neil Young tem 62 anos, toca guitarra com a rage de 20, mas envolta no peso, na mágoa e na sabedoria de mais 42 anos. O cenário do concerto é montado milimetricamente: a enorme ventoínha, o telefone vermelho, o índio e o cavalete de exposição dos quadros (Neil Young faz-se acompanhar com alguma regularidade por Eric Johnson, um pintor que vai fazendo quadros enquanto Young dá o seu concerto. Mais tarde estes quadros são leiloadas na Neil's Garage e o valor reverte para a The Bridge School. A Portugal só vieram os quadros, infelizmente o pintor não veio!), a altura do microfone é medida várias vezes para que nada falhe. E de facto, nada falha, ou se falha nem se dá conta, tal é o poder com que Neil Young nos envolve e nos paralisa.

Na música de Neil Young, tal como na de Mr. Dylan pressente-se um passado de referências comuns, mas que a determinado ponto do caminho evoluíram para sítios diferentes. Há no som rasgado das guitarras ou na melodia da harmónica a evocação de algo primordial, o som que construiu um país e as suas identidades.

E novamente o meu coração é esmagado ao ouvir "Ive been a miner for a heart of gold.|
Its these expressions |I never give |That keep me searching for a heart of gold | And Im getting old.
" ['cause a man needs a maid!]

Simplesmente magnífico!

[aL]

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1 Pós e Contas:

Blogger João Ricardo Vasconcelos Quis dizer...

Não estive lá, mas não tenho dúvidas que terá sido um grande concerto. Quanto mais não seja por se ter uma lenda em palco.

19/7/08 22:02

 

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