Vaidades e maldades amargas
Recordo, há uns bons 10 anos, quando a política e as notícias, não despertavam grande interesse no adolescente que eu era, de dois comentadores políticos que apareciam por vezes na televisão. Um deles era Nuno Rogeiro e o outro era uma outra, Costança Cunha e Sá. Lembro-me no primeiro uma vaidade imensa, um prazer quase palpável através da televisão por estar ali a falar para o país, a responder, a dizer mal, a explicar e sobretudo a prever. Da outra recordo a voz, arranhada, masculina, zangada, altiva e sarcástica. Em ambos desde sempre, notei uma certa maldade, aquela maldade irónica, arrogante. Fazem-me lembrar, cada um à sua maneira, aquele tipo de pessoas que não foram suficientemente amadas ou demasiado mimadas e que numa altura das suas vidas sofreram uma frustração tão grande que se tornaram amargas.
Ocorreu-me este assunto hoje ao ler o artigo de Nuno Rogeiro no JN, onde a dada altura, para não escrever Bush diz: "Daí também a sua convivência calorosa com o sucessor de Clinton na Casa Branca, cujo nome agora me escapa".
Ocorreu-me este assunto hoje ao ler o artigo de Nuno Rogeiro no JN, onde a dada altura, para não escrever Bush diz: "Daí também a sua convivência calorosa com o sucessor de Clinton na Casa Branca, cujo nome agora me escapa".
lipemarujo
escrito por Filipe a 1:11 da tarde
2 Pós e Contas:
Há uma grande diferença entre as duas pessoas de que falas.
A Constancinha, é uma Senhora, um colosso.
O Nuno Rogeiro é um deslumbrado
8/9/06 13:45
Gostas? eu não :). Poderíamos discutir as coisas que ela diz (que muitas não concordo) mas prefiro manter-me no tom do post, que é intuitivo, não gosto da forma, do que transmite... chamêmos-lhe impressão, não gosto, é a tal maldade... não sei.
Sobre o que diz, o conteúdo, muito dele fica contaminado pela forma, perde-se muitas vezes no fácil, eu acho, mas o melhor é esperar por uma próxima intervenção da senhora para discutirmos. Mas, por exemplo, conduziu muito bem as entrevistas aos candidatos presidenciais.
8/9/06 14:18
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