Portugal goes Nuclear V
A ideia de construir uma central nuclear em Portugal, parece-me neste momento, completamente absurda. É um facto que possuímos a matéria-prima: o urânio, mas não possuímos tecnologia para o transformar em combustível nuclear. Portugal teria de exportar a matéria-prima para depois importar o produto transformado já com elevado valor acrescentado, e só assim poderia pôr a funcionar a central nuclear.
Aqui reside um dos erros económicos que não me parece aceitável acontecer. Obviamente que a balança comercial referente à exportação de urânio e a posterior importação de combustível nuclear será naturalmente deficitária, o que agravará o estado da economia portuguesa.
Outra coisa a ter em conta é a construção da central. Não ponho em causa a capacidade dos nossos investigadores em projectarem uma central nuclear, no entanto não existem em Portugal meios técnicos e materiais para a sua construção. Construir uma central nuclear não é a mesma coisa que construir uma auto-estrada ou uma ponte. Estaremos disposto em embarcar numa aventura de “chave na mão”? Está é uma solução rápida e eficaz, mas conduz a uma forte dependência tecnológica do estrangeiro, para além de não estar provado que este tipo de investimento conduza a uma situação de desenvolvimento (económico e tecnológico) por arrastamento.
As vantagens das energias nuclear reduzem-se i) ao aumento da oferta de alternativas energéticas aos combustíveis fósseis – apesar de em termos quantitativos este aumento ser reduzido - e ii) a consequente diminuição do custo da energia – não sendo contudo directamente proporcional a ligação custo/preço final -, e finalmente iii) o cumprimento das metas estabelecidas pelo Protocolo de Quioto no que diz respeito à emissão de CO2, uma vez que a energia nuclear é uma energia “limpa”.
São estes os argumentos, que são puramente económicos e desprovidos de “preconceitos” ecológicos, que me fazem defender que a energia nuclear NÃO É A ÚNICA SOLUÇÃO!
(continuarei a abordar a temática das alternativas energéticas)
Aqui reside um dos erros económicos que não me parece aceitável acontecer. Obviamente que a balança comercial referente à exportação de urânio e a posterior importação de combustível nuclear será naturalmente deficitária, o que agravará o estado da economia portuguesa.
Outra coisa a ter em conta é a construção da central. Não ponho em causa a capacidade dos nossos investigadores em projectarem uma central nuclear, no entanto não existem em Portugal meios técnicos e materiais para a sua construção. Construir uma central nuclear não é a mesma coisa que construir uma auto-estrada ou uma ponte. Estaremos disposto em embarcar numa aventura de “chave na mão”? Está é uma solução rápida e eficaz, mas conduz a uma forte dependência tecnológica do estrangeiro, para além de não estar provado que este tipo de investimento conduza a uma situação de desenvolvimento (económico e tecnológico) por arrastamento.
As vantagens das energias nuclear reduzem-se i) ao aumento da oferta de alternativas energéticas aos combustíveis fósseis – apesar de em termos quantitativos este aumento ser reduzido - e ii) a consequente diminuição do custo da energia – não sendo contudo directamente proporcional a ligação custo/preço final -, e finalmente iii) o cumprimento das metas estabelecidas pelo Protocolo de Quioto no que diz respeito à emissão de CO2, uma vez que a energia nuclear é uma energia “limpa”.
São estes os argumentos, que são puramente económicos e desprovidos de “preconceitos” ecológicos, que me fazem defender que a energia nuclear NÃO É A ÚNICA SOLUÇÃO!
(continuarei a abordar a temática das alternativas energéticas)
escrito por aL a 10:00 da manhã
0 Pós e Contas:
Enviar um comentário
<< Home