Conclusão
A saída
A UE (...) como organização internacional(...) reflecte os desejos dos seus Estados-Membros. E a UE não está a crescer, quanto a novos poderes. Pelo contrário, está a aligeirar-se, a racionalizar as linhas de autoridade e a clarificar a sua relação com os seus Estados-Membros. A tendência entre dirigentes europeus é a de uma mais ampla, mas melhor definida UE, que assimile as competências de que já se encontra investida.
(...)
o funcionamento da OMC e das grandes instituições superesestaduais do mesmo género deveria ser mais transparente - mas no fundo se ela trabalha, eficazmente, é porque se encontra isolada das pressões populares.
(...)
A expansão do comércio tem sido apenas a maior realização económica mundial dos últimos cinquenta anos, produzindo dramáticas inflexões na pobreza e na doença por todo o mundo que tem tido mais progresso económico, nos últimos cinquenta anos, que nos anteriores quinhentos.
(...)
James Madison e os seus companheiros federalistas foram prescientes em reconhecer - em 1789! - que o governo popular seria minado por um problema crucial, acima de qualquer outro: o dos interesses particulares.
(...)
Actualmente, o que temos necessidade em política, é de menos democracia, não de mais.
(...)
A delegação é a forma moderna da estratégia seguida pelo herói errante de Homero, (...) Os políticos de hoje deveriam amarrar-se, mais vezes, ao navio do Estado à medida que passam através das turbulentas águas da política.
(...)
No mundo do jornalismo, as maravilhas dos blogs pessoais foram considerados, rapidamente, como o canto de finados da imprensa tradicional. De facto tornaram-se (e tornaram-na) algo diferente. Longe de substituírem os jornais e as revistas periódicas, os melhores dos blogs - e os melhores são verdadeiramente inteligentes - tornaram-se guias, refeências de qualidade para a imprensa escrita (...) Embora os criadores dos blogs não tomem em si próprios como democratas radicais eles são, na verdade, a elite tocquevilliana.
(...)
As democracias modernas serão confrontadas com novos desafios - a luta contra o terrorismo, os problemas da globalização, a adaptação e uma sociedade tremendamente envelhecida - e serão postas perante a necessidade de fazer funcionar o sistema e muito melhor do que ele funciona actualmente. Isso significa optimozar os processos de tomada de decisão, reintegrar o liberalismo constitucional na prática democrática
Fareed Zakaria, in O Futuro da Liberdade (edição Gradiva - 2005)
A UE (...) como organização internacional(...) reflecte os desejos dos seus Estados-Membros. E a UE não está a crescer, quanto a novos poderes. Pelo contrário, está a aligeirar-se, a racionalizar as linhas de autoridade e a clarificar a sua relação com os seus Estados-Membros. A tendência entre dirigentes europeus é a de uma mais ampla, mas melhor definida UE, que assimile as competências de que já se encontra investida.
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o funcionamento da OMC e das grandes instituições superesestaduais do mesmo género deveria ser mais transparente - mas no fundo se ela trabalha, eficazmente, é porque se encontra isolada das pressões populares.
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A expansão do comércio tem sido apenas a maior realização económica mundial dos últimos cinquenta anos, produzindo dramáticas inflexões na pobreza e na doença por todo o mundo que tem tido mais progresso económico, nos últimos cinquenta anos, que nos anteriores quinhentos.
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James Madison e os seus companheiros federalistas foram prescientes em reconhecer - em 1789! - que o governo popular seria minado por um problema crucial, acima de qualquer outro: o dos interesses particulares.
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Actualmente, o que temos necessidade em política, é de menos democracia, não de mais.
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A delegação é a forma moderna da estratégia seguida pelo herói errante de Homero, (...) Os políticos de hoje deveriam amarrar-se, mais vezes, ao navio do Estado à medida que passam através das turbulentas águas da política.
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No mundo do jornalismo, as maravilhas dos blogs pessoais foram considerados, rapidamente, como o canto de finados da imprensa tradicional. De facto tornaram-se (e tornaram-na) algo diferente. Longe de substituírem os jornais e as revistas periódicas, os melhores dos blogs - e os melhores são verdadeiramente inteligentes - tornaram-se guias, refeências de qualidade para a imprensa escrita (...) Embora os criadores dos blogs não tomem em si próprios como democratas radicais eles são, na verdade, a elite tocquevilliana.
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As democracias modernas serão confrontadas com novos desafios - a luta contra o terrorismo, os problemas da globalização, a adaptação e uma sociedade tremendamente envelhecida - e serão postas perante a necessidade de fazer funcionar o sistema e muito melhor do que ele funciona actualmente. Isso significa optimozar os processos de tomada de decisão, reintegrar o liberalismo constitucional na prática democrática
Fareed Zakaria, in O Futuro da Liberdade (edição Gradiva - 2005)
escrito por aL a 10:55 da tarde
2 Pós e Contas:
James Madison e os seus companheiros federalistas foram prescientes em reconhecer - em 1789! - que o governo popular seria minado por um problema crucial, acima de qualquer outro: o dos interesses particulares.
(...)
Actualmente, o que temos necessidade em política, é de menos democracia, não de mais.
Eu diria que tal reconhecimento é anterior, já se encontra em Montesquieu e Tocqueville, mas a presciência de Madison & Co foi saber que o Estado tinha de ser limitado, e concretizá-lo, especialmente no Bill of Rights, que é um documento excepcional.
O problema da democracia é quando se desenvolve de cima para baixo, concentrando o poder em cima, conduz à ditadura da maioria. O inverso (poder organizado bottom-up com competências decrescentes à medida que se sobe na hierarquia institucional) é potenciador da liberdade da sociedade...
9/11/05 12:26
muito bem, muito bem!
mas há sérios perigos se o poder da base for excessivo
9/11/05 22:59
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