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quarta-feira, novembro 16, 2005

Opções Culturais

5 Pós e Contas:

Blogger Tiago Mendes Quis dizer...

Cara Alaíde,

Excelente provocação no seguimento do que escrevi ontem. Repara que eu não disse que as pessoas não querem ser oreitentadas - pelo menos algumas. Isso é uma questão "empírica". O que eu referi é que o argumento do post anterir (ou seguinte, dado que está em baixo) não era necessariamente válido, da forma como estava construído.

Há outros trÈs pontos que este teu post me suscita:

1. Problema de selecção amostral: é provável que quem entre nestes clubes (isto não é pejorativo/pedante, estou a tentar ser isento) precise de orientações de leitura mais do que outros. Aqueles que (por sorte, seja o que for) têm as suas tertúlias privadas - e geradas de FORMA ESPONTANEA - ou que são umas bestas individualistas e consomem livros nas trevas do seu quarto, não iriam provavelmente para um club e destes. Enfim, o ponto é só este: é muito provável que NA POPULAÇAO haja "alguma" parcela de pessoas que tenha um gostinho por "ser oprientada", e a AMOSTRA nestes clubes será ENVIESADA nesse sentido, e não uma amostra REPRESENTATIVA da população (o que se chama problema de selecção amostral)

2. Mas, de facto, surgir um grupo ou clube deste tipo, é muito natural. POde acontecer de forma espontânea - por iniciativa dum conjunto de leitores - ou pode ser uma resposta do mercado a uma procura latente (como diria o João MIranda). Ou seja, esse clube é "eficiente". Porque traz informação às pessoas, diminuindo a assimetria informaicional que elas têm, ao propor certas escolhas.

3. O facto de esses clubes surgirem de forma livre ou não, não indica que o Estado tenha necessariamente que ter um papel, tal como o facto de as pessoas individualmente e de forma privada terem "gosto" por contribuir para certas causas de caridade também não IMPLICA que o EStado (também o deva fazer).

Repara que eu não estou (sequer) a dar a minha opinião. Estou só a comentar as implicações que existem ou não neste caso.

Acho que a tua frase a bold com size Large é importante porque demosntra evidência que CERTAS pessoas gostam de ser orientadas. Isso é improatnte e não pode ser bnegado ou menosprezado. Mas também não pode ser representativo e, mesmo que seja, isso não implica imediatamente que o Estado deva ter determinadas funções.

Como sabes, eu acho que o Estado DEVE ter determinadas funções na cultura. Mas não basearia demasiado essa argumentação na ideia deste excerto, porque detesto paternalismos e interferências excessivas e não provenientes de um "contrato" pré-acordado.

16/11/05 09:54

 
Blogger aL Quis dizer...

Tiago, mil desculpas por não poder responder-te com o mesmo nível. mas hoje, se quero sair do office a horas decentes, não poderei perder muito tempo. mais uma vez desculpa!

não vou discutir aqui a representatividade da amostra. o que é importante para mim [e aqui estou a dar a MINHA OPINIÃO, e não a racionalizar cientificamente ao meu discurso] é que a orientação é fundamental ao crescimento do individuo. MAS ESSA ORIENTAÇÃO NÃO PODE DE FORMA ALGUMA IMPLICAR A CASTRAÇÃO DO LIVRE PENSAMENTO.

16/11/05 10:50

 
Blogger Tiago Mendes Quis dizer...

"é que a orientação é fundamental ao crescimento do individuo."

Se substituires "orientação" por "educação" eu sou capaz de subscrever. Mas o "orientação" soa-me demasiado paternalista e superimposed... mas percebo o teu ponto. Mais do que castrar o livre pensamento, estaria em questão a lberdade individual de escolha.

O que eu acho é até o contra´rio: para que o "livre pensamento" possa ser real, por vezes poderá não ser sufuciente a tal ordem espontânea, e isso pode justificar alguma intervenção. Ainda que isto pareça paradoxal, acho que não é. É possível que para que o livre pensamento seja um facto, alguma coisa tenha que ser feita. Isto é um perigo - claro! ningue´m diz que nao! Eu nao éstou a advogar nada em concreto mas a sublinhar a questão de princípio. Se o Estado intervir é sempre um pergio, acho que todos concordamos que se a TVI fosse monopolista em POrtugal (o que PODE acontecer com uma qualquer "oredem espontanea") isso seria um pergio para o livre pensamento.

PS: no worrries, eu também estou busy e nem devia alongar-me muito! Inté!

16/11/05 12:24

 
Blogger aL Quis dizer...

educação não deixa de ser divulgação de informação previamente orientada.

Eu sou gosto muito da ideia do "mentor”, isto não significa que defenda qualquer tipo de paternalismos [não defendo paternalismo algum] ou endeusamentos e cultos da personalidade.

Para mim o conceito de “mentor” implica a discussão de ideias e é isso que me interessa: o debate!

Talvez eu esteja condicionada, porque sempre PROCUREI “mentores”, mas não me sinto diminuída na minha individualidade por causa disso, muito pelo contrário. Esta MINHA iniciativa foi-me dotando de uma grande flexibilidade de pensamento e de compreensão de ideias diferentes das minhas (o que não quer dizer que as aceite…) - pelo menos eu gosto de pensar que isto é verdade.

Bem, a minha "personal assistant" vai-me dar cabo da cabeça, quando perceber que terei de voar para cumprir a agenda de hoje ;)

16/11/05 13:13

 
Blogger Tiago Mendes Quis dizer...

Não quero que não cumpras a tua agenda, mas queria só adicionar o teu "PROCUREI" esclarece bem as coisas, porque corresponde a uma escolha pessoal e livre. A educação é necessária, claro. A questáo é em que moldes se faz. E para quem. Educação para crianças - claro. Educação mais ou menos "forçada" para adultor é paternalismo. Acho que temos ideias 99% semelhantes e a discordância veio apenas do uso de algumas expressões que achei ´passíveis de interpretações travessas. Eu, além de "mentores", gosto de "tutores" também. Ossos do ofício ;)

Bom trabalho!

(Não respondas hoje!!)

16/11/05 14:14

 

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