The look, it really matters! mesmo quando os candidatos estão relegados para os últimos lugares. Na campanha para as nomeações democrata e republicana nas eleições presidenciais de 2008 nos EUA, existem dois last place runners particularmente interessantes. São eles Mike Gravel e Ron Paul, que pela sua condição de last place runners parecem apostar na excentricidade e não têm tido particular cuidado com a projecção de uma imagem moderada, confiante e capaz de conduzir os desígnios de um país.
Mike Gravel, o espalha-brasas dos democratas, comporta-se nos debates de forma excessivamente estapafúrdia, o que enfraquece a mensagem, pois não raramente lhe é cortada a palavra e este candidato é tido como o excêntico do Alaska. Apesar do grande desinteresse que a generalidade da comunicação social norte-americana tem por Gravel, este consegue na criar na rede um fenómeno interessante. A imagem criada para Gravel é uma imagem de provocative outsider, de forte denúncia das pressões lobbistas sobre os outros candidatos. Mas o mais curioso e que torna Gravel num fenómeno web pop são os videos Rock e Fire. São verdadeiras reflexões existencialistas em vídeo, o candidato justifica este percurso mais Arti como uma curiosa metáfora [do ponto de vista dos autores] do cidadão comum que decide agir, porque o pode fazer e porque ao fazê-lo tenta a mudança do status quo.
Ron Paul é uma major web pop figure, tem uma base de apoio global na rede, chegando até a Portugal [num fenómeno típico de Who's your U.S. President?©]. Esta verdadeira Political E-lebrity, preocupa-se principalmente com a mensagem, descurando e muito a sua imagem. Ron Paul apresenta-se frequentemente com um ar frágil, o facto de ele se perder dentro do próprio casaco potencia ainda mais essa fragilidade. Apesar do enorme buzz em volta de Ron Paul, há uma incapacidade de materializar esse apoio virtual em apoio concreto, o que mantém Paul relegado para os últimos lugares. Na sua tentativa de explanar os seus argumentos, o Congressista frequentemente altera o seu tom de voz, chegando por vezes a níveis em que se pode temer pela vida do septuagenário e de um possível AVC. Esta questão poderá parecer irrelevante para os seus apoiantes, no entanto a saúde do Comander-in-Chief sempre preocupou our fellow americans.
[também publicado aqui]
[aL]
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