Circular interna

Pois é meninos Prometeu e lipemarujo, desejo-vos boa passagem d'ano [junto às margens do Douro, na Inbicta, não?!].

Eu por mim estou de malas quase quase aviadas para a ilha ! É que 20º é outra coisa! Prometo que tentarei trazer uma foto do Rei de truces!

Até para o ano!

[aL]

Citações CXLIV

Sem um sistema judicial com meios e autoridade para acabar com o regime das meias-culpas, a democracia reduz-se a um exercício colectivo de abjecção, em que todos somos suspeitos, e ninguém é condenado - uma bênção para os verdadeiros abusadores. A uma democracia, não basta que os seus cidadãos sejam honestos: é também necessário que possam parecer.

Rui Ramos, in Público [link directo indisponível] 2006/12/27

[aL]

Post em delay [23.12.2006]

Ao olhar pela janela percebi que já estava num espaço geográfico diferente. A paisagem tinha ganho maior relevo, revelo incerto e inconstante. O pinheiro bravo intrecalava-se com o eucalipto. Pequenos pedaços de terreno agrícola recortados por arbustos delimitadores da propriedade compunham o cenário.

A arqueologia industrial revelava um mundo que se quis industrializar mas não conseguiu. Ou pior, não soube.

As alfaias agrícolas abandonadas pela vergonha de uma ruralidade iminente. O solar decrépito com o seu espinheiro na eira, faz fronteira com com as casas a la maison com janelas a la fenetre.

A capela no cimo da montanha, o castelo na colina, as luzes do shopping dizem-me, cheguei...

[aL]

For no particular reason [and Merry Xmas]

[aL]

Um post directamente da cozinha

If women didn't exist, all the money in the world would have no meaning.

Aristotle Onassis

[aL]

Estado ausente. Anarquismo. Comunidade. Sociedade civil.© II

The Old Opera House still looks as magnificent and imposing as it did when it was opened by Kaiser Wilhelm I in 1880. The building was financed by wealthy Frankfurt citizens and was designed in Italian Renaissance style by Richard Lucae. Destroyed in a 1944 air raid, it was rebuilt in 1964-81 and renamed the 'Old Opera Concert and Conference Centre'.

[aL]

Bélgica, mais e ainda

Para clarificar o que se calhar não ficou claro: não me aquece nem me arrefece uma desunião entre os Belgas, até posso como alguns disseram prevê-la a médio ou longo prazo. Como disse e outros tambémo o disseram, trata-se de duas nações diferentes com línguas e culturas diferentes, logo, viverem cada um para seu lado não deve espantar ninguém. O que eu julgo é que há um dado que terá escapado a algumas análises após o tal programa ter ido para o ar e logicamente ter dado relevo a posições mais emotivas, logo um pouco mais extremas, que é a vontade dos belgas em continuarem a viver em conjunto. Esse é o dado que permite e viabiliza a Bélgica. Quando esse dado deixar de existir, aí sim, a Bélgica estará em sério risco. E claro, a situação actual que são as diferenças de justiça crescentes entre as duas comunidades aumentam esse risco, por isso eu disse que o futuro da Bélgica passa pela justiça e pela igualdade e protecção de ambas as regiões. No caso de isso não acontecer, as tensões aumentarão e o pequeno país pode desaparecer... o que, volto a repetir, não é nada de extraordinário nem de procupante se for feito com pés e cabeça. Seria tão natural a Bélgica acabar, como natural seria continuare a existir se as diferenças de tratamento forem superadas.









lipemarujo

Estado ausente. Anarquismo. Comunidade. Sociedade civil. ©

The Iron Footbridge was erected in 1868-69 by a private company of citizens as a third bridge across the Main connecting the center of Frankfurt with Sachsenhausen. The other two bridges across the Main at that time were the centuries old Alte Bruecke (Old Bridge)customs tower (Rententurm) When the bridge opened in September 1869, and a railroad bridge (today's Friedensbruecke) that was begun in 1844. The bridge was for pedestrian use only as there was no space on the Frankfurt side to build access ramps for a road bridge. The Iron Bridge was re-worked in 1911. The bridge began on the Frankfurt river bank next to the sers had to pay a toll of one Kreuzer which was applied to the construction costs of 120,000 Florins. The toll was abolished when the city took over the bridge a short time later.

[aL]

I’m home [in a world were freedom is history]

[aL]

A/c Henrique Burnay

Caro Henrique, penso que terás interpretado de forma errónea a observação que o lipemarujo fez ao facto do João Vacas não permitir comentários aos seus posts.

Penso não estar errada, se dizer que essa observação foi feita apenas como justificação para aquele post, pois se bem conheço o lipemarujo, ele comentaria directamente no post se tal lhe fosse permitido. Tratou-se tão simplesmente da constatação de um facto.

Agora, quando afirmas que «Alguém, que aceita comentários mas não se identifica» creio sentir alguma maldade nesta observação. O facto de um blogger não assinar com o seu nome próprio não lhe tira qualquer legitimidade, porque é realmente difícil neste meio que é a blogosfera, certificarmo-nos da "verdadeira" identidade dos autores de um texto.

Para mim, que de alguma forma poderei ser considerada a "administradora" do 19mesesdepois, não me incomoda absolutamente nada que os meus co-bloggers não assinem com o nome próprio (aliás, eu própria não o faço), desde que não insultem ninguém, nem levantem falsas acusações. Considero que esse é o espírito da blogosfera, um sítio as pessoas poderão ter a liberdade de escreverem o que quiserem e assumirem a identidade que pretenderem [com o óbvio respeito pela liberdade e dignidade de 3ºs].

Com os melhores cumprimentos blogosféricos,

[aL]

Um porquê verdadeiro de Portugal estar mal

A Orfeu todos os sábados recebe no aeroporto jornais e revistas da imprensa nacional, bem como os livros que encomenda às várias editoras. Acreditam que todas as semanas falta sempre qualquer coisa? Ou um pacote extraviou-se, ou um suplemento de um jornal não apareceu, etc, etc...
Acham normal que semana após semana as empresas responsáveis não consigam corrigir os erros?

lipemarujo

Ainda a Bélgica

O João Vacas no 31 da Armada escreveu um post sobre o programa que a televisão francófona na Bélgica lançou para o ar sobre uma suposta declaração unilateral de independência da Flandres. Assunto que eu brevemente descrevi aqui no blogue. Ora, como João Vacas não permite comentários aos seus artigos no 31, obriga-me a escrever um post, porque diz coisas que merecem de facto comentário.
###
João Vacas fala do "carácter artificial" do país que é a Bélgica. João Vacas esquece que todos os países são artificiais. A Bélgica é um país com duas nações, perceber este ponto é fundamental para se perceber o resto. Duas nações muito diferentes, a língua sendo o maior espelho das diferenças, que decidiram viver em conjunto. E este ponto também é muito importante, a decisão de viver em conjunto.
João Vacas descreve algumas das acusações "clichés" que ambas as regiões atiram uma à outra mas esqueceu-se de ver se têm razão ou não de ser e que implicações têm de facto na vida dos belgas. É inegável que a Flandres é mais empreendedora, mais forte economicamente, mais activa cultural e socialmente do que a Valónia. É inegável que os flamengos na maioria falam o francês e que o contrário não se verifica. Ora estes dois factores criam obviamente, juntando ainda ao estigma da História (onde os flamengos foram explorados por uma elite francófona), criam, dizia eu, tensões entre as duas regiões. E para que a coisa seja ainda mais complicada a questão de Bruxelas (que é região, como a Flandres e a Valónia, e que geograficamente está na Flandres mas que a maioria dos habitantes fala francês) reforça essas tensões.
Mas João Vacas esqueceu algo. A esmagadora maioria dos belgas quer continuar a sê-lo, não desejam a independência da sua região, a única coisa que querem é um estado belga a funcionar melhor. Nada mais que isto. Mas sabem que para isso acontecer as regiões e o papel que têm de desempenhar é fundamental.O exemplo que João Vacas dá do estudante Erasmus valão em Coimbra que diz ter de falar inglês com um seu compatriota flamengo, é de facto elucidativo. Mas aposto que isso só acontece porque o valão não fala flamengo, e claro que por isso o flamengo que até fala francês não cede. É uma questão de justiça cultural, esse é o desafio da Bélgica para o seu futuro e foi isso que o programa da RTBF teve a coragem de trazer à luz.

ps- e não tenhamos ilusões, a Bélgica é um pequeno exemplo, o nosso vizinho é um exemplo bem maior e bem mais delicado. Mas há poucos anos a Europa assistiu a um processo positivo e pacífico de uma desunião com a antiga Checoslováquia.

lipemarujo

O João Vacas no 31 da Armada escreveu um post sobre o programa que a televisão francófona na Bélgica lançou para o ar sobre uma suposta declaração unilateral de independência da Flandres. Assunto que eu brevemente descrevi aqui no blogue. Ora, como João Vacas não permite comentários aos seus artigos no 31, obriga-me a escrever um post, porque diz coisas que merecem de facto comentário.

(continuar a ler "Ainda a Bélgica")
João Vacas fala do "carácter artificial" do país que é a Bélgica. João Vacas esquece que todos os países são artificiais. A Bélgica é um país com duas nações, perceber este ponto é fundamental para se perceber o resto. Duas nações muito diferentes, a língua sendo o maior espelho das diferenças, que decidiram viver em conjunto. E este ponto também é muito importante, a decisão de viver em conjunto.
João Vacas descreve algumas das acusações "clichés" que ambas as regiões atiram uma à outra mas esqueceu-se de ver se têm razão ou não de ser e que implicações têm de facto na vida dos belgas. É inegável que a Flandres é mais empreendedora, mais forte economicamente, mais activa cultural e socialmente do que a Valónia. É inegável que os flamengos na maioria falam o francês e que o contrário não se verifica. Ora estes dois factores criam obviamente, juntando ainda ao estigma da História (onde os flamengos foram explorados por uma elite francófona), criam, dizia eu, tensões entre as duas regiões. E para que a coisa seja ainda mais complicada a questão de Bruxelas (que é região, como a Flandres e a Valónia, e que geograficamente está na Flandres mas que a maioria dos habitantes fala francês) reforça essas tensões.
Mas João Vacas esqueceu algo. A esmagadora maioria dos belgas quer continuar a sê-lo, não desejam a independência da sua região, a única coisa que querem é um estado belga a funcionar melhor. Nada mais que isto. Mas sabem que para isso acontecer as regiões e o papel que têm de desempenhar é fundamental.O exemplo que João Vacas dá do estudante Erasmus valão em Coimbra que diz ter de falar inglês com um seu compatriota flamengo, é de facto elucidativo. Mas aposto que isso só acontece porque o valão não fala flamengo, e claro que por isso o flamengo que até fala francês não cede. É uma questão de justiça cultural, esse é o desafio da Bélgica para o seu futuro e foi isso que o programa da RTBF teve a coragem de trazer à luz.

ps- e não tenhamos ilusões, a Bélgica é um pequeno exemplo, o nosso vizinho é um exemplo bem maior e bem mais delicado. Mas há poucos anos a Europa assistiu a um processo positivo e pacífico de uma desunião com a antiga Checoslováquia.

lipemarujo
(ver menos)

Capinha...zinha... inha

Claro que há quem não veja mal nenhum nisto, que pense que quem ache mal a isto só pode ser suspeito por afinidades clubísticas, mas isto é uma vergonhosa capa de revista. A bater no fundo...

lipemarujo

Feliz Hannukah a todos!

(Prometeu)

A bela Finlândia

Alguém me consegue esclarecer se isto pode ser considerada propaganda em plena televisão pública? É que ainda na Quarta-Feira, a alta autoridade para a comunicação social dizia, segundo o Público, que a redacção da RTP era a mais independente do país.

(Prometeu)

Citações CXLIII

Eu gostava de perceber a defesa póstuma de Pinochet que li aqui e ali em certos blogues de direita.
Eu gostava de perceber tanta generosidade e mansidão com uma das personalidades cujo regime torturou e matou pessoas. Dizem que é uma defesa política. Dizem que havia Allende, que Pinochet adoptou políticas liberais, que devemos ser objectivos. A ignomía faz-se sempre passar por objectividade. Mas, como dizia o Economist em comentário exemplar, não pode haver "ses" e "mas" com Pinochet. Foi um autocrata execrável. E quanto ao seu pretenso "liberalismo", à sua adesão a Milton Friedman, não têm nenhum significado. As liberdades políticas são prévias às liberdades económicas. Isto é simples. não devia ser preciso explicar.
[bold meu]

Pedro Lomba, in DN 2006/12/16 [link directo não disponível]

[aL]

Capinhas

Como previsto aqui estão elas, as Capinhas do dia a nível desportivo. Se calhar na inauguração desta rubrica eu não fui muito claro. Estas Capinhas são exemplo de mau jornalismo embrenhado em facciosismo clubístico. O que não seria importante se não se tratassem de diários que se autoproclamam como independentes e nacionais.

É evidente que nesta rubrica aparecerão muitas vezes jornais desportivos, pois a práctica é corrente e passa em claro, mas outros exemplos existem noutros ramos do jornalismo e em breve também encontrarei exemplos de Capinhas nesses ramos.

O jornal O Jogo cuja a capa ainda não apareceu aqui não me merece mais simpatia que os outros, eles apenas se escondem numa cobardia formal que é a de ter uma capa diferente para o Norte e para o Sul do país. No fundo disfarçam as Capinhas de supostas Capas.

lipemarujo

Um post directamente da cozinha

Woman begins by resisting a man's advances and ends by blocking his retreat.

Oscar Wilde

[aL]

Prevendo Capinhas

Hoje é o sorteio para os 1/8 de final da Liga dos Campeões onde está o FC Porto e para os 1/16 de final para a Taça UEFA onde estão o Benfica e o Sp. Braga.

Estou curioso com os destaques das capas dos diários desportivos amanhã. Prevejo mais Capinhas.

lipemarujo

O fim da Bélgica

Ontem à noite, na RTBF (o site esteve saturado o dia todo), canal público belga e francófono a emissão é interrompida e uma emissão especial vai para o ar. O jornalista, o pivot que todos conhecem diz: "Minhas senhoras e meus senhores, a hora é grave. A Flandres acabou de proclamar unilateralmente a independência". E durante 40 minutos imagens de cidades flamengas a festejar, de pessoas a reunirem-se em frente ao Palácio do Rei em Bruxelas preocupadas, frases de políticos a confirmar tudo aquilo. Após 40 minutos os espectadores ficam a saber que se trata de um documentário fictício ao bom estilo de Orson Welles com a Guerra dos Mundos.

O choque foi total, os jornais belgas hoje não falaram de outra coisa. As pessoas nos transportes públicos comentavam, num misto de indignação e alívio. A classe política também ela apanhada de surpresa vacila entre a estupefacção e a revolta contra o canal televisivo.

Eu acho o gesto de uma grande coragem, o tema mais importante para o futuro deste pequeno país está agora sim abertamente em cima da mesa.

lipemarujo

Pedido

Cheira-me que este mísero blogue está a ter problemas a carregar no Mozilla Firefox. Pede-se a quem tiver este problema que informe a gerência. Pode ser que seja só problema do meu pc.

(Prometeu)

Snow

Numa conversa sobre o início dos anos 90 veio isto à conversa, quem se recorda?


lipemarujo

Minimal e Repetitiva

Correndo o risco de me tornar repetitiva e minimal, quero apenas dar destaque a esta boa prosa do Professor Doutor Rui Albuquerque

[aL]

Parábola do novo template (actualizado)

Estacionámos o nosso novo 19 cinzento metalizado ali à esquerda (nada de interpretações políticas) reluzente na noite como pano de fundo. Pintámos de um vermelho sanguinário o título porque isto da blogosfera está a tornar-se um bairro perigoso. Mas não há nada como combater o perigo "rendilhando" em vez de "postando" numa eterna tarde de chás e bolinhos.

Continuamos um blogue socialmente consciente e emocionalmente irresponsável.

lipemarujo

Beautiful Covers [actualizado]

[aL]

Novo Template [agradecimentos]

Ao AA pela disponibilidade e rapidez com que foi resolvendo os problemas que eu lhe ia colocando, ao Prometeu que numa tarde tomou o comando e esboçou este template.

Sem a vossa ajuda, meus queridos, não teria hoje esta nova fatiota para apresentar

[aL]

Capinhas

JPP no Abrupto tem as Grandes Capas, inauguro aqui no 19 meses depois, as "Capinhas".

O FC Porto jogou na segunda-feira e ganhou 2-1, estas são duas capas de jornais desportivos nacionais do dia a seguir (a qualidade de imagem é proporcional há qualidade dos ditos diários).

lipemarujo

Blogger Post of Records

Se não estou em erro (não me pagam horas extra para andar a verificar estas coisas), este poster (que julgava inócuo) bateu os recordes deste blogue no que diz respeito aos comentários. Fico à espera que morra um qualquer outro ditador da América do Sul para ver se os nossos leitores e nós nos conseguimos superar.

(Prometeu)

Um post altamente recomendável

Foi com uma tristeza imensa, só comparável à que sentiu a Baronesa Thatcher, que tive conhecimento da morte imprevista do Senhor General Augusto Pinochet.

Assim começa o post do Rui no Blasfémias, de leitura imperdível.

[aL]

Não venham com coisas por favor (salvo seja)

Um post daqueles em que só posso dizer "faço minhas as suas palavras" caro Pedro Marques Lopes no 31 da armada, "acerta em toda a linha".

E na caixa de comentários lá do sítio, volta o raio da dicotomia. Já me disseram que estou a ser chato com esta história da dicotomia, mas isto de ser chato tem o outro lado que é: chatos são vocês (salvo seja) que marram na mesma tecla.

Em 30 anos de poder local democrático, como diz e muito bem o PML, o resultado é desastroso, e isto com políticos dita de esquerda e ditos de direita. Quanto às excepções elas existem não por serem mais à esquerda ou mais à direita caros amigos, elas existem por serem obra de certas pessoas, que tanto são enfiadas por vós (salvo seja) na esquerda como na direita.

lipemarujo

Leituras à esquerda 2

A sequência de informações dada por este poster leva-me a acreditar que todos os liberais que que partilhem das teorias de Friedman têm uma "ferocidade sanguinária". Acho que vou ter pesadelos hoje à noite.

(Prometeu)

Arrasa (actualizado)

não resisti em colocar a imagem

São tempos difíceis para alguém que tenta mostrar a evidência que esquerda e direita já não fazem sentido, Prometeu não ajuda à missa com esta nova temática de leitura e sobretudo esta capa da Visão que arrasa com os meus argumentos.
Como gosto de ser irónico. Obrigado queridíssima Primeira Dama, deu para me mandar ao ar.

lipemarujo

Leituras à esquerda 1

Alguém que me explique como é que um gajo que é um ditador pode ser considerado um (neo)liberal.

(Prometeu)

Objectivo: 150mil novos empregos

Há uns meses atrás foi publicado com o Expresso (se não estou em erro...) o Guia da Administração do Estado. Este guia é um caderno em formato A4 com cerca de 125 págs. contendo os contactos da Administração do Estado. Não sei se estarão lá todos, mas creio que ninguém saberá ao certo o tamanho do Estado.

Hoje de manhã, ao ler as notícias, deparo-me com esta informação: Governo cria empresa para gerir função pública. Há coisas que ainda me espantam.

[aL]

Oportunidade

Ao conceder um funeral militar a Pinochet, o Exército do Chile para além de ter o seu passado já sujo, mancha também o seu próprio futuro. Uma ditadura pode ter um único rosto mas tem sobretudo muitos braços. É fácil falarmos de longe eu sei, e muitas vezes não faltam deste lado do Atlântico pessoas mais papistas do que o Papa, ou neste caso mais vítimas que as vítimas reais, mas o Exército tinha aqui (e ainda tem, vamos esperar pelo funeral) uma oportunidade de ouro para enterrar parte de um passado horrendo e aproximar-se do mundo civil chileno. Bastava serem sóbrios na realização do funeral, fazerem o mínimo discretamente e darem um sinal claro de pretenderem ser uma instituição ao serviço da democracia chilena.

lipemarujo

Divas [aLgumas]

[aL]

Uma diva para um chavalo como eu

(Prometeu)

Sobre a morte de Pinochet

Eu não diria melhor. Um homem que não faz falta, de Henrique Burnay no 31 da Armada

[aL]

Citações CXLII

[...] easily people still confuse the wealth that comes by way of conquest with wealth that was achivied. French royalty, for example, [...] became wealthy and spent enormous sums on luxuries not in the consequences of hard work, diligence, or even simple good luck but because millions of others were kept in servitude and had their labors taken from them. Unlike, say, a Bill Gates [...], as well as many, many others who have earned and kept earning their wealth though inovation, wheeling and dealing, or other honest means [...]

Getting wealthy honestly is, [...] relatively new. It may take a while before we will all consider it as clean and treat poverty as filthy - since very few of the poor will have any excuse for being poor any longer.

Tibor R. Machan, in Liberalism for and against

[aL]

Há coisas assim

Coisas boas nos chegam por bons amigos. Um obrigado ao grande João Amado.

lipemarujo

Um post directamente da cozinha

If I let you change me, will that do it? If I do what you tell me, will you love me? [...] All right. All right then, I'll do it. I don't care anymore about me.

Judy Barton [Kim Novak], in Vertigo [1958]

[aL]

Ontem foste tu, amanhã não serei eu

Chamuscados nas labaredas da informação, de Nuno Azinheira no DN de hoje.

[aL]

Sobre Cultura [de iniciativa privada]

Hoje no suplemento do DN e JN o Notícias Sábado, foi publicada uma reportagem sobre a Livraria Orfeu. Livraria essa, propriedade da família lipemarujo, onde - nas palavras da eurodeputada Ilda Figueiredo - "Fazem-se exposições, debates, é um autêntico minicentro cultural em Bruxelas que preenche um vazio que as organizações governamentais deixam".

[aL]

If this did’t exist, would you be poorer?

[aL]

Duvida existencial do dia

Quantas vidas não pôde Camões salvar para que hoje pudéssemos ler Os Lusíadas?

[aL]

Datas

Há 65 anos foi isto:
e há 60 anos e 19 meses a Alemanha Nazi capitulou.

lipemarujo

Inquérito

Parece-me a mim que ultimamente, de certeza porque eu comecei a falar na inexistência da dicotomia esquerda-direita, essa numenclatura se multiplou nas bocas dos blogues como os coelhos aquando da descoberta da Madeira. Por isso, e porque o Natal aproxima-se (vá se lá encontrar nexo nisto) lanço um inquérito em forma de post.
Sim é a brincar porque só assim consigo entender estas coisas.

O pai Natal, a esquerda e a direita existem?
	Sim
	Nao
	So o Pai Natal
	So a Esquerda
	So a Direita
	De vez em quando
pollcode.com free polls

lipemarujo

Citações CXLI

A pouco e pouco, passo por passo, e enquanto discutimos se o crescimento económico será de 1.2% ou 1.4%, Portugal deixa de ser um Estado de Direito e caminha para um Estado sem segurança jurídica.

LA-C, in A Destreza das Dúvidas 2006-12-06

[aL]

Leituras recomendadas

Prometeu, após esse teu apelo esquerdino, aqui estão algumas recomendações. Boas leituras!

[aL]

Apeteceu-me II

A partir de hoje e por um período de duração imprevista só irei ler blogues de esquerda. Aceitam-se sugestões na caixa de comentários.

(Prometeu)

Um Trio transforma-se inevitavelmente num Dueto, e há Duetos que terminam tragicamente em Solos

este não é um título muito grande, pois não?

[aL]

hoje temos Vertigo no canal memória 22h...

[aL]

Confundi-me

Comentei este post no 31, e depois vi que aa também deixou um comentário. Ingenuamente pensei que aa se referia às minhas palavras, mas ao reparar agora, peço desculpa se a mudança já tem algum tempo, que n' A Arte da Fuga, a blogueira está separada entre "Fugas de Direita e Fugas Liberais", "Fugas de Esquerda" e "Artes & Fugas" (entre outras categorias mas estas são as que interessam para o caso), vejo que aa se referia ao post e não ao meu comentário.

Hesitei entre "confundiram-me" e "confundi-me" para o título deste post mas cheguei à conclusão que era feio culpar os outros, fiquei-me pela mea culpa.

Não deixo no entanto de agradecer, no que me toca, o facto dos "fugitivos" terem colocado o 19 meses depois na categoria das "Artes & Fugas".

lipemarujo

Neste blogue (link)

o autor faz uma destas duas coisas...

lipemarujo

Durão esteve bem hoje

Estive numa conferência organizada pela Comissão Europeia sobre o próximo programa para a Cultura da instituição.
Durão Barroso esteve presente da parte da tarde. Discursou e respondeu a algumas perguntas. E para que se saiba esteve muitíssimo bem.
É o primeiro Presidente da CE a dar à dimensão cultural do projecto europeu uma visibilidade e uma importância de grande relevo. E é curioso que ao escrever estas linhas sinto já em muitos leitores (supondo eu que os haja) um medo e um cepticismo enorme em relação ao facto da CE se imiscuir na "Cultura". Seria bom eu explicar bem em que medida a CE vê o seu papel nessa questão, mas não o farei para já. talvez mais tarde num outro post.

###
Durão, de quem não sou especial admirador, impressionou-me pela positiva. No seu percurso político tem um episódio que me deixa triste, a cimeira dos Açores que precede a Guerra no Iraque e tem outro que considero ter sido a mais difícil escolha que um político teve de fazer em Portugal, aquando do convite para ser Presidente da CE. Se por um lado era de facto um convite irrecusável (em caso de não, Portugal não teria nas próximas décadas um Presidente na CE) por outro lado deixava o país entregue a Santana Lopes. Optou pelo cargo e fez bem, porque, e quero acreditar que foi essa a razão, Durão sabia que para além de Sampaio redobrar a atenção, o povo rapidamente poria os pontos nos iis nas eleições seguintes. Assim foi.
Mas regressando à intervenção a que assisti hoje, Durão Barroso foi claro na questão da liberdade de expressão e da liberdade artística, recusou qualquer recuo nessas liberdades por questões de um qualquer "respeito" abstracto, e deu como exemplos os casos das caricaturas e da ópera de Berlim. Foi claro na opinião que tem sobre os efeitos que a lei do mercado pode ter no sector cultural, não teve medo em afirmar que esses efeitos podem ser nocivos quanto à qualidade dos "produtos" culturais serem apenas baseados nessas leis, não teve pejo em dizer que cabe aos Estados e às elites grande parte da responsabilidade em minimizar esses efeitos nocivos.
Foi uma intervenção sem tabus, transparente e unanimemente considerada como pioneira da parte de um Presidente da Comissão ao colocar a Cultura como um dos factores centrais e fulcrais para o futuro do projecto europeu.
É bom também publicitar as coias boas, seria, e é, muito fácil apenas apontar defeitos. Neste caso concreto como em muitos noutros os nossos políticos também acertam.

lipemarujo

Estive numa conferência organizada pela Comissão Europeia sobre o próximo programa para a Cultura da instituição.
Durão Barroso esteve presente da parte da tarde. Discursou e respondeu a algumas perguntas. E para que se saiba esteve muitíssimo bem.
É o primeiro Presidente da CE a dar à dimensão cultural do projecto europeu uma visibilidade e uma importância de grande relevo. E é curioso que ao escrever estas linhas sinto já em muitos leitores (supondo eu que os haja) um medo e um cepticismo enorme em relação ao facto da CE se imiscuir na "Cultura". Seria bom eu explicar bem em que medida a CE vê o seu papel nessa questão, mas não o farei para já. talvez mais tarde num outro post.

(continuar a ler "Durão esteve bem hoje")
Durão, de quem não sou especial admirador, impressionou-me pela positiva. No seu percurso político tem um episódio que me deixa triste, a cimeira dos Açores que precede a Guerra no Iraque e tem outro que considero ter sido a mais difícil escolha que um político teve de fazer em Portugal, aquando do convite para ser Presidente da CE. Se por um lado era de facto um convite irrecusável (em caso de não, Portugal não teria nas próximas décadas um Presidente na CE) por outro lado deixava o país entregue a Santana Lopes. Optou pelo cargo e fez bem, porque, e quero acreditar que foi essa a razão, Durão sabia que para além de Sampaio redobrar a atenção, o povo rapidamente poria os pontos nos iis nas eleições seguintes. Assim foi.
Mas regressando à intervenção a que assisti hoje, Durão Barroso foi claro na questão da liberdade de expressão e da liberdade artística, recusou qualquer recuo nessas liberdades por questões de um qualquer "respeito" abstracto, e deu como exemplos os casos das caricaturas e da ópera de Berlim. Foi claro na opinião que tem sobre os efeitos que a lei do mercado pode ter no sector cultural, não teve medo em afirmar que esses efeitos podem ser nocivos quanto à qualidade dos "produtos" culturais serem apenas baseados nessas leis, não teve pejo em dizer que cabe aos Estados e às elites grande parte da responsabilidade em minimizar esses efeitos nocivos.
Foi uma intervenção sem tabus, transparente e unanimemente considerada como pioneira da parte de um Presidente da Comissão ao colocar a Cultura como um dos factores centrais e fulcrais para o futuro do projecto europeu.
É bom também publicitar as coias boas, seria, e é, muito fácil apenas apontar defeitos. Neste caso concreto como em muitos noutros os nossos políticos também acertam.

lipemarujo
(ver menos)

Revelando o deserto através de um oásis (ou revelando a falta de iniciativas culturais face ao exemplo da Orfeu)

No último Domingo, Elisa Ferreira publicou este artigo no JN. Deixo aqui um excerto que, percebendo-se de imediato porquê, me sastisfez particularmente.
No entanto, o teor do artigo é mais abrangente e vale a pena lê-lo com atenção pois denuncia a apatia crescente a nível cultural em Portugal. A falta de iniciativas culturais simples mas ricas, a falta de envolvimento cívico em questões tão vastas como as artes ou o debate de ideias político supra e a-partidários. Vivemos cada vez mais para dentro, cada vez mais ignorantes portanto, pois só o encontro entre pessoas diferentes e a partilha de ideias diversas pode melhorar o conhecimento e encontrar medidas concretas do aperfeiçoamento individual e colectivo.
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"Num fim de tarde invernoso de um dia de trabalho normal, as duas pequenas salas da livraria Orfeu encheram-se de compatriotas. A livraria é um ponto de encontro da comunidade portuguesa, fruto da dedicação e "carolice" de um nortenho - Joaquim Pinto da Silva - cuja iniciativa, apoiada numa estrutura de apoio familiar, leva a cabo um programa intenso de divulgação de arte e literatura nacionais em terras belgas, para além da venda de jornais e de livros e discos portugueses seleccionados. Já por lá passaram, enchendo as mesmas salas, figuras como José Saramago ou o cientista Manuel Paiva; tratava-se, desta vez, da apresentação do mais recente livro do deputado Miguel Portas, eleito pelo Bloco de Esquerda, um testemunho pessoal sobre o recente conflito no Líbano e a situação no Médio Oriente. A apresentação coube à deputada socialista Ana Gomes que, com a vivacidade que lhe é própria e enorme elegância, teceu grandes elogios ao texto sem deixar de apontar os pontos em que diverge da interpretação do autor; e não o faz em questões menores pois que tem leituras muito distintas sobre o papel da Síria e de Israel ou sobre a caracterização do Hezbollah, justificando-as claramente com base em conhecimentos acumulados e experiências vividas. Na sua intervenção, Miguel Portas agradeceu à apresentadora e manifestou apreço pelo seu trabalho e atributos pessoais, mas quis também incluir uma alusão especial à presença de Vasco Graça Moura (PSD), segundo ele "provavelmente a pessoa no Parlamento Europeu com quem mais divergências tenho neste tipo de temas". Seguiu-se um rico e estimulante momento de troca de ideias e pontos de vista."

lipemarujo

Ainda Barcelona

em Barcelona

[aL]

De Barcelona [no feminino]

Na realidade eu andava à procura de uma viagem para Madrid, mas encontrei um voo fabuloso e irresistível para Barcelona. E lá tive eu que o comprar. O voo era [naturalmente] numa low cost, mas não houve nenhum atraso, que é a imagem de marca de algumas companhias aéreas.

À parte disso, estava eu na La Pedrera, a tentar fazer um selfish portrait artístico com a Sagrada Família ao fundo, quando sou interpelada por uma portuguesa que me conhece de Lisboa. Eu francamente nunca a tinha visto [ainda suspeitei que tivessemos partilhado o mesmo avião, mas não...], mas pelos vistos costumamos usar os mesmo transportes públicos. Enfim, uma pessoa já não pode ir para a outra ponta da Península, sem se cruzar com uma boa dúzia de portugueses - foi o que me aconteceu.

Entretanto, enviei um lindo postal ao qual me esqueci de inserir o destinatário. Mas quem é que me manda escrever postais durante uma ceia regada por um vinho catalão.

[aL]

Um post directamente da cozinha

A half-starved Highland woman frequently bears more than twenty children, while a pampered fine lady is often incapable of bearing any, and is generally exhausted by two or three. Barrenness, so frequent among women of fashion, is very rare among those of inferior station. Luxury, in the fair sex, while it inflames, perhaps, the passion for enjoyment, seems always to weaken, and frequently to destroy altogether, the powers of generation.

The Wealth of the Nations, Adam Smith [1776]

[aL]

Incompetências técnicas [no feminino]

Estou há mais de 2 horas a tentar perceber como se liga o esquentador. No entanto recuso-me a fazer o desesperado telefonema de SOS. Mas se calhar o que eu estou a precisar mesmo é de um banho de água fria.

[aL]

Sobre o Aborto [ou porque eu leio regularmente o Vento Sueste]

Quero apenas subscrever esta posição do Miguel Madeira:

«se uma mulher (antes do embrião ter actividade cerebral), pesando os prós e contras de ter um filho nessa fase da sua vida, com os prós e contras de fazer um aborto (incluindo os "contras" morais que ela possa ter), chega à conclusão que é melhor abortar (ou não), quem sou eu para me pôr a dar palpites sobre o que ela deve ou não fazer?»
[bold meu]

e no que me diz respeito, dou por encerrada esta questão.

[aL]

Post card from Barcelona

Pois é Miss Pearls, vai uma pessoa a Barcelona apreciar a iluminação de Natal e nada... às 10.30pm a iluminação Natalícia das Ramblas já estava desligada, una desilució...

Felizmente para os lados da Catanulya não se comemora o nosso 1 de Dezembro, e pude fotografar o belíssimo salão nobre da Câmara Municipal de Barcelona... aqui estão uns pormenores do exterior

[aL]

Tudo bem

Afinal já lhe perdoaram tudo... deram-lhe a extrema unção, está tudo bem então...

lipemarujo

Em coma

Anunciei para Dezembro o fim do Penadentro... mais um fim dos muitos que tinha anunciado (e realizado de facto, relembro que o blogue estava desactivado), aquele que supostamente seria irremediáve. Mas ainda o deixo ligado às máquinas num estado de coma ainda mais profundo. Perdeu a capacidade do Actualidades e do Prazeres, resta-lhe o rosto e o nome, ambos vazios e ausentes. Mas teve uma vida plena. As tatuagens que restam remetam para onde me posso encontrar para além do Penadentro, sítios para onde cresci, para onde reencarnei.

Mais uma vez, um abraço ao GomesMonteiro.

Suponho (como é engraçado usar este verbo virando-o para nós mesmos) que no início de 2007, até o rosto e o nome sejam enfim totalmente libertos, desligando-o das máquinas e que o blogue possa ser silêncio de novo.

Resultado de manipulação infantil?

lipemarujo

Dia 1

lipemarujo