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terça-feira, agosto 30, 2005
As manhãs da TSF
Depois de ler o artigo de Paulo Tunhas na Atlântico do mês de Setembro, sobre o dia de um ouvinte da TSF, decidi verificar se eu encaixo no cruel perfil que ele traça do ouvinte da rádio jornal.
Eu sou ouvinte da TSF. Lá o office há quem goste também da TSF – mas não tanto quanto eu – há quem me pergunte sarcasticamente qual é a catástrofe do dia, há quem ao passar no meu gabinete sorria com algum desdém.
Gosto de acordar e durante o pequeno-almoço ouvir as primeiras notícias do dia, juntamente com os principais títulos dos jornais. Depois oiço o diário da bolsa e o jornal de negócios e empresas – acho que tenho um recalcamento qualquer por ter preterido uma carreira dentro da área das ciências económicas, tanto é, que estes dias dei comigo a consultar a “Economia” de Samuelson, enfim… Mas o dia continua, e sei que durante os “Sinais” de Fernando Alves tenho de estar debaixo do chuveiro, se quero chegar ao trabalho a horas… é o momento mais pacifico do meu dia, a cantilena do poeta da rádio embala este início do dia. Assim que começa o 2º jornal de desporto percebo que é altura de me ir embora.
Ao chegar ao office, por vezes ainda a tempo de ouvir o “mel com fel”do dia, ligo imediatamente a TSF -versão on-line – e lá fico a manhã toda entre o Manuel Acácio e seus convidados.Estes dias, enquanto conversava com Pátrão sobre o Fórum TSF e a sua utilidade democrática, comentava ele “não há pior engano do que a ilusão de que se está a falar para além” talvez tenha razão… os dois principais comentadores/convidados no “Fórum” – António José Teixeira: política e António Perez Metello: economia -dão sempre um ar politicamente comprometido ao programa, no entanto gosto de pensar que tenho o discernimento de filtrar as opiniões mais engajadas, e alinhavar a minha própria opinião sobre o assunto em debate.
Ao final da manhã há ainda tempo para o “ABC da Europa” que me faz lembrar as tardes, que durante os meus anos de Universidade, passava no Centro de Documentação da UE à procura das últimas brochuras e publicações.
Não me posso esquecer do Xavier! que antes e depois dos noticiários me confidencia as últimas aventuras lá no office dele, tentando endrominar o Chefe, para ir fazer compras à Staples! Eu também ( como Paulo Tunhas) acho que as aventuras do Xavier são do melhor que há na TSF!
Depois noticiários e mais noticiários, todas as meias horas, porque “tudo que passa, passa na TSF! “
Passei o dia de ontem a ler o romance de Bernardo Carvalho “Nove Noites”, e não descansei enquanto não o terminei, até nos sonhos este livro me atormentou…
Conheci este escritor há uns anos atrás, como prenda de aniversário - “Teatro” foi o livro que me ofereceram. É um escritor com um imaginário muito particular, com uma escrita muito fluída, ao bom jeito brasileiro bonitinho mas safadinho!
“Mongólia” foi a viagem seguinte no mundo de Bernardo Carvalho. Um livro à procura de alguém, à procura da verdade, que nos envolve de tal forma, que nos sentimos traídos nas páginas finais ao descobrir a verdade de que não estávamos à procura.
Em “Nove Noites” embarcamos também numa viagem que procura uma verdade, somos enviados para outro tempo -vésperas da II Guerra Mundial – para outro espaço – para junto de uma comunidade índia no Xingu, Mato Grosso. Mas nunca chegámos a descobrir a verdade, uma qualquer verdade.
“ O fato de que nenhum de nós provavelmente jamais conhecerá os fatos torna ainda mais difícil nos desembaraçarmos deles”.
A minha estupefacção para com este país tem vim a sofrer um aumento exponencial. Desta vez não me viro contra o governo, ou qualquer outra instituição estatal. Desta vez são as pessoas. Irritam-me, enervam-me. São ignorantes e orgulham-se em sê-lo. Pior, demonstram-no na rua, passeiam-se de peito cheio, a pregar a estupidez absoluta.
O que me revolta desta vez são os recentes manifestos, ou marcha, ou excursão da Associação Nacional de Mentecaptos ou o que lhe quiserem chamar, em memória de Rudolph Hess. Não tenho nada contra que se honre a memória dos falecidos. Nem me agrada particularmente. É-me indiferente. Mas que se celebre o aniversário da morte de um responsável directo ou indirecto pela morte de cerca de 6 milhões de Judeus, deixando pelo caminho “danos colaterais” em número de 4 milhões é um facto reprovável.
Defendo o direito à manifestação, à livre associação, à palavra. Defendo a democracia, a igualdade de direitos e deveres para todos os seres humanos. Mas não posso conceber que sejam feitos memoriais a pessoas que defendam ideias contrárias e isto tudo. fá-lo com o coração em batida acelerada, com a paixão na ponta dos dedos. Mas não podemos voltar para trás no tempo.
E digo isto, quer em relação a Mussolini, Hess, Estaline ou Pinochet. Todos foram responsáveis pela morte de milhões. Os objectivos poderiam ser mais nobres num do que noutros. Não contesto isso. Mas o valor da vida humana sobrepõe-se a tudo isto, e não pode ser vista como um meio para atingir um fim.
A inovação tecnológica não se pode fazer de um momento para o outro. Aplicação de um novo método de produção, de uma nova forma de produzir energia, resultam e longos períodos de investigação e de aplicação experimental dos resultados obtidos.
Assim, esperar que apenas o mercado solucione os problemas – e neste caso falo da eficiência energética – pode resultar numa enorme perda de tempo que é vital no desenvolvimento tecnológico.
Because we are a non-Westerrn people from a civilization that has always been in conflict with the West. The world of Islam has always been a historical competitor, and is has never capitulated. So the one thing people don’t understand is, why do you Palestinians whimper? Why don’t you go away? Forget it. But we don’t.
Edward W. Said, interview with Timothy Appleby, 1986 – in Power, Politics and Culture interviews with Edward W. Said – Bloombury 2004
Sempre acreditei que a precursão influencia a mente humana de uma forma bastante diferente da restante música. Isto caberá a algum psiquiatra analisar, ou até mesmo algum etnólogo, mas desde cedo que o Homem usou o som de tambores para estimular rituais que hoje seriam considerados selvagens ou até mesmo animalescos.
Estes ritos já há muito que foram considerados como afastados da moderna Europa, mas a visita a qualquer um dos mosteiros de música tecno do Porto permitem-nos mudar a opinião.
Eram apenas 3 da madrugada quando me decidi dirigir ao monstro da noite, o Via Rápida. Algum estrogénio alterado alterou os meus planos, atrasando-os em algum tempo. No entanto, defende a sagrada e todo-poderosa lei da noite portuguesa que em discotecas só se entra a partir das 2. Encontrava-me legal. A visão daquilo a que alguns chamam como o maior espaço de diversão nocturno da Invicta (pergunto-me onde aquela terá ficado) foi assustadora. Corpos bamboleavam-se mecanicamente, naquilo que nunca se poderia denominar como ritmo frenético devido à falta de espaço. Foram 5 os minutos que rastejaram até alcançar o grupo com o qual tinha jantado. Entre corpos ofegantes, quentes, latejantes, suados, fui penetrando no espaço exíguo, descobrindo, qual zoolofilo em plena Amazónia, pequenos espaços por entre a floresta de braços e pernas que teimava em me dificultar a busca do meu objectivo.
O calor amontoava-se em meu redor. Uma dificuldade de locomoção e sobretudo respiratória assomou-se do meu corpo quase exangue. Necessitava de ar, respirar, pensar.
Foi então que tudo aconteceu. O ritmo forte e seguro da batida do hip-hop controlava os corpos. Ordenava movimentos desconhecidos aos menos acostumados a estas andanças noctívagas. Observo cautelosamente a savana em meu redor. Uma silhueta aprisiona a minha atenção. Movimentos felinos alternam olhares mortais. A vítima deixa-se enredar neste macabro ritual de acasalamento. Ss, As, Cs, todo o alfabeto é corporizado por aquele físico jovem. Cravo então o olhar na bela ninfa alvo da dança. As ondas ruivas percorriam o rosto até abaixo do pescoço. O reduzido tecido de cor negra parecia apenas ser usado para evidenciar os contornos perfeitos desta Vénus.
O ritual era correspondido. Com a parede como apoio, a corpo abraçava a batida e descaía pela noite, mantendo as pupilas prisioneiras de qualquer atributo físico do galã. Largos minutos mantêm suspensas enormes quantidades de feromona. A necessidade de olfactar a fêmea obriga a uma aproximação. O contacto torna-se intenso. As formas unem-se num puzzle forjado em fogo. Pernas e braços enlaçam-se num bailado erótico. Lábios reticentes lutam por um espaço no corpo do outro. O espectáculo é curto. O macho detecta outro alvo, amiga da rejeitada. A estimulação repete-se, desta vez mais ritmicamente. De todos os lados, rios transbordam de apetite sexual. Línguas lincham-se mutuamente, num passo agressivo, chicotada atrás de chicotada.
O amor não vive por estas bandas. Matamo-lo. E alguém esqueceu-se de me avisar.
a secretária aqui no office parece arrumada! já desliguei as luzes deixei post its com mensagens para os meus amiguinhos aqui no escritório... bom até ao meu regresso! em setembro
claro que me refiro ao trabalho, pois agora com as férias... talvez tenha mais disponibilidade mental para cá vir!
Faltam apenas mais umas horitas para eu entrar oficialmente em férias! Amanhã saio da metrópole rumo à aldeia...
Na mala levo isto, porque ultimamente tenho sido assaltada por dúvidas existenciais e quero reler e ver os meus apontamentos; para ler aleatoriamente antes de adormecer levo este - mas em edição de bolso, que as finanças andam mal!; e levo também este, é já o 3º livro deste autor que leio, e sou fã...
As minhas questões sobre o TGV são várias e variadas, mas há uma em especial que me tortura a mente. Já muito se falou nos benefícios que traria para o país, desde a necessidade de uma melhor ligação para Espanha e consequentemente para a Europa, assim como a redução da situação periférica de Portugal.
O investimento público foi elevado por Manuel Pinho a motor da economia, comparando a nossa situação à da Grécia, Espanha, ou até mesmo Suécia e Coreia do Sul. Porém, o nosso país atravessa uma grave crise financeira sem o mais pequeno dos oásis no nosso raio de visão. Seria então prudente para o Estado, numa altura em que se pede a todos os cidadãos português para serem o menos despesistas possível, apostar em projectos que já são denominados de faraónicos? Senão, vejamos. O Ministro das Obras Públicas garante que o TGV irá arrancar até 2009 (faltando desde já ao acordado com Espanha que previa que o comboio de alta velocidade estivesse concluído já em 2009) precavendo-se à partida (e aqui Manuel Pinho mostra alguma sabedoria sobre a cultura laboral lusitana) para os atrasos, que serão inevitáveis. Já foram anunciados investimentos que rondam os 1,5 mil milhões de euros, admitindo-se no entanto que este valor se encontra abaixo do estimado para o projecto. Este projecto não implica apenas a colocação do comboio sobre os carris, mas sim também projectos de engenharia, execução e expropriações, movimentações de terra, construção de estações e subestações eléctricas e outras infra-estruturas necessárias, designadamente para as estações. Agora levanta-se a questão da viabilidade financeira do projecto. Já foram feitos estudos de viabilidade económica, para não correr o risco do TGV circular que nem um comboio fantasma pelos carris de Portugal?
Porém, o que realmente me incomoda é a adjectivação deste projecto. Por ventura será um mero problema linguístico, mas denominar este projecto de “prioritário” parece-me o simples recurso a uma hipérbole, se não mesmo uma falta de bom senso. Vivemos num país cujas ligações ferroviárias não chegam a 75% das cidades; as linhas-de-ferro actuais não permitem os comboios atingir as velocidades para que foram construídos, gastando tempo precioso em percursos curtos, se as linhas não fossem tão sinuosas (caso extremo é o do ALFA PENDULAR, que não chega a atingir a sua velocidade máxima numa distância de mais de 300 kms), o que seria facilmente emendável com uma reestruturação do mapa ferroviário português; o transporte de cargas ferroviário encontra-se subdesenvolvido em Portugal. E este sim, seria então um projecto prioritário, visto que tornaria as estradas portuguesas mais seguras, o transporte de mercadorias pesadas mais rápido (com a existência de boas linhas) e sobretudo mais económico, a ponto de poder vir a representar um estímulo económico para o país.
Em suma, prioritário será, não apostar em investimentos cuja viabilidade está longe de ser segura, mas tentar melhorar e aproximar os níveis de tráfego ferroviário dos nossos parceiros europeus, para assim arrastarmos Portugal para fora da sua situação periférica no que concerne o movimento de pessoas a preços reduzidos.
A necessidade de um novo aeroporto perturba a vida de muitos políticos, tirando o (i)merecido descanso nocturno a alguns deles. A construção de uma nova plataforma para aviões já vem sendo discutida há várias legislaturas, sendo sempre apontada a Ota como o melhor lugar possível para a construção deste espaço.
Como José Sócrates muito bem constatou no seu discurso sobre o Estado da Nação de 7 de Julho, à oposição actual não pode ser dada grande credibilidade quando se fazem porta-estandarte de um enorme “Não” a este investimento. Como o Primeiro-Ministro vocifera, Mesmo o anterior Governo – que, se não me engano, incluía os dois partidos PSD e CDS – disse isso vezes sem conta. Cito o Ministro Valente de Oliveira, nesta Assembleia: «O novo aeroporto da Ota deverá ser adjudicado em 2007, com início das obras em 2010 e a conclusão em 2017». Cito também o Ministro Carmona Rodrigues, nesta mesma Assembleia: «O projecto de construção do novo aeroporto não foi abandonado e a sua localização não está em causa (.). O novo Aeroporto da Ota estará em condições de iniciar a operação entre os anos de 2015 e 2016, momento a partir do qual se prevê que o Aeroporto da Portela atinja níveis de saturação». Cito, finalmente, o anterior Primeiro-ministro, aquando da sua célebre visita de Falcon à base aérea de Monte Real, 13 dias antes das eleições de Fevereiro deste ano. Disse ele então: «o projecto do aeroporto da Ota mantém plena actualidade». Plena actualidade. Antes das eleições.
Poderá a oposição resguardar-se por detrás de novas caras, mas todos estavam lá. Não se pode deixar perder pelo labirinto do esquecimento que Mendes era Ministro de Durão. Sócrates continuou a sua defesa com o argumento de que o tráfego de pessoas na Portela se tornará incomportável dentro de 10 anos, já que a estrutura actual não teria capacidade para suportar este volume de passageiros. Para mais, os níveis de poluição sonora (estranho, mas aplaudo esta recente preocupação governamental) perturbam o bem-estar de cerca de 150 mil pessoas. Relatórios técnicos que o Governo de todos os portugueses mantém em sua posse apontam também para inviabilidade de suprir as insuficiências do Aeroporto da Portela com a mobilização de outros aeroportos mais pequenos na região de Lisboa, dadas as limitações operacionais resultantes do congestionamento dos corredores aéreos. Como o acesso a estes documentos ainda é limitado a alguns Ministros, apenas se me apresenta a hipótese de acreditar naquilo me foi dito.
Passemos agora aos factos: 1. O projecto de um novo aeroporto está sob a coordenação de uma empresa detida pela ANA (sob a tutela do Ministério das Obras Públicas e Comunicações) e pelo Estado, a Naer, S.A. 2. Desde 1997 já foram realizados 71 estudos parcelares, onde foi feito um investimento de 12,7 milhões de euros. Apenas o último, realizado pela Novolis, menciona o aspecto financeiro do projecto, mas apenas levemente. 3. Apenas no final do ano serão realizados estudos aprofundados sobre o impacto ambiental, de engenharia financeira, estudos geológicos, que poderão ainda inviabilizar a escolha do local. 4. O investimento total previsto é de 3 mil milhões de euros. Porém, olhando para exemplos recentes como a Metro Porto, apontaria para o dobro do valor. Destes, apenas entre 6 a 8% irão sair dos cofres estatais, sendo o resto financiado pelo Banco Europeu de Investimento, pela EU e por empréstimos contraídos junto da banca (provavelmente o que terá originado uma mudança na direcção da CGD). 5. Nestas semanas será feito um reajuste do conselho de administração da Naer S.A., passando a direcção a conter cinco administradores, contra os três actuais.
Perante estes factos, são vários os problemas que se afiguram. Antes de mais, a dependência necessária, mas pouco prática de capitais privados. Aliás, a junção dos capitais públicos e comunitários apenas cobrem até 18% do investimento total. Assim, o investimento privado é condição sine qua non para a concretização do projecto. E mesmo que no Estado “apenas” suporte directamente 6% do valor total, não podemos esquecer que se trata dinheiro dos contribuintes em tempo de vacas magras. Para além destes números, pelo menos 500 milhões de euros terão de ser enterrados no Aeroporto da Portela impreterivelmente, quer haja novo aeroporto ou não. Isto, não esquecendo as infra-estruturas ferroviárias necessárias para ligar o aeroporto aos centros urbanos, investimento ainda não calculado.
Perante este cenário, são várias as soluções que se prefiguram, das quais saliento três: • O prosseguimento do projecto da Ota, como o governo pretende para além do enorme investimento necessário para a sua realização, sofre ainda de um outro problema que afecta a sociedade portuguesa: a centralidade do investimento. Para além destes problemas, surge também a dúvida do que será feito ao actual aeroporto. Irá continuar a existir, vivendo então num oximoro de tamanho, ou será desmantelado, o que acarreta também enormes custos, transformando toda a área num enorme espaço inutilizado como era o Parque das Nações pré-Expo;
• A conservação da Portela, fazendo um investimento que suporte o aumento do fluxo de passageiros. Esta hipótese, para além de hipócrita, iria resultar apenas a curto espaço, visto ser impossível para o aeroporto crescer tudo o que é necessário naquela zona;
• A construção ou adaptação de aeroportos de menores dimensões na zona circundante ou espalhados pelo país, que pudesse desviar o tráfego aéreo da área metropolitana de Lisboa que iria ser excedentário se estas estruturas se realizassem na zona da capital. Esta solução apresenta várias vantagens. Desde já, a facilidade de venda de tráfego aéreo a empresas de aviação. Nos últimos tempos tem existido um aumento exponencial de voos de companhias de low-cost para Portugal. Uma das condicionantes para os baixos preços realizados por este tipo de aviação, é a escolha de aeroportos com taxas de aluguer baixas, normalmente localizados nas periferias de grandes cidades (como é o caso de Girona, nas redondezas de Barcelona, ou Frankfurt-Hahn ou Baden-Baden na Alemanha). Para além de não haver a necessidade de estes aeroportos serem muito grandes, o seu surgimento permitirá um investimento em áreas limítrofes, por vezes descuradas pelo Governo central aumentando a descentralização. Ainda possibilitaria uma diminuição do preço dos bilhetes, estimulando consequentemente o turismo, quer para dentro de portas quer para o exterior.
Por causa destas coisas das energias, ontem empanturrei-me com um pacote inteiro de bolachas de chocolate, com pepitas de chocolate e cobertura de chocolate. As férias estão a começar e eu estou que pareço uma lontra!
Se uma equipa de investigação descobrir um método de produção de energia que utilize de forma mais eficiente o petróleo, é uma descoberta excelente, mesmo que não estejam a ser usadas energias renováveis! Isto será bom para a economia, pois se com menos unidades energéticas produzimos as mesmas ou mais unidades de um determinado bem, isso irá diminuir a procura do petróleo, desacelarando o aumento deste; aumentará a oferta desse bem, impossibilitando a subida abruta do seu preço
Se uma equipa de investigação conseguir concretizar de uma forma eficiente e rentável um método de utilização de energias renováveis, isso será um feito extraordinário! passaremos a ter mais opções energéticas, a concorrência fará com que os preços não subam de forma exponencial
Se uma equipa de investigação descobrir um método de utilização de meios energéticos que minimize os danos ambientais, quer durante o processo de produção quer no processo de utilização, isso é uma descoberta fundamental! estamos a proteger a qualidade de vida das gerações futuras
Se tivermos de esperar 20 anos para que o investimento na investigação tecnológica seja economicamente interessante para os privados apostarem na investigação que poderá apenas chegar a uma "solução" passados mais 20 anos, isso não é bom para a economia! a economia também depende do desenvolvimento tecnológico
O investimento no conhecimento nunca é prematuro, é um sector em que a rentabilidade económica não pode ser o principal factor de decisão. Neste caso, o Estado poderá ter um papel fundamental a desempenhar, usando os recursos financeiros resultantes dos impostos sobre os combustíveis, no investimento na investigação tecnológica.
Meu caro João Miranda, não compreendo bem os seus argumentos. não podemos simplesmente "arrumar" a questão dizendo que o estado escolhe mal e os privados escolhem bem, e ponto final. quer dizer, poder até podemos, mas seria intelectualmente desonesto, não seria?!
Quando diz: "O estado selecciona pior que os privados (...)E por isso tenderão a investir mal. Como se tem visto com Sines, a Expo, o Centro Cultural de Belém, os estádios do Euro e o Alqueva." e "Os subsídios à investigação são subsídios como outros quaisquer."não está a fazer a distinção entre aquilo que são empreendimentos "imobiliários"e aquilo que é o investimento em conhecimento. a investigação possibilitará que um vasto número de empresas tenham acesso a tecnologia, que por si talvez não tivessem acesso.
"Uma conjectura que pode estar certa ou errada." obviamente!
"Como não existem muitas empresas a investir em energias alternativas devemos suspeitar que se trata neste momento de uma conjectura errada na maior parte dos casos. " a suspeição não é uma verdade absoluta!
"não existe nenhuma razão para se pensar que o estado será capaz de seleccionar melhor que os privados os projectos com mais potencial económico." mas também não podemos cair no pressuposto que o Estado seleciona pior que os privados.
Parece que foi ontem que te conheci, mas já lá vão mais de duas décadas. Ainda não sabia o que era viver. Apresentaste-te como a possibilidade mais próxima para me mostrar os caminhos tortuosos da vida.
Rapidamente, mas cautelosamente fui cedendo aos teus encantos, às tuas invectivas. Sabia que não iria ser o único a amar-te, a ser amado. Olhava para nos primeiros anos como um filho olha para a sua mãe. Tomavas conta de mim, cuidavas dos meus passos, impedias que caísse sem ter aprendido algo. Acarinhavas-me, seguias-me para onde quer que fosse. Eras a minha sombra. Não tinhas muito tempo para mim, é verdade, mas eu sabia que estavas ocupada com aqueles senhores que falavam uma língua estranha. Não percebia o que diziam, mas via a tua cara triste depois dos encontros. No entanto trazias dinheiro para casa. Sabias que te estavas a vender, mas nunca quiseste admiti-lo. O dinheiro falava mais alto. E o outro queria que te vendesses. Não te importavas. Como éramos pobres nessa altura. Aceitavas todas as esmolas que te davam, sem perceberes que eles só te queriam usar e deitar fora. Apenas eu te amava. Mas não te dava o que querias.
Com o passar dos anos, fui abrindo os olhos, percorrendo os meus caminhos. Foi assim que quiseste. Ensinaste-me a andar, mas depois teria eu que conhecer a vida. Entretanto via como os senhores de cabelos escuros e sotaques estranhos que te apalpavam. Iam ter com o outro que rondava a esquina, enquanto os via a aproximarem-se de ti. Chegavam-se a ti, e logo te abrias que nem uma prostituta velha e usada que precisa do guito para a dose diária. Tornaste-te dependente deles. Cada vez querias mais. Mas também soubeste usá-los. Fodias com vontade e gosto, mas pedias bom dinheiro por isso. E eles davam-to. Dizias que era para entrar para um programa de desintoxicação. Que ias deixar de estar ali, que querias ser como eles. Mas o vício já estava entranhado. A droga já te corria nas veias, o teu sangue estava infestado de substâncias dopantes, que te faziam esquecer o mundo em que vivias. Passavas os dias pedrada, nas esquinas, à espera de encontrar mais um para poderes viver mais uns períodos de euforia. Como eram bons esses pequenos riachos em que nos banhávamos. Esquecíamos tudo, mas o rio corria. E o mar não parava de crescer.
Eu olhava para ti. Tinha pena, mas ainda não podia fazer nada. Prostituías-te por ruas tingidas a azul e amarelo. Não entendia muito bem o que se passava à minha volta. Olhava para ti, e via-te no chão, a definhar, a tremeres constantemente, a seres atacada por convulsões que te obrigavam a vomitar o almoço do dia seguinte. Nem para ir à casa de banho te dignavas a saíres da pocilga. Abrias as pernas e lá mijavas e cagavas para dentro do quarto. De início ele ainda te ajudava a limpar, mantinha-te a cama apresentável, escondia o lixo debaixo dela. Mas os dejectos começaram a boiar em poças de água amarela. Agora, apenas a varanda interessava. Era isso que eles viam. E era isso que interessava manter limpo e asseado. Sem o dinheiro deles não teríamos sobrevivido. E era o outro que te vendia, que negociava preços e posições.
De mim nunca quiseste nada. Pedes-me para te ajudar, para te ajudar a emergires da chafurda, mas também a mim cobras dinheiro. Eu queria fazer amor contigo. Mas apenas queres foder por droga.
Já nem sabia onde começava e acabavas. Foste encolhendo com a idade. Os teus ossos enfraqueceram, os teus seios redondos são duas peras murchas. A tua epiderme doce e veludosa está cheia de cicatrizes e rugas. Está preta a tua pele. És o esqueleto daquele corpo roliço que outrora amei. Vendeste-te a eles. Agora percebo o que eles dizem. Quiseram usar-te e tu deixavas. Davam-te dinheiro para ficares em casa sem trabalhar. E tu aceitaste sem saber que eles cresciam e escondiam tudo para dar aos filhos deles. Pensavas que eles queria o melhor para ti, mas eles sugaram-te até à última gota de dignidade. Agora jazes aí, o teu corpo crepita de necessidades. Agora chegou a vez dele. Agora quer ser ele a encontrar-te nas esquinas e violar-te, tirar tudo o que tens, deixar-te despida, nua, com pena de ti própria. Quer espancar-te, arrastar-te pelas ruas, pontapear-te. Quer ver-te a jorrar sangue pela boca, arrancar-te órgão por órgão, estômago, fígado, intestinos. Mas deixar-te o coração. Quer-te viva. Quer que eu tenha algo para amar em ti. Não compreende que eu irei sempre amar-te, que te quero ajudar-te. Ele não deixa, não me apoia, não quer. Quer que eles tenham pena de ti, que esqueçam as outras loiras que conheceram agora. Estão fascinados por elas, dão-lhes tudo. Mas já lhes sugámos o tutano. Já não há mais nada.
Crânio devoluto, com divisões espaçosas e pouco uso. Bom preço, mas apenas a nacionais (edifício contaminado com vírus Inbicilitatis Irraciocionalis Chronica). Para mais informações contactar directamente o proprietário:
Resultado: os agentes económicos desviam o consumo dos produtos energéticos incorporados, o consumo de petróleo diminuiu.
O problema desta hipótese reside fundamentalmente na incerteza do tempo que levará os agentes económicos a compreenderem a necessidade de adaptação, bem como a inexistência de alternativas económicas viáveis.
O mercado do petróleo é um mercado muito particular, que não funciona dentro das regras “naturais” do mercado. Sendo um mercado estratégico é muito vulnerável à manipulação. De uma forma mais clara, o mercado do petróleo é manipulado pelas decisões de um cartel por um lado, e por alianças politico-económicas entre alguns produtores e grandes potências económicas, por outro. Desta forma não é possível afirmar que este seja um mercado verdadeiramente livre.
Outro problema é a excessiva confiançs na agilidade do mercado. Os agentes económicos nem sempre são ágeis e empreendedores, ao ponto de compreenderem de forma rápida a necessidade de adaptação. Ou seja, deixando apenas o mercado funcionar, corre-se o risco de que quando o petróleo chegar a um preço economicamente “inviável” as alternativas energéticas sejam igualmente muito caras. Portanto estaríamos numa situação pior, pois as economias não eram estimuladas, e tenderiam para uma recessão.
Hipotese 2: subsidiar o petróleo
O Estado pode por magia tornar barato aquilo que é caro. Bastará decretar um preço máximo dos produtos energéticos derivados do pertóleo.
Obviamente que esta é uma estratégia suicida, porque não tem qualquer viabilidade económica. E como afirma João Miranda, “A conta de energia não diminui. Aquilo que era pago pelos consumidores passa a ser pago pelos contribuintes. Os agentes económicos ignoram o problema e continuam a agir como se o petróleo fosse barato.” Adiando a procura de outras alternativas. O resultado desta estratégia leva-nos a uma situação em que quando os preços do petróleo estiverem encomportáveis, as alternativas serão igualmente caras. A economia não cresce.
Hipótese 3: investir na investigação de alternativas energéticas
Paralelamente ao funcinamento “livre” do mercado do petróleo, o Estado criará condições para que a investigação tecnológica na área eenergética seja uma realidade.
O apoio à investigação não implica subsídios à implementação de alternativas, que , realmente, podem resultar na irracionalidade dos agentes económicos ou até mesmo num aumento do preço da energia, quer directamente no consumo , quer através do aumento de impostos.
O que defendo com esta hipótese é que o Estado deve investir em unidades de investigação tecnólogica. Estas unidades já existem dentro das Universidades, mas funcionam com recursos financeiros precários, impossiblitando um normal desenvolvimento de projectos com viabilidade. Esta alternativa cria igualmente condições de partilha de conhecimentos e recursos financeiros com outras entidades nacionais e internacionais.
Este desenvolvimento tecnológico geraria resultados de maior eficiencia energética, possibilitando que a economia produza mais com menos unidades energéticas, e reforçando o uso de energias alternativas ao petróleo.
Esta hitópese permite permite que as altenativas ao petróleo estejam disponíveis a preços mais baixos. No entanto considero que há já algum tempo que não existe energia barata, por isso não usso esse termo. Mas se por exemplo, num primeiro caso (deixar o mercado funcionar) o mercado tiver de esperar até aos $200/barril para procurar alternativas energéticas que também custam $200/unidade energética , e numa outra alternativa (investir na investigação tecnológica) o mercado ter de esperar “apenas” até aos $150/barril para que as alternativas sejam consideradas, obviamente que prefiro a 2 hipótese.
O problema desta alternativa reside principalmente no financiamento. Os recursos económicos do Estado não são ilimitados. Assim considero que o Estado pode conseguir recursos libertando-se de “pesos mortos” ou seja libertando-se total ou parcialmente de sectores que não são fundamentais, como é a banca.
Isto possiblita o acesso a tecnologias dos agentes económicos sem terem os custos de investigação e aperfeiçoamento dessa mesma tecnologia. Logo a energia poderá ser menos cara.
Outro problema é que o Estado terá de tendencialmente retirar o forte investimento na investigação, deixando de ser o principal investidor. Deverá pois criar regulamentação de fora a estimular os agentes económicpos mais empreendedores a investirem na investigação tecnológica e em alternativas energéticas. Desta forma, a subida dos preços da energia tenderá a não ter subidas tão rápidas e exponenciais.
Estratégias adaptativas e estratégias de negação ou como o mercado não é racional
Gostaria muito de dar razão ao João Miranda, mas de facto temos de ter em conta que apenas em exercícios académicos é que o mercado funciona de forma racional. Ou seja, a lei da oferta e procura funciona porque nestes exercícios académicos são eliminadas quaisquer variáveis não racionais/quantificáveis.
Sim é claro que podemos argumentar que é residual a influência destas variáveis, mas o mercado funciona com pessoas, e se há coisa que não é racional é o ser humano.
Agora coloco-lhe a questão: até quando teremos de ver o preço do petróleo aumentar até perceber que o mercado funciona? tendo em conta duas variáveis: a) o ritmo de crescimento da procura da China e da India mantem-se; b) o nível da procura do resto do mundo baixa.
Os ministros Lino e Pinho não conseguem vender a Ota e o TGV como os seus antecessores fizeram em relação a outras obras de regime. E os fanáticos do nosso Estado despesista já perceberam que não se aguentam por mais tempo. Há no ar uma sensação de fim de época que não convém desprezar.
hoje não me apetece processar pensamento! amanhã pensarei sobre isto:
Mário Lino em artigo de opinião no Diário Económico “Falta de informação sobre Ota e TGV é mentira descarada”
Este escrutínio, que marca um ponto sem retorno, vai valer para a OTA, para o TGV, para todos os grandes projectos, mas vai também esclarecer muitos aspectos pouco claros da governação até agora confortavelmente escondidos como "técnicos"*
Clássicos e Neo? Não são adversários. Não são inimigos. Irritam-se mutuamente, é certo. Mas isso não impede a seguinte asserção: são aliados; estão do mesmo lado da barricada. Têm os mesmos inimigos. Partilham a colecção de adversários.
Actualizado NUMA BLOGOSFERA, PERTO DE SI com a lista que já vai em sessenta e sete blogues perguntadores e ainda há mais. Helena Garrido, no Diário Económico de hoje, rompeu a cortina de silêncio da comunicação social sobre este apelo, escrevendo:"esperemos que agora, com a Blogosfera e os jornais, se tenha mais sucesso que no passado quando a imprensa tanto criticou a onda dos estádios de futebol". Esperemos.
Kioto-obsessed greens dream of weaning us off coal, gas and oil altogether, but our pollution problem may better solved by using fossil fuels in a more efficient and responsible way
Os CTT vão apresentar ao accionista Estado o projecto para um novo banco postal "na rentrée", em Setembro ou Outubro, afirmou ontem o presidente dos Correios. Sem querer adiantar qual o parceiro do negócio, Luís Nazaré admitiu apenas que apresentará ao Executivo uma proposta "de raiz", sem estar "amarrado aos parceiros do passado". A anterior administração anunciou, no início de 2004, um projecto de parceria com o Banif.
A ideia de construir uma central nuclear em Portugal, parece-me neste momento, completamente absurda. É um facto que possuímos a matéria-prima: o urânio, mas não possuímos tecnologia para o transformar em combustível nuclear. Portugal teria de exportar a matéria-prima para depois importar o produto transformado já com elevado valor acrescentado, e só assim poderia pôr a funcionar a central nuclear. Aqui reside um dos erros económicos que não me parece aceitável acontecer. Obviamente que a balança comercial referente à exportação de urânio e a posterior importação de combustível nuclear será naturalmente deficitária, o que agravará o estado da economia portuguesa.
Outra coisa a ter em conta é a construção da central. Não ponho em causa a capacidade dos nossos investigadores em projectarem uma central nuclear, no entanto não existem em Portugal meios técnicos e materiais para a sua construção. Construir uma central nuclear não é a mesma coisa que construir uma auto-estrada ou uma ponte. Estaremos disposto em embarcar numa aventura de “chave na mão”? Está é uma solução rápida e eficaz, mas conduz a uma forte dependência tecnológica do estrangeiro, para além de não estar provado que este tipo de investimento conduza a uma situação de desenvolvimento (económico e tecnológico) por arrastamento.
As vantagens das energias nuclear reduzem-se i) ao aumento da oferta de alternativas energéticas aos combustíveis fósseis – apesar de em termos quantitativos este aumento ser reduzido - e ii) a consequente diminuição do custo da energia – não sendo contudo directamente proporcional a ligação custo/preço final -, e finalmente iii) o cumprimento das metas estabelecidas pelo Protocolo de Quioto no que diz respeito à emissão de CO2, uma vez que a energia nuclear é uma energia “limpa”.
São estes os argumentos, que são puramente económicos e desprovidos de “preconceitos” ecológicos, que me fazem defender que a energia nuclear NÃO É A ÚNICA SOLUÇÃO!
(continuarei a abordar a temática das alternativas energéticas)
Ontem o barril do brent atingiu o valor record de $62,47, é possível que entretanto este record já tenha sido batido. Soube-se ontem, também, que houve um aumento em Portugal, das emissões de CO2 para a atmosfera, aumento esse, relacionado com o consumo de combustível fóssil para produção de energia eléctrica.
Há cerca de um mês e meio atrás, confesso que não sabia quase nada sobre energia nuclear, e olhava para esta solução com grandes preconceitos ecologistas. No entanto, penso que só se pode optar – e expor - de forma consciente quando estamos devidamente informados.
Desta forma tentei de forma rápida aceder à informação que precisava. Devido ao escasso tempo de que dispus, posso estar a cair em algumas ratoeiras. Mas como este tema – o das alternativas energéticas – é um tema que me interessa particularmente, terei oportunidade de corrigir informações e/ou opiniões caso seja necessário.
Após a leitura de um excerto de um estudo da autoria de Marques Carvalho (Director do Gabinete de Protecção e Segurança Nuclear durante os anos 90), pude perceber que o ciclo de processamento da energia nuclear não é tão simples e tão rápido quando nos é dado a entender – e aqui não estou a referir-me às questões técnicas e cientificas, porque obviamente não possuo competência académica para o discutir – e que o trabalho efectuado numa central nuclear é a finalização de um processo bastante complicado e dispendioso, do ciclo do combustível nuclear. A saber:
1. Mina e tratamento do minério: a mineração do urânio é desenvolvida em Portugal há várias décadas. Os riscos dominantes nestas actividades são idênticos aos riscos da mineração e tratamento de minérios, tais como os acidentes envolvendo trabalhadores; a inalação de poeiras e no caso de minérios radiactivos a inalação do radão, o que obriga a uma maior ventilação das galerias nas minas subterrâneas. Em Portugal as minas existentes são a céu aberto tornando o risco menor quando comparado com os riscos que corre um fumador que consuma um maço de tabaco por dia (!); 2. Conversão: transformação química para passar o urânio em pó na forma de óxido para a forma hexafluoreto, ou seja para o estado gasoso. O principal risco é o da libertação acidental de hexafluoreto e pela presença de flúor, ou seja, um agente corrosivo tóxico. Este risco atinge apenas os trabalhadores destas unidades. Não existem unidades para conversão na Península Ibérica; 3. Enriquecimento: operação física (difusão, centrifugação, etc.) pela qual a proporção entre os isótopos naturais do urânio é alterada, por forma a melhorar a capacidade para iniciar e manter a reacção de cisão em cadeia. Acumulando cilindros com hexafluoreto de urânio, depois de enriquecido, seria possível, em tese, obter acidentalmente uma reacção em caso de inundação. Por essa razão as dimensões, formas, desenho e implantação das áreas de armazenamento são calculadas para que tais ocorrências sejam impossíveis. Não é rentável estabelecer uma fabrica de enriquecimento na Península Ibérica; 4. Reconversão: como o combustível para as centrais deverá apresentar-se na forma de um óxido estável é preciso transformar quimicamente o hexafluoreto. Não envolve riscos diferentes da etapa de enriquecimento; 5. Fabrico do combustível: produto encapsulado em tubos de grande precisão dimensional feitos com materiais de muita elevada pureza química, uma vez que a “queima” vai produzir-se por um “gás” de neutrões cuja densidade é controlada com elevada precisão e não pode ser sujeita à aleatoriedade de impurezas e variações dimensionais. Os riscos nesta fase são pequenos e praticamente confinados aos trabalhadores. Não há mecanismos físicos capazes de espontaneamente dispersar os produtos fracamente radioactivos que são manipulados. Existe uma fábrica de combustível perto de Salamanca; 6. Central nuclear: é aqui que se estabelecem as condições físicas para manter uma reacção de cisão em cadeia, da qual se extrai energia que, após várias transformações, é utilizada sob a forma de calor ou energia eléctrica. Os problemas sérios com as centrais nucleares são os acidentes. Nas piores condições fisicamente imagináveis, as libertações bruscas de energia nada têm de similar às explosões nucleares, sendo que nestas situações são desencadeados planos de emergência, estudados previamente, para proteger as populações da vizinhança imediata das instalações e minorar as consequências sobre a contaminação do território. Na Europa Ocidental existem mais de 150 unidades; 7. Armazenamento do combustível irradiado (queimado): como o combustível irradiado contém elevadíssimas concentrações de radioisótopos, é altamente radioactivo e tem de ser manipulado à distância. É usual armazenar este combustível, durante anos num edifício junto ao reactor, para depois transferi-lo para as instalações de reprocessamento, ou se não houver interesse no reprocessamento, é armazenado de forma temporária. Os riscos desta fase são pequenos, no entanto há o risco de escapes radioactivos, se uma manobra causar dano mecânico às varas. O risco é essencialmente para os trabalhadores da instalação; 8. Reprocessamento: conjunto de operações mecânicas e químicas, que se destinam a separar os elementos presentes no combustível irradiado. Em matéria de riscos as instalações de reprocessamento são as mais poluentes de todo o ciclo de combustível. O principal problema é o da carga radioisotópica dos seus efluentes, quer líquidos, quer gasosos, que são 100 vezes superiores aos de qualquer central nuclear. Na Europa Ocidental existem 2 instalações desta natureza, uma em França, outra no Reino Unido; 9. Depósitos de resíduos: grande variedade de radioisótopos, desde os que têm períodos de semi-desintregração de alguns minutos ou horas, ate aos que exibem semi-vidas de centenas de milhares de anos. Sempre que a perigosidade de uma substância resultar das propriedades físicas dos seus constituintes elementares a única forma eliminação é a transmutação nuclear. No entanto, este processo não se afigura com custo aceitáveis, assim o termo “eliminação” é relativizado, significando isolar da biosfera. Para resíduos de baixa actividade bastará uma estrutura confinante com uma vida da ordem dos 300 anos. Para resíduos de alta actividades, os períodos de confinamento necessários terão de atingir cerca de 1 milhão de anos. Ainda não existem instalações definitivas de armazenamento para resíduos de alta actividade.
Acabei agora mesmo de chegar da estação de correios aqui do bairro. Queria enviar notícias do meu país a um amigo em Londres (ainda sou uma romântica!), a estação estava vazia, portanto o atendimento deveria demorar no máximo 90 segundos. Mas não é que o funcionário me tenta impingir um estojo escolar da barbie 'para a sobrinha' - que não tenho! - ou os desenhos para colorir da disney 'para o irmão mais novo' - que já é velho - ou a biografia do Simão Sabrosa - e eu não gosto de futebol! - ou o kit sócio do benfica 'tem descontos na Repsol' - e eu não tenho carro...
lembro-me do tempo em que os CTT se limitavam a vender selos e pouco mais, tenho saudades do tempo em que as estações de correio não estavam transformadas em lojas de quinquilharias!
Numa amena cavaqueira de fim-de-semana com os amigos, um assunto aqueceu os ânimos: OTA ! Pois bem, se uns defendiam que OTA era apenas um nome e que se estava a debater no vazio caíndo na demagogia fácil (desculpem a redundância!), que é necessário um novo aeroporto para o desenvolvimento do país , uma ligação rápida com o resto da Europa. Outros, como eu, pensam que não são apenas nomes, é um projecto concreto com custos, com vantagens (que ainda não percebemos quais são) e que exigem sacrifícios. Não acho que as coisas - e neste caso, as grandes obras do Estado - devam ser feitas a qualquer preço, simplesmente porque têm de ser feitas
"Respeito muito os signatários, mas há sociedades que valorizam mais a especulação e a análise, enquanto outras valorizam mais a busca de soluções."
(Manuel Pinho, Diário Económico, 28-07-05)
e correspondendo ao apelo do senhor Ministro fizeram o pedido, exigência bem educada,
PODE O GOVERNO SFF COLOCAR EM LINHA OS ESTUDOS SOBRE O AEROPORTO DA OTA PARA QUE NA SOCIEDADE PORTUGUESA SE VALORIZE MAIS A “BUSCA DE SOLUÇÕES” EM DETRIMENTO DA “ESPECULAÇÃO”?
e receberam a resposta:
NÃO. PELO MENOS PARA JÁ, ATÉ QUE O GOVERNO FAÇA O SEU ESTUDO, VISTO QUE AINDA NÃO FEZ NENHUM, APESAR DE JÁ TER DECIDIDO TUDO.
- Podia-me dizer, por favor, qual é o caminho? - Isso depende muito do lugar para onde queres ir. - Não me importa muito onde... - Nesse caso não importa por onde vais. - ...contanto que eu chegue a algum lugar. - É claro que isso acontecerá. Desde que andes durante muito tempo.
Medidas propostas do governo britânico para combater o extremismo islâmico e terrorismo internacional:
O Governo lança um período de consulta sobre medidas de exclusão e expulsão e vai rever a lei dos direitos humanos para facilitar a expulsão dos que incitam ao terrorismo. Sites, livrarias e centros religiosos extremistas vão constar de uma lista, os que a eles estiverem ligados podem ser expulsos por ordem do ministro do interior;
A nova legislação anti-terrorista a adoptar durante o Outono vai instituir o crime de apologia ao terrorismo;
O asilo político será recusado a quem estiver implicado ao ligado ao terrorismo;
As medidas que permitem retirar a nacionalidade britânica vão ser simplificadas para serem aplicadas aos implicados em actividades extremistas;
O governo pode estabelecer um limite para a extradição de implicados no terrorismo;
Vai ser estudada a possibilidade de aumentar ao período de detenção sem acusação (actualmente é de 14 meses);
No caso de cidadãos britânicos que não possam ser expulsos, serão aplicadas medidas de controlo, que a serem violadas conduzirão à detenção;
O número de juízes a tratar dos dossiers de terrorismo poderá aumentar se necessário;
Os grupos extremistas como o Al-Muhadjirun oo o Hizb-ul-Tahrir serão proíbidos;
As condições de atribuição de nacionalidade britânica vão ser revistas;
Os lugares de culto onde seja pregado o extremismo podem ser encerrados;
As medidas devem estender-se a outros países para que possa haver um maior controlo das fronteiras.
o que espanta, quando saem vários gestores e se reduz o número de administradores, é a manutenção de Celeste Cardona e a entrada de Armando Vara. Um e outro, ao contrário de Santos Ferreira, não são conhecidos pelos dotes de gestão (...)
A questão passa por saber como acabar com este público bailado que, com pasmosa regularidade, se desenrola perante o país. Eu, pessoalmente, sugiro: privatizem-se estes mostrengos e termine-se com a insidiosa presença do Estado. João Pereira Coutinho, in Expresso 06/08/05
FÉRIAS. Lugares. Escolha. Pessoalmente, um momento de discussões infinitas. Este ano, Cuba regressou. Estarei eu interessado em rumar para a ilha de Fidel? Respondi que sim, que estou, desde que me droguem ou raptem. Uma amiga, democraticamente impoluta e mentalmente equilibrada (acho), chegou a declarar que eu perdia uma «oportunidade». Que «oportunidade», querida? A «oportunidade» de conhecer a a cuba de Fidel enquanto Fidel não dá a sua última queda. Depois, acrescentou, já não terá tanto «encanto». Percebo, querida: o «encanto» típico de uma ditadura, com um povo na miséria, prisões concorridas e uma espécie de fantasia turística, onde veraneantes e indígenas fazem de conta que vivem no mesmo mundo. (...) milhares de turistas rumam para Cuba e nem imaginam que, com o gesto, contribuem ainda mais para a manutenção de uma ditadura iníqua, que se agarra ao turismo para flutuar. Culpa de quem? Não, com certeza dos Estados Unidos e seu embargo: o mundo inteiro continua livremente a tratar com o comandante e isso não impede o naufrágio conhecido. (:J Se a ideia é experimentar os «encantos» de Cuba, melhor seria enfiar os turistas ocidentais no quotidiano «encantador» em que vivem os cubanos: filas para comprar sabão, alguma violência policial à mistura. E, na hora da despedida, as portas devidamente trancadas. João Pereira Coutinho, in Expresso 06/08/05
MICRO-CAUSAS: PODE O GOVERNO SFF COLOCAR EM LINHA OS ESTUDOS SOBRE O AEROPORTO DA OTA PARA QUE NA SOCIEDADE PORTUGUESA SE VALORIZE MAIS A “BUSCA DE SOLUÇÕES” EM DETRIMENTO DA “ESPECULAÇÃO”?
Finalmente, e como era inevitável, o governo dá a resposta: não, para já. E confirma o que já se suspeitava: nenhum estudo específico foi feito por este governo para suportar a sua decisão, baseando-se apenas nos que existiam antes, e que eram contraditórios e estão desactualizados (a conjuntura do tráfego aéreo mudou muito entretanto). e longe de serem conclusivos. Confirma-se assim o carácter estritamente político da decisão, que, em vez de ser tecnicamente fundada, vai agora procurar justificar-se. É um estilo. Péssimo.Quem finalmente obteve esta informação foi o jornalista André Pinto do Portugal Diário, um jornal digital. Cito as partes mais significativas:Governo recusa-se a publicitar agora estudos sobre a Ota1ª MÃO: Ministro apresenta planos para novo aeroporto em Outubro. Só depois, disponibilizará publicamente os documentos na internet. Entre 1997 e 2005, foram realizados 70 estudos que custaram 12,7 milhões de euros. Mas Executivo de Sócrates ainda não realizou nenhum(...)O Governo recusa-se a publicitar para já os estudos que tem na sua posse sobre o novo aeroporto da Ota e que sustentam a decisão em avançar para a sua construção. «O Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações vai promover, em Outubro, uma apresentação pública do projecto do novo aeroporto e posteriormente divulgaremos toda a informação pertinente e necessária na internet», divulga o gabinete do ministro Mário Lino num esclarecimento solicitado pelo PortugalDiário. Mas o Executivo nega que haja qualquer secretismo sobre os estudos. A assessora do Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Ana Rute Peixinho, exemplifica com os «estudos preliminares de impacte ambiental relativos às localizações Ota e Rio Frio que estiveram em consulta pública entre Março e Maio de 1999. Os resumos não técnicos e relatórios executivos estiveram também disponíveis para consulta. No âmbito da consulta do público chegaram a ser realizadas duas audiências públicas.» Só entre Julho de 1997 e Abril de 2005, a Naer - Novo Aeroporto S.A. realizou ou "encomendou" a universidades e outras instituições 70 estudos sobre a Ota, de acordo com uma listagem facultada pelo ministério ao PortugalDiário. Mas o acesso aos documentos é reservado, argumenta o gabinete de Mário Lino. Apesar da insistência do PortugalDiário, uma decisão sobre a consulta dos estudos pedidos está dependente do ministro da tutela. Contactada a Naer, a mesma dificuldade: «Só com autorização do ministério.» Na lista a que o PortugalDiário teve acesso incluem-se estudos sobre a definição da localização do novo aeroporto, o seu impacte ambiental, análises posteriores à definição do local e a eventual «sensibilidade do turismo à deslocalização» do aeroporto da Portela para a Ota. O PortugalDiário sabe que o valor gasto pela empresa nestes mesmos estudos ascende já a mais de 12,7 milhões de euros. Deste total, 6,5 milhões foram comparticipados pela Comissão Europeia. De acordo com Ana Rute Peixinho, este Governo ainda «não fez nenhum estudo sobre a Ota».O Portugal Diário cita a campanha dos blogues para obter esta resposta: "Na última semana, um conjunto de blogues na internet tem exigido a divulgação dos estudos que sustentem a viabilidade do novo aeroporto da Ota."Tendo-se obtido esta resposta, que vale o que vale, pode-se agora contiuar a discussão noutros termos, e esperar por Outubro. Para quem pensa que a blogosfera não tem força, este é um bom exemplo do que se pode (e às vezes deve) fazer, tanto mais que foi solitário: não contou com a comunicação social tradicional. Mérito, só dos blogues e agora do Portugal Diário.
PODE O GOVERNO SFF COLOCAR EM LINHA OS ESTUDOS SOBRE O AEROPORTO DA OTA PARA QUE NA SOCIEDADE PORTUGUESA SE VALORIZE MAIS A “BUSCA DE SOLUÇÕES” EM DETRIMENTO DA “ESPECULAÇÃO”?
"Respeito muito os signatários, mas há sociedades que valorizam mais a especulação e a análise, enquanto outras valorizam mais a busca de soluções."
(Manuel Pinho, Diário Económico, 28-07-07)
- Podia-me dizer, por favor, qual é o caminho?
- Isso depende muito do lugar para onde queres ir.
- Não me importa muito onde...
- Nesse caso não importa por onde vais.
- ...contanto que eu chegue a algum lugar.
- É claro que isso acontecerá. Desde que andes durante muito tempo.
Dentro de 10 ou 15 anos, o Aeroporto de Lisboa deixa de ser viável e será necessário um novo. Se será em Rio Frio ou OTa, isso pode-se discutir. Mas como a demora, entre estudos e a realização, 10 anos a construir, não há alternativa senão arrancar já. (...) Tanto mais rapidamente quanto agirmos, em vez de especularmos. (...) quanto mais depressa passarmos a atribuir mais valor à capacidade de fazer, mais rapidadente chegaremos ao portugal inovador.
Ana dos Cabelos Ruivos esta menina ruiva estava constantemente a meter-se em sarilhos. Ou por não gostar da cor do seu cabelo, ou por não pensar nas consequências do que fazia, ou até mesmo sem querer.Estreou em Portugal em 1987.
As Aventuras de Tom Sawyer foi considerado uma das melhores adaptações de sempre do clássico livro de Mark Twain.Conta as arrojadas aventuras de Tom Sawyer e do seu amigo Huckleberry Finn nas margens do rio Mississipi. Estreou em Portugal em 1982.
As Misteriosas Cidades de Ouro a produção foi feita entre franceses e japoneses. No fim de cada episódio tinha um pequeno documentário sobre as grandes culturas sul-americanas.Conta a grande aventura de Esteban no Novo Mundo, ou seja, na América Central e do Sul, em busca das lendárias cidades de ouro dos incas (Peru).Estreou em Portugal em 1985.
D'Artacão e os Três Moscãoteiros ainda hoje é uma das séries mais conhecidas da Europa. Foi feito "a meias" entre o Japão e a Espanha.É uma adaptação da história de D'Artagnan (herói do livro de Alexandre Dumas, "Os Três Mosqueteiros") em que os heróis são cães de várias raças.Estreou em Portugal em 1983.
Candy Candy foi um dos maiores sucessos mundiais do género "anime" dos anos 70. Candy Candy era uma jovem órfã que deixa o orfanato para trabalhar numa casa de pessoas ricas. Aí começa a viver uma série de aventuras, amores, fugas e tragédias. Tinha tantas aventuras estranhas que, a determinada altura, a RTP decidiu que era melhor deixar de exibir a série...Estreou em Portugal em 1983.
Na Dois, Alberta Marques Fernandes entrevista Manuel Maria Carrilho. A jornalista diz que é preciso entrar nas questões concretas. As palavras que imediatamente se seguiram foram "Bárbara" e "Guimarães".
A partir dos anos 70 do século passado o fundamentalismo emerge como força política. No cristianismo, tem vindo a ter um papel decisivo na política norte-amercicana desde o triunfo de Reagan(...). No judaísmo, traduziu-se no fortalecimento dos movimentos ultra-ortodoxos, incluindo movimentos armados (...). No islamismo, teve um momento crucial em 1979, com o triunfo da revolução de Khomeni no Irão de que resultou um vastíssimo processo de reislamização dos Estados e das sociedades.
Estive debaixo do chuveiro cerca de meia hora. Deixei a água escorrer pelo corpo, nada mais. Quando saí senti-me limpa, senti-me a melhor pessoa do mundo. Amanhã quando acordar sentirei os remorsos de ter desperdiçado milhares de litros de água
1. Portugal tem os piores indicadores de eficiência energética da UE; 2. Metas de Quito dificilmente serão alcançadas; 3. Extrema dependência externa do petróleo; 4. A aposta nas energias renováveis corresponde à redução da dependência de petróleo e do impacto ambiental, e deve ser encarada como uma prioridade séria; 5. A possibilidade de existirem acidentes não pode ser despresada; 6. Uma central nuclear produz combustível para armas nucleares, alvo apetitoso para terroristas; 7. A energia nuclear é usada para produzir electricidade, que corresponde a apenas 20% do consumo energético final; 8. Tecnologia nuclear é importada, originando ineficiências; 9. O ciclo do combustível nuclear é altamente poluente; 10. Não existe tecnologia segura para o armazenamento dos resídos radioactivos; 11. O custo do investimento na energia nuclear é elevado quando somados os custos de desmantelamento; 12. Investimentos elevados num programa nuclear desviariam recursos financeiros e seriam um desincentivo para outras apostas energéticas; 13. A localização de centrais nucleares apresenta dificuldades insuperáveis; 14. A energia nuclear é um paliativo temporário com alto custo
1. Grande dependência das energias fósseis; 2. O custo da energia electrica é o mais alto da Europa; 3. Não há actualmente condições para cumprir o Protocolo de Quioto; 4. Energias alternativas e renováveis não são suficientes para as necessidades nacionais; 5. Com a introdução dos motores eléctricos nos transportes, aumentará a necessidade de produção de energia eléctrica; 6. O tempo do petróleo e o gás natural baratos acabou; 7. Por cada $10 de aumento do crude por barril há um aumento de $1'300 milhões na nossa balança comercial; 8. Já existe em Portugal risco nuclear; 9. Energia abundante, limpa e a preço competitivo é condição sine qua non para o desenvolvimento; 10. A energia nuclear é a única solução a médio prazo
PODE O GOVERNO SFF COLOCAR EM LINHA OS ESTUDOS SOBRE O AEROPORTO DA OTA PARA QUE NA SOCIEDADE PORTUGUESA SE VALORIZE MAIS A “BUSCA DE SOLUÇÕES” EM DETRIMENTO DA “ESPECULAÇÃO”?
"Respeito muito os signatários, mas há sociedades que valorizam mais a especulação e a análise, enquanto outras valorizam mais a busca de soluções."
Invocar a amizade entre 'camaradas' na questão da recandidatura de Soares é aceitar que o coração se pode sobrepor à razão em questões políticas. E não pode. Ou não deve. Alguma esquerda resiste a perceber o óbvio
Um estranho veio-me perguntar se podia ajudar-me na construção do meu castelo de areia. 'Obrigado, mas sou um rei egoísta', disse-lhe. Com o contínuo desabar das paredes de areia, destruí a ideia de castelo e sentei-me em cima da areia a fazer as vezes de reino revoltoso.
Os Três Reis(de David O. Russel, 1999) foi um filme que passou relativamente despercebido em Portugal. O filme foi apresentado na sessão de encerramento do Fantasporto 2000 e teve carreira curta nas salas de cinema.
Vi-o pela primeira vez em video, numa sessão de pipocada com as amigas, em que umas suspiravam pelo dr. Doug Ross e outras tinham ainda remanescências de uma adolescência passada a babar em cima dos posters da CK underwear.
Mas logo nos primeiro minutos do filme percebemos que aquele não era um filme vulgar. Uma fotografia e montagem excepcionais, com um argumento muito acutilante, politicamente (in)correcto e amoral. Quatro soldados americanos no rescaldo da Tempestade no Desertodecidem desertar e levar para a América o tesouro do Kuwait : lingotes de ouro guardados em lindas malas Louis Vuitton; ou uma jornalista enfadada pelas reportagens sobre o conflito ou sobre o desastre ecológico nas plataformas petrolíferas do Kuwait decide ir atrás do furo do século. Uma visão mordaz sobre a mediatização dos conflitos, ou não fosse esta a 1ª guerra em directo, num televisor, perto de si!
Três Reis não poupa munições contra qualquer um dos lados do conflito. Não põe em causa os actos abjectos do líder Iraquiano, pouco preocupado com o destino do seu povo, mas, ao mesmo tempo, não poupa a administração Bush (the H and not the W), interessada apenas na realização de objectivos políticos e na aplicação de regras, a todo o custo, mesmo que tal implique a desprotecção ou o abandono à morte certa de elementos de um povo, o iraquiano, perante o qual havia manifestado o apoio e apelado à rebelião contra o líder (H = W) .
Revi-o ontem na RTP 1, é pena que para se ver 90 minutos de filme se tenha de ficar 3 horas em frente à televisão...
You like to voice your well thought out opinions on your blog. And if someone doesn't what you write, you really don't care! Serious and blunt, sometimes people take your blog the wrong way. But you're a true and loyal friend to those who truly get you.
se Cavaco Silva se candidatar, a sua candidatura corresponderá ao interesse nacional e terá uma vitória estrondosa, asse- gurada pela esquerda moderada, pelo centro-esquerda e pelo centro-direita; se Mário Soares se candidatar, a sua candidatura será estritamente um serviço que ele presta ao PS, terá o apoio dos piores lobbies socialistas, do PS radical, jacobino e maçónico, da extrema-esquerda
CONVITE PARA A INAUGURAÇÃO DO ESPAÇO JOVEM DA CANDIDATURA DE MANUEL MARIA CARRILHO
Hoje, terça-feira, dia 2 de Agosto, a partir das 22 horas na Sede da Candidatura de Manuel Maria Carrilho à Presidência da CML (Av. República, 18) decorrerá a festa de inauguração do Espaço Jovem. A festa contará, a partir da meia-noite, com a participação de Gilberto Gil (Ministro da Cultura do Brasil), que fez questão de se associar ao evento aproveitando a sua passagem por Portugal. Esperamos poder contar com a sua presença!
Vários são os sociólogos, psicólogos, analistas, psicanalistas que tentam perceber o que leva jovens de classe média, bem integrados na sociedade inglesa a cometer atentados suicidas. Jovens de segunda geração, já com estatuto adquirido dentro da sociedade, respeitados, com amigos ingleses, estudantes das melhores escolas e universidades passeiam-se por Londres carregando bombas, disseminando grandes laivos de terror pelo centro cosmopolita europeu.
Fareed Zakaria um conceituado opinion maker americano, também ele de origens asiáticas, em entrevista a Jon Stewart tentou perceber e explicar estes acontecimentos à luz de um pensamento claro. Ele advoga a necessidade de crença em algo superior, numa qualquer fé, que traga valores a este registo social desprovido deles.
De certa maneira partilho desta opinião. Os supostos despoletadores das bombas (a falta do testemunho dos suspeitos não permite a exactidão desta afirmação) estavam bem integrados na sociedade. Mas em que sociedade? Na inglesa ou na muçulmana? Esta incerteza de valores, este vazio de ligação a uma história origina o popular “ou oito ou oitenta”. Se o nosso desapego cultural é criticável, nunca o nosso fanatismo religioso o será. Assim, será fácil para engenheiros da mente ao serviço da causa muçulmana contra o diabólico Ocidente perverter as mentes destes jovens, e criar mercenários, sem direito a remuneração, mas com o prazer de dever cumprido e recompensa eterna. Crio o conceito de mercenário espiritual, porque acredito profundamente que estes jovens, se inseridos noutro contexto, mas sofrendo da mesma falta de identidade, se vergariam a qualquer outra crença, apenas com o objectivo de terem algo em que acreditar.