Num mundo bloguista diverso e divergente, este espaço sempre se distinguiu pela sua liberdade de expressão, pela multiplicidade de opinião, que por vezes originou pequenas discordâncias nem sempre visíveis ao ávido ou ocasional leitor. Nem sempre concordei com o seu gritante espírito liberal, preconizado por aL. Apesar de na generalidade observar o liberalismo social e económico com uma indicação para o futuro, existe em mim uma face de apoio socialista que não consigo omitir
Estes dias estava eu a ler um artigo escrito por João César das Neves no DN, quando quase mandava o almoço para cima das teclas do computador. Como memorando pessoal, acrescentei aos meus hábitos a leitura do DN entre as 10 e as 12, altura em que o pequeno-almoço já está no fim do aparelho digestivo, e o dejejuo do meio dia ainda não chegou.
César das Neves faz aqui uma apologia da liberdade de pensamento, que ele considera limitada devido a uma qualquer directiva da U.E., que defende a liberdade de expressão e de matrimónio entre pessoas do mesmo sexo. Longe de mim imaginar que ainda houvesse pessoas a defender publicamente este tipo de posições. Mas o que está longe, apesar de tudo existe.
Se não, veja-se:
"A tolerância de culto constitui, sem dúvida, um pilar fundamental da sociedade civilizada. As terríveis perseguições recentes, que ainda permanecem em tantas zonas do mundo, são infâmias inqualificáveis em qualquer cultura digna. Mas a liberdade religiosa, se dá a cada pessoa e comunidade o direito à sua fé e celebração, não lhe concede a possibilidade de impor essa sua visão particular à totalidade."
Espanta-me quem não conseguir ver a contradição
"A homofobia, como qualquer outra forma de violência, opressão e discriminação, é inaceitável e deve ser fortemente combatida. Qualquer cidadão europeu tem o direito de não ser perseguido pelas suas escolhas pessoais e estilo de vida. Mas isto não é combate à homofobia, mas promoção da homossexualidade, insultando toda a Europa, que desde sempre fez e faz naturalmente o que esta lei agora considera discriminação. O Parlamento Europeu, tal como os criacionistas americanos, distorce o conceito de liberdade para impor uma visão aberrante"