Desabafo

Ainda não consegui sair do escritório, e estou a ver a coisa a ir por maus caminhos. E tudo que quero fazer é ir a Barcelona ver as iluminações de Natal.

[aL]

Recebi este e-mail

Dear Friend,

I am the head of Accounts and Audit Department of Bank of Africa,Ouagadougou . I decided to contact you after a careful thought that you may be capable of handling this business transaction which i explained below;###

In my department we discovered an abandoned sum of $13.5m US dollars (Thirty million, five hundred thousand US dollars). In an account that belongs to one of our foreign customer who died along with his entire family in 2000 in a plane crash.Since we got information about his death, we have been expecting his next of kin to come over and claim his money because we cannot release it unless somebody applies for it as next of kin or relation to the deceased as indicated in our banking guidelines but unfortunately we learnt that his supposed next of kin(his son and wife) died alongside with him at the plane crash leaving nobody behind for the claim .It is therefore upon this discovery that I and other officials in my department now decided to make this business proposal to you and release the money to you as the next of kin (We want to present you as his busines asociate )to the deceased for safety and subsequent disbursement since nobody is coming for it and we don't want this money to go into the Bank treasury as unclaimed Bill.

The Banking law and guideline here stipulates that if such money remained Unclaimed after seven years, the money will be transferred into the Bank treasury as unclaimed fund. The request of foreigner as next of kin in this business is occasioned by the fact that the customer was a foreigner and a Burkinabe cannot stand as next of kin to a foreigner .We agree that 30% of this money will be for you as foreign partner, in respect to the provision of a foreign account, 10 % will be set aside for expenses incurred during the business and 60% would be for me and my colleagues. There after I and my colleagues will visit your country for disbursement according to the percentages indicated.

Therefore to enable the immediate transfer of this fund to your account as arranged,you must apply first to the bank as next of kin of the deceased customer. Upon receipt of your reply, I will send to you by fax or email the text of the application. I will not fail to bring to your notice that this transaction is hitch free and that you should not entertain any atom of fear as all required arrangements have been made for the transfer.

I expect that you contact me immediately as soon as you receive this letter.
Hoping to hear from you immediately.
Yours faithfully,
DR .Ugum Bore.
Accounts & Audit Department,
Bank of AfricaNb.
also give me your telephone and fax numbers for easy comunication with you.

lipemarujo

É Cultura, ...

E não é que n'O Insurgente se divulga uma iniciativa/celebração cultural de uma entidade de carácter público. Este talvez seja o primeiro passo para o reconhecimento [por aquelas bandas] de que a Cultura é um elemento fundamental no desenvolvimento do indivíduo, e de que o Estado tem algumas responsabilidades na matéria.

[aL]

This post is not about La Culture

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Vampires_John Carpenter [1998]
[aL]

Sobre Cultura I

Com regularidade sou confrontada com o lado financeiro da Cultura. Não que eu não entenda a importância do lado financeiro na Cultura, muito pelo contrário. Mas por recorrência há uma omissão demasiado óbvia à importância da Cultura, à sua singularidade, não só em termos de desenvolvimento individual mas acima de tudo enquanto motor de interacção entre os indivíduos.

O grande problema que eu encontro nesta perspectiva, está nesse reducionismo que tudo parece restringir ao factor financeiro.

Como já várias vezes afirmei, não sou defensora de um papel dominante e/ou exclusivo do Estado na Cultura, ao contrário do que muitas vezes é insinuado. Há, tem de haver uma responsabilização dos agentes culturais.

É função do Estado garantir o acesso dos cidadãos à Cultura. A execução desse acesso não tem de passar necessariamente pelo apoio directo aos agentes culturais, à criação de objectos artísticos. O Estado deverá agir sempre de forma supletiva ao mercado cultural, no entanto deve furtar-se à missão de ser produtor/fornecedor de Cultura.

[aL]

Kitchen Porn

Já o tive na mão e é... intenso, muito intenso. De cortar a respiração, de acelerar o batimento cardíaco
[aL]

Um post directamente da cozinha

Remember no one can make you feel inferior without your consent.

Eleanor Roosevelt

[aL]

O papel na Cultura

Este é um bilhete de cinema da Lusomundo, uma catedral do entretenimento audiovisual. É feito de papel térmico, imprimido no momento numa máquina tipo máquina registadora. Tem as seguintes dimensões: 08cm x 11 cm.


Este outro, é um bilhete do Cinema S. Jorge, sala propriedade da autarquia e gerida por uma empresa municipal, a EGEAC. O bilhete é feito de papel couché, de 150-200gr, timbrado em gráfica, e posteriormente impresso no momento da compra. Tem as seguintes dimensões: 08cm x 17cm.



[aL]

O que seria da Arte se não fosse subsidiada (comentaria a aL)

Espero que gostes lipe. Também é para ti.
(Prometeu)

A bomba do dia

Hoje, graças a isto, a minha percepção da realidade mudou completamente. Sou um homem diferente, com esperança num futuro melhor.

P.S.- E dou, na parte que me compete, por terminado o processo de desaLaídização.

(Prometeu)

19 Messi depois (uma private jokepost)

lipemarujo

Os Melhores Blogues de 2006 [a minha escolha]

Bem, hesitei muito antes aderir a esta iniciativa da Geração Rasca e de publicar este post. É sempre muito complicado fazer escolhas dos melhores. Enfim, aqui vão as minhas opções [alfabeticamente organizadas]:

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[cumprindo o regulamento não votarei no 19 meses depois, Blogue Atlântico e Something's Burning [ou a fancy name for Esturrico] )

Melhor Blogue Individual:

educação sentimental
Estado Civil
Miss Pearls
Rabbit's Blog
Rititi
Vento Sueste

Melhor Blogue:

A Arte da Fuga
A destreza das dúvidas
O Insurgente

Melhor Blogger:

André Azevedo Alves [O Insurgente]
JoaoMiranda [Blasfémias]
JPP© [Abrupto]
luispedro [Rabbit's Blog]
Miguel Madeira [Vento Sueste]
Pedro Mexia [Estado Civil]

[aL]

Relendo

Reler é cada vez mais um acto que me é querido. Os livros que lemos no passado tornam-se outros livros quando os redescobrimos no presente. Mas na realidade, sabemos que isso não é verdade, nós é que somos outros, os livros são os mesmos.
Retomei há dias um livro que me fez sonhar há uns anos largos: A Arca das Kerguelen.Trata-se de um livro de viagem. Viagem às ilhas Kerguelen, um arquipélago francês perto do Pólo Sul. O autor é Jean-Paul Kauffman jornalista francês. Nos anos 80 Kauffman esteve preso alguns em Beirute. Após a sua libertação, decidiu fazer esta viagem em vez de escrever sobre o trauma que viveu. Criou uma história que estou agora a redescobrir.
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Ficam aqui alguns excertos (tradução minha):
"A maior parte dos homens aborrece-se a bordo. Erram pelos corredores, bebem um copo no bar e depois fazem a sesta. Gosto desta vida sem rumo e monótona. Para qualquer lazer ela não oferece mais que o ritual do aperitivo e a contemplação do oceano. Existência enclausurada, sem verdadeiro objectivo: para mim é a verdade no estado puro."

"Num navio, só é importante o que se vê. Não há nada para ver, o mar acaba por parecer uma superfície abstracta e inerte sobre a qual o nosso barco se debate para existirO aborrecimento num navio não se parece com nenhum outro. É uma lassidão vagamente exaltada onde se ligam sensações contrárias na mesma monotonia."

"Um dia, para nos conformarmos a um qualquer fuso horário imaginário, adiantámos os relógios uma hora. A medida parece aos passageiros o cúmulo do arbitrário: para quê mudar a hora se o tempo não tem mais nenhuma importância?"

"Pensamos ser o primeiro. Quero convencer-me que tenho em minha posse neste instante o olhar, o sinal, a prova, a sensação que vai decidir todas as que se seguem. À medida que o Marion (barco) se aproxima da costa, sinto crescer em mim uma preocupação. Este mundo que parece surgir do caos primitivo, vai ser preciso identificá-lo, organizá-lo, descrevê-lo. E tenho a presunção ingénua de acreditar que saberei instalá-lo na minha geografia íntima."

lipemarujo

Últimas palavras de Candide

O que poderia ser sobre os políticos

"- Bem, meu caro Pangloss, disse Candide, quando foi enforcado, dissecado, espancado e quando o puseram a remar nas galerias, pensou sempre que tudo estava bem no melhor dos mundos?

- Estou sempre com o meu primeiro sentimento, respondeu Pangloss, pois enfim, sou filósofo: não convém desdizer-me."

" Pangloss admitiu que tinha sofrido terrivelmente desde sempre; mas tendo afirmado que tudo estava bem no melhor dos mundos, afirmava-o ainda agora, e não acreditava no contrário."

lipemarujo

Mário Cesariny [1923-2006]

Faz-me o favor...
Faz-me o favor de não dizer absolutamente nada!
Supor o que dirá
Tua boca velada
É ouvir-te já.

É ouvir-te melhor
Do que o dirias.
O que és não vem à flor
Das caras e dos dias.

Tu és melhor - muito melhor!
Do que tu. Não digas nada. Sê
Alma do corpo nu
Que do espelho se vê.

[aL]

Lutador

A imagem é má, mas o momento é mais uma pérola.



(Prometeu)

(In)gerência

Noticia o Expresso de hoje (2006.11.25), na pág. 20 do 1º Caderno:

"[...] Esta é a situação [a Segurança Social estar a pagar o alojamento em pensões da cidade a famílias da cidade do Porto, alvo de despejos coercivos ordenados pela autarquia] pago pela Segurança Social, devido aos despejos de Maria Adelina Gomes, 53 anos, colocada há 26 meses numa pensão da cidade, com o marido e uma neta. O casal [...] continua a pagar a casa que teve de abandonar, para não perder direitos.

Por sua vez, a Segurança Social está a desembolsar 930 euros por mês pelo quarto do casal."
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Por ventura, esta notícia passou despercebida à maioria dos leitores do jornal. Aqueles que a leram, viram aqui mais um consequência da gestão de Rui Rio. No entanto, este valor é assustador.

Ora, o direito à habitação, consagrado na Constituição Portuguesa no artigo 65º, obriga o Estado, e por sua vez, a S.S., a proporcionar uma habitação a todos os cidadãos portugueses. No entanto, lendo a constituição de fio a pavio, não se encontra nada que diga que se tenha de gastar inusitadamente o dinheiro dos contribuintes.

Uma rápida pesquisa num qualquer motor de busca de casas rapidamente daria a informação a um qualquer funcionário das S.S. ou a um qualquer administrador, que um T2 no Porto, custa, no máximo, 400, 500 euros mensais a arrendar. Invertendo o raciocínio, 930 euros seriam suficientes para pagar a renda de um T3 na Av. do Brasil, com vista para o mar, ou até um T6 com 250 m2.

Questiono-me sobre que tipo de empresa sobreviveria a este tipo de ingerência. Mas claro, quando se fala de dinheiro dos contribuintes, todos os custos são poucos para segurar a manutenção do Estado Social.

(Prometeu)

Experiências culturais

Ontem estive num Thanksgiving Dinner [sim, com um dia de atraso, mas os tempos modernos obrigam a encostar as actividades extra-laborais ao fim-de-semana].

Para além da experiência gastronómica peculiar, tendo em conta que as carnes foram todas em fake, o jantar foi interessante pela partilha de uma tradição que não era a da maioria [aliás, entre nós apenas havia um americano]. Gostei particularmente do "I'm thankful for..." com um espírito genuíno de agradecimento por "all my accomplishes", mas não um agradecimento vertical [a uma identidade divina], mas sim um agradecimento horizontal [em primeiro lugar a nós próprios, e depois a todos aqueles que participaram nesses feitos, especialmente os amigos e a família].

Depois deste jantar regado por um vinho quente temperado por especiarias [vindas directamente dos EUA, mas numa receita holandesa], o corpo já não permitiu uma ida ao Stones. De qualquer das formas, desejo bom trabalho e sucesso a todos os colaboradores do 31 da Armada.

[aL]

Agrilhoado

Apeteceu-me

(Prometeu)

Serviço público e mercado - um desabafo

Hoje queria ir ao Porto, para ir à festa de anos de um dos meus melhores amigos. Escolhi um meio de transporte que muito me apraz, o comboio. Como a as alternativas não existem, lá fui eu comprar um bilhete à CP. Após algum tempo, lá ouço o primeiro aviso: a circulação de comboios na Linha do Norte encontra-se suspensa devido ao mau tempo. Situação normal, penso eu quando olho pela janela e vejo o temporal que vai caindo do céu. Os avisos sucedem-se a um ritmo constante e monótono, até que se avisa que, para os interessados, o dinheiro pode ser recuperado nas bilheteiras.

Ora, qualquer empresa que estivesse sujeita às mais comuns e básicas do mercado logo se preocuparia em procurar soluções para os seus clientes, de forma a garantir a confiança e estreitar as relações com as pessoas. Logo se interessaria em procurar alternativas rodoviárias ou outro tipo de resoluções deste problema que não levassem à perda de clientes.

Mas é claro que a CP não rege por estes princípios. Tem uma responsabilidade social a cumprir, inabalável, em nome desse abstracto "serviço público". Porém, enquanto pretende chegar a todas as classes sociais do povo, esta empresa pública vai esquecendo os interesses dos cidadãos e tornando-se totalmente monopolista e repressora da liberdade de escolha. Se não pensemos. Se eu quiser fazer uma viagem de longo curso de comboio, ou tenho a CP ou tenho a... CP. Talvez se houvesse concorrência, a empresa se preocupasse em fornecer soluções viáveis às pessoas que não terão onde dormir hoje à noite. Mas claro, tudo em nome do serviço público.

Entretanto, no meu caminho de regresso a casa, lá tive eu de esperar pelo autocarro à chuva, por não haver mais espaço disponível na paragem. Mas depressa o mercado preencheu esta lacuna, e lá comprei a um vendedor ambulante um guarda-chuva e uma frágil capa em plástico que me protegeu da chuva por uns meros 5 euros. Isto sim, serviço público.

(Prometeu)

Será que o Jerónimo ainda sabe o que significa democracia?

Imaginemos um governo do PCP que se regesse por atitudes como esta.

(Prometeu)

Relatório

Um post atabalhoado, cansado e penitente. Tudo isto porque devo à chefe aL um profundo respeito, se estou aqui foi porque teve a bondade de me ir repescar a uns calabouços da blogosfera (e aproveito para anunciar que estas celas vão ser destruídas definitivamente a 1 de Dezembro como já estava previsto).
Como reconhecimento e testemunho da minha gratidão pelo convite de aL e Prometeu, prometi a mim mesmo participar activamente no 19mesesdepois, coisa que não tenho vindo a fazer nas últimas semanas. Daí este poste atabalhoado, cansado e penitente.
Não é apenas tempo que me falta para escrever e ler, é a disposição que falta no pouco tempo que tenho, porque o cansaço é grande e não permite a concentração necessária.
Mas bom, aqui estou num post embrulhado para descrever na medida do possível o que tem acontecido nos últimos tempos.
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Não tenho lido jornais, não sei o que se passa em Portugal, tirando os resultados da bola, mas suponho que nada de novo (como nos resultados da bola aliás). Fui expulso num jogo da minha equipa de futebol, vermelho directo, coisa não muito bonita é certo mas posso dizer que a decisão foi demasiado severa. Como informação complementar refiro que esta foi a segunda vez que fui expulso em 12 anos de futebol na Bélgica (camadas jovens incluídas claro) enquanto que em três anos de futebol em Portugal vim para a rua 5 vezes. No trabalho continuo a preparar a conferência da semana que vem e que já aqui falei, assisti a uma outra bastante interessante, entre outras milhentas pequenas coisas que me impedem de participar mais aqui no blogue. Tive também a visita da minha namorada durante uns dias e claro, por muito que goste da blogosfera gosto mais da minha namorada. Fomos a Bruges, estivemos na Orfeu onde aconteceram várias coisas nos últimos dias (exposição de Marika Sandell uma artista finlandesa, lançamento de uma tradução neerlandesa de um livro de Eugénio de Andrade com declamação nas duas línguas na livraria, uma sessão sobre Agostinho da Silva), fomos a uma exposição de jovens artistas húngaros e de outros países de leste no Instituto Cultural Húngaro em Bruxelas, comemos chocolates, ela comeu gaufres e eu bebi uma Leffe.
Nos próximos tempos o ritmo será o mesmo com o senão de já não ter cá a namorada.

lipemarujo

Citações CXL

Ao contrário do que algumas pessoas sugeriram, eu não estou de volta. Este blogue não recomeçou. Eu não voltei a escrever. Não se iludam. Não esperem. Não confiem. Eu não sou de confiança. Não, eu não estou de volta. Este blogue não existe.

Pedro Lomba, in Vicio de Forma 2006/11/22

[aL]

O modelo Holandês

Não percebo o entusiasmo desta malta pelo modelo sueco. Está mais que visto que o modelo holandês é muito melhor!

[aL]

Um post directamente da cozinha

How can a woman be expected to be happy with a man who insists on treating her as if she were a perfectly normal human being.

Oscar Wilde

[aL]

What flavor ice cream do you want?

Danny Torrance: What was the Donner Party?
Jack Torrance: They were a party of settlers in covered-wagon times. They got snowbound one winter in the mountains. They had to resort to cannibalism in order to stay alive.
Danny Torrance: You mean they ate each other up?
Jack Torrance: They had to, in order to survive.
Wendy Torrance: Jack...
Danny Torrance: Don't worry, Mom. I know all about cannibalism. I saw it on TV.
Jack Torrance: See, it's OK. He saw it on the television.

[aL]

um outro post sem um nem dois objectivos

Em jeito de brincadeira:

Para além de aL e Prometeu assinarem os posts agrilhoando os nomes sempre entre parêntesis, uns rectos e outros curvos, ambos alinham o texto à esquerda (físicamente e não politicamente falando, até porque...), enquanto que eu o alinho ao centro.

lipemarujo

Proposta indecente (por um anónimo)

"Troco um talão do euromilhoes com apostas no valor de 10 euros para o sorteio de amanhã, por uma noite escaldante com a Shakira."



lipemarujo

Um dia de Sol

Edward Hopper_Sun in a empty room [1963]
Stevie Wonder_Your are the sunshine of my life [1972]

[aL]

Ainda a dicotomia

Eu sei que sou chato, que bato na mesma tecla muitas vezes. Sei também que esta imagem ficará nos anais como o pior scanner jamais feito a um artigo de jornal mas a notícia é curiosa por várias razões: primeiro porque revela uma contradição de Dias Loureiro, quando este afirma que o PSD não se deve preocupar demais com o regresso de Paulo Portas ao panorama político e no entanto a notícia toda são declarações sobre Paulo Portas e o CDS. Outra razão do interesse da notícia é a velha história da dicotomia "esquerda-direita" (daí eu ter avisado sobre o ser chato). É que Dias Loureiro mostra-se preocupado com a sede de poder de Portas que o pode levar a colar-se ao PS numa de levar o CDS ao poder se tal for necessário em 2009. Ora aí está uma preocupação que não é minha e que se tal cenário se criasse eu vê-lo-ia com bons olhos, na prespectiva de acabar com esta ridícula dicotomia, apesar de serem razões más (a sede de poder) a tornarem possível tal cenário. Mas só esta preocupação desmascara a dicotomia, que está caduca e moribunda (ou deveria estar), é que só os conceitos vazios de esquerda e direita poderiam separar um possível acordo entre CDS e PS para formarem um governo. Não vejo de forma alguma o PS mais perto do Bloco ou do PCP do que do CDS, e isto nada tem a ver com Sócrates! Nem com Guterres o era. E como estes poderia dar mais exemplos, mas chega de chatices por hoje.

lipemarujo

Sobre o Monstro

A leitura não é fácil a partir desta imagem mas trata-se de um artigo do Expresso do passado fim-de-semana que revela mais um dos tentáculos do Monstro, mais uma das engrenagens da Função Pública, revela o quão difícil é reformar, o quão complicado é fazer uma coisa tão simples como extinguir um departamento que já não serve para nada. No caso fala-se do gabinete para acompanhar o serviço cívico que era destinado aos objectores de consciência. Ora o serviço militar obrigatório acabou em 2004! Este ano ainda se vão gastar 500 mil euros com este gabinete quando a maior parte das funções deixaram de existir há dois anos. Que vão fazer destes funcionários? Onde os vão meter? Que vão fazer das instalações (suponho que as têm)? Belo exemplo este de o processo herculiano que é necessário, belo exemplo por ser uma gota num oceano que cada vez mais (pela sua própria natureza mas também pelas reacções que suscita) parece ser indomável.

lipemarujo

Citações CXXXIX

Ministra da Cultura modera debate sobre o Teatro Rivoli. Com esta é que me tramaram. Mas então o papel dos ministros não é governar?! Isto de moderar debates não é coisa mais para o Carlos Magno ou para aquela tipa pirosa do Prós e Contras?

David Afonso, in Dolo Eventual 2006/11/14

[aL]

Tradição e respeito

(Prometeu)

Continuando Candidamente

Sobre a maldade e o maniqueísmo

"A maldade dos homens apresentava-se ao seu espírito em toda a sua fealdade; apenas se alimentava de ideias tristes."
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"Ele (o diabo) mistura-se tanto com as coisas deste mundo, disse Martin, que poderia muito bem estar no meu corpo, como em qualquer outro lugar; mas confesso que ao atirar um olhar a este globo, ou antes a este glóbulo, penso que Deus o abandonou a um qualquer ser maldoso (...). Não vi cidade alguma que não desejasse a ruina da cidade vizinha, família alguma que não quisesse exterminar uma outra família. Em todo o lado os fracos execram os poderosos perante os quais se rebaixam, e os poderosos tratam-nos como rebanhos dos quais vendem a lã e a carne. Um milhão de assassinos encorporados, correndo de uma ponta da Europa à outra, praticam a morte e a pilhagem com disciplina para ganharem o seu pão, porque não há profissão mais honesta; e nas cidades que parecem provar a paz e onde as artes florescem, os homens são devorados por mais inveja, preocupações e inquietações do que uma cidade cercada prova de calamidades. As tristezas secretas são ainda mais cruéis que as desgraças públicas. Numa palavra, já vi tanto, e tanto sofri, que sou maniqueísta."

O que poderia ser sobre (alguma) blogosfera

"Discutiram 15 dias seguidos, e ao fim de quinze dias tinham avançado tanto como no primeiro. Mas falavam, comunicavam ideias, consolavam-se."

O que poderia ser sobre um certo serviço de saúde

"Recordo-me de ter também estado doente em Paris aquando da minha primeira viagem; era muito pobre: por isso não tive nem amigos, nem devotos, nem médicos, e curei-me."

Candide, Voltaire (tradução minha)

lipemarujo

Na Rádio Europa

Patrick Gautrat fala da França e dos problemas que o seu país enfrenta actualmente, numa conversa que vai desde os candidatos às presidenciais gaulesas até às relações entre Portugal e a França, sem esquecer o estado da “ponte” entre os EUA e a Europa.

No programa Descubra as Diferenças [amanhã - 19h00; Domingo - 11h00 e 19h00].
Uma parceria Rádio Europa e Revista Atlântico.

[aL]

The Conservative Soul