Mea culpa I
Hoje encontrei alguém que já não via há muito. Mantinha uma imagem bela, cuidada, trabalhada, de belas linhas redondas. Essa imagem manteve-se inalterada com o passar dos anos, impassível à acção corrosiva do vento e da chuva. Mas o tempo não é misericordioso. Calca até aqueles que a beleza quis beneficiar. Deve haver uma qualquer rixa entre eles.
Ao fim de nove anos, a conversa foi curta, mas incisiva. Falou-se do normal, do básico, dos estudos.
“E qual foi a tua média?” Respondo 14, sem mostrar qualquer tipo de orgulho ou tristeza. “Poderia ter sido melhor!”
É verdade que as notas que se tiram durante o ensino básico não são, de forma alguma, nem podem ser usados para desenhar uma linha estatística que mostre o futuro desempenho do estudante. Mas o comentário pronto de alguém que teve um lugar privilegiado na nossa formação elementar afecta, com alguma certeza, o mais distante dos pensadores.
De facto, acredito que poderia ter feito melhor. A lascívia dos primeiros anos condenou o meu resultado académico a uma ridícula média mediana. Não que me arrependa dos primeiros anos na faculdade. Nem de perto. Adorei as noitadas, o deixa para amanhã, os copos, a preguiça constante. Mas foram anos demasiado desregrados, infantis, displicentes. Apenas no a meio do percurso académico me apercebi do erro e tentei corrigi-lo. Algumas reminiscências ainda tinham cá ficado. Mas, seja como for, era demasiado tarde.
“Poderia ter sido melhor”
Ao fim de nove anos, a conversa foi curta, mas incisiva. Falou-se do normal, do básico, dos estudos.
“E qual foi a tua média?” Respondo 14, sem mostrar qualquer tipo de orgulho ou tristeza. “Poderia ter sido melhor!”
É verdade que as notas que se tiram durante o ensino básico não são, de forma alguma, nem podem ser usados para desenhar uma linha estatística que mostre o futuro desempenho do estudante. Mas o comentário pronto de alguém que teve um lugar privilegiado na nossa formação elementar afecta, com alguma certeza, o mais distante dos pensadores.
De facto, acredito que poderia ter feito melhor. A lascívia dos primeiros anos condenou o meu resultado académico a uma ridícula média mediana. Não que me arrependa dos primeiros anos na faculdade. Nem de perto. Adorei as noitadas, o deixa para amanhã, os copos, a preguiça constante. Mas foram anos demasiado desregrados, infantis, displicentes. Apenas no a meio do percurso académico me apercebi do erro e tentei corrigi-lo. Algumas reminiscências ainda tinham cá ficado. Mas, seja como for, era demasiado tarde.
“Poderia ter sido melhor”
escrito por Anónimo a 3:58 da tarde
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