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terça-feira, março 07, 2006
Citações CXV
The mainstream political stance [...] tends to be represented by advocates of a more or less expansive welfare state, both those on the Left and on the Right. What mainstream politicians argue over are expenses - and at time the scope - of a democratically guided coercive welfare state, not whether such a state shoul exist or is just.
Tibor R. Machan, in «Libertarianism for and against» by Craig Duncan and Tibor R. Machan [Rowman & Littlefield Publishers, Inc. - 2005]
Bem, creio que trocar a realidade imperfeita do Estado-providência pelo desconhecido da Utopia liberal/libertária pode ser sem dúvida sedutor, mas também muito perigoso. Concordo que o debate democrático, no espaço político-partidário, ficará mais rico se não houver tabus, se questionarmos os fundamentos ou os pressupostos do Estado-providência. Há todo um património histórico de luta por direitos sociais consubstanciado no Estado-providência, que se traduziu em sociedades mais justas e também mais ricas. Se hoje está numa espécie de encruzilhada, isso não constitui necessariamente prova da sua inviabilidade. A Finlândia e a Suécia demonstram-nos ser possível conciliar protecção social e eficiência económica (estão entre as economias mais competitivas do mundo, segundo o World Economic Forum). A mim preocupa-me acima de tudo que o Estado se torne castrador da liberdade dos indivíduos e que ceda à tentação de querer uniformizar a vida social. Acho que sou um libertário de esquerda, mas que por conformação à realidade a aceita um Estado com níveis de protecção social.
P.S. A blogosfera aguarda um post sobre os filmes oscarizados e também sobre o glamour de Hollywood ;)
1 Pós e Contas:
Bem, creio que trocar a realidade imperfeita do Estado-providência pelo desconhecido da Utopia liberal/libertária pode ser sem dúvida sedutor, mas também muito perigoso. Concordo que o debate democrático, no espaço político-partidário, ficará mais rico se não houver tabus, se questionarmos os fundamentos ou os pressupostos do Estado-providência.
Há todo um património histórico de luta por direitos sociais consubstanciado no Estado-providência, que se traduziu em sociedades mais justas e também mais ricas. Se hoje está numa espécie de encruzilhada, isso não constitui necessariamente prova da sua inviabilidade. A Finlândia e a Suécia demonstram-nos ser possível conciliar protecção social e eficiência económica (estão entre as economias mais competitivas do mundo, segundo o World Economic Forum).
A mim preocupa-me acima de tudo que o Estado se torne castrador da liberdade dos indivíduos e que ceda à tentação de querer uniformizar a vida social.
Acho que sou um libertário de esquerda, mas que por conformação à realidade a aceita um Estado com níveis de protecção social.
P.S. A blogosfera aguarda um post sobre os filmes oscarizados e também sobre o glamour de Hollywood ;)
7/3/06 11:30
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