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terça-feira, outubro 18, 2005

O Estado e a Cultura

Tomo II

Os direitos de um individuo não podem ser limitados pelo simples facto de ele ter uma opinião politica - ou uma consciência social, o que quer que lhe queiramos chamar - e isso é também válido para os artistas, que de algum modo têm uma relevância social por vezes superior [pelos menos alguns deles, (mas isso é uma outra discussão, sobre qual o papel do artista na sociedade contemporânea, que será abordada num próximo tomo), a literatura e a música são excelentes exemplos disso mesmo, de como os artistas podem ter uma voz activa na sociedade]

Agora esta questão [da opinião política de determinado artista] é mais delicada quando o critério político é o fiel da balança [em situações de atribuições de prémios, apoios, etc.]...

a ARTE só sobrevive se for bela, se isso não acontecer a arte (assim com minúcula) corre o risco de ser panfletária e ficar esquecida, mas as duas coisas podem coexistir (beleza e consciência social)... mas acima de tudo não podemos deixar que as nossas concepções ideológicas distorçam gravemente a forma como olhamos para um objecto artístico

2 Pós e Contas:

Blogger aL Quis dizer...

meu caro prometeu, quando falo em beleza não me refiro apenas à beleza clássica (e canónica) do agradável à vista! um quadro de botticelli é tão belo quanto um quadro de schiele

18/10/05 11:45

 
Blogger Filipe Quis dizer...

a questão aqui, para não nos perdermos, tem que ver com as palavras que usamos. Beleza tanto pode ser um termo técnico como palavra comum. Há que esclarecer.
E quanto a Lobo Antunes, é um grande escritor. Opinião minha é certo, a primeira avaliação da arte é sempre subjectiva, mas é um grande escritor analisando-o objectivamente. O estilo pode não ser fácil, pode chocar, enervar, aborrecer... mas tenho para mim que os Lusíadas são mais chatos, mais enervantes e masi chocantes como leitura...

19/10/05 20:52

 

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