O desporto não deve ser neutro, deve ser livre.
A discussão à volta dos Jogos Olímpicos em Pequim demonstra certos tiques preocupantes, e, curiosamente, vindos de países do Ocidente. Tentavivas subtis de limitar a liberdade de expressão dos atletas começam a ser reveladas representando uma inadmissível forma de censura.
O Código Olímpico contém algumas contradições em si, e obriga a uma postura do politicamente correcto que em muitos casos roça a humilhação.
###
Alguns artigos do Código, para se chegar depois a certas conclusões (só encontrei em francês):
1- L’Olympisme est une philosophie de vie, exaltant et combinant en un ensemble équilibré les
qualités du corps, de la volonté et de l’esprit. Alliant le sport à la culture et à l’éducation,
l’Olympisme se veut créateur d’un style de vie fondé sur la joie dans l’effort, la valeur éducative
du bon exemple et le respect des principes éthiques fondamentaux universels.
5- Toute forme de discrimination à l’égard d’un pays ou d’une personne fondée sur des considérations de race, de religion, de politique, de sexe ou autres est incompatible avec l’appartenance au Mouvement olympique.
51.3- Aucune sorte de démonstration ou de propagande politique, religieuse ou raciale n’estautorisée dans un lieu, site ou autre emplacement olympique.
(sublinahdos meus)
Este último artigo tem sido o basteão de defesa dos medrosos. Claro que há uma razão sólida para a existência deste ponto, o desporto não é política nem deve servir de propaganda, mas o desporto não deixa de ser uma forma de expressão e um direito universal, e como tal acarreta o inabalável direito à liberdade de expressão.
Os Jogos vão-se realizar num país com graves problemas de Direitos Humanos, acho mais que legítimo um atleta poder exprimir o seu desagrado perante tal facto, como acharia legítimo se fossem noutro ponto qualquer do globo.
lipemarujo