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quarta-feira, janeiro 31, 2007

Humores

Na caixa de comentários do post de PPM no 31, discute-se algo interessante (há lixo colateral mas é o preço a pagar duma caixa de comentários aberta a todos).
Como disse antes, a posição de PPM parece-me um grande equivocada. Henrique Burnay na tal caixa de comentários coloca a questão de uma forma bem mais pertinente embora eu não concorde totalmente e a ela já lá irei.
Talvez tenha lido mal PPM mas isso de um humorista ter de ser "democraticamente plural" custa-me a entender.
Criticar os Gato Fedorento pela qualidade do seu humor ou até mesmo pelas suas posições políticas é legítimo mas criticá-los por não fazerem humor sobre o "outro lado" já não acho aceitável. Um humorista ou artista tem o direito de se exprimir sobre o que bem entende e tem também o direito de não se exprimir sobre o muito bem etende.
HB aponta a sua crítica para um outro factor que é o facto da RTP ser um canal público. Aí sim a coisa tem mais que se lhe diga. Mas HB diz também que "Há um dever de não usar um espaço de humor para promoção de uma causa política", aí já não estou de acordo. Porque não? O espaço que deram aos Gato Fedorento é um espaço artístico onde eles têm toda a liberdade como artistas de se exprimirem como bem entendem, e se decidem com a sua arte ter uma intervenção política estão na minha opinião no seu direito.
Agora, HB alerta e aí estamos de acordo, para o papel de um canal público. Só que a responsabilidade da programação da RTP não está nas mãos dos Gato Fedorento nem da Contra Informação, não são eles que têm de moldar as suas expressões artísticas a todas as posições democráticas possíveis.
Para ser o mais claro possível, julgo perfeitamente legítimo alguém criticar os Gato pela suas posições políticas (como faz HB), acho legítimo criticá-los como humoristas (se têm ou não piada em determinado trabalho que fazem), mas acho ilegítimo criticá-los por eles não "fazerem humor" ao outro lado (como diz PPM), apesar de também HB ter dito e bem, não faltar material. Aliás, material para satirizar e fazer humor é coisa que não falta mesmo.

lipemarujo

terça-feira, janeiro 30, 2007

Que grande equívoco

Será a sério este post do Paulo Pinto Mascarenhas no 31? Os Gato Fedorento têm algum dever de pluralismo político? Algum artista o tem?

lipemarujo

Circular interna

Ao contrário do que alguns possam pensar, eu não sou centralizadora de decisões, por isso mesmo e durante algum tempo vou deixar esta coisa dos tags ser criada livre e espontaneamente pelos escribas aqui do sítio. E esta vontade de deixar que as coisas sejam organizadas segundo o critério individual de cada um de nós, não é bagunça, pois de certeza que se há-de uniformizar naturalmente.

Nunca é demais relembrar que [demasiada] lei e ordem [e poder] é um passo para a tirania.

p.s. Prometheus, muda o teu log in, que está a dar confusão com o meu log in! cria um gmail!

[aL]

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Stupid things happen to stupid people

Hoje já tropecei umas 6 vezes... felizmente não fui parar com a cara no chão [ainda...]

[aL]

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Almoço

Hoje, em vez do "tradicional" almoço
(continuar a ler "Almoço")

O que nos salva

Caro Rodrigo,

o que nos salva do doce sabor da decadência é o seu auto-retrato. De facto eu não tinha percebido que afinal o "ò meu amigo" não estava a preparar a derrota, está já no "seja o que Deus (o lá de cima não o Rodrigo) quiser". E estar a pensar dessa forma só confirma que o que lhe interessa é o resultado apenas para saber de que lado fica e como poderá preparar as "bocas" a seguir.
Mas não se preocupe (eu sei que não é de se preocupar), há muitos por aí a pensar igual.

ps- eu sou mais pelos All Balcks.

lipemarujo

No Le Monde

Num poste de iluminação em Bruxelas


lipemarujo

Deve ser mesmo feitio

Pela amostra (embora seja sempre injusto julgar apenas por uma amostra, mas a Atlântico ainda não chegou a Bruxelas), deve ser mesmo feitio e não defeito do Rodrigo. E eu, que até fui avisado para ter cuidado com a fúria de Deus, ouso dizer que é mesmo feitio e não defeito. Se calhar ainda me transformam em estátua de sal.

lipemarujo

Em destaque

[aL]

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domingo, janeiro 28, 2007

Um post directamente da cozinha

An American girl scarcely ever displays that virginal bloom in the midst of young desires, or that innocent and ingenuous grace which usually attends the European woman in the transition from girlhood to youth. It is rarely that an American woman at any age displays childish timidity or ignorance.

Like the young women of Europe, she seeks to please, but she knows precisely the cost of pleasing. If she does not abandon herself to evil, at least she knows that it exists; and she is remarkable rather for purity of manners than for chastity of mind.

Alexis Tocqueville, Democracy in America

[aL]

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Afinal ainda não fui censurado

Bem, parece que isto já está resolvido. Lá fui obrigado a ceder e a aceitar o blogger novo. Vou continuar a hibernar e a alimentar o vício do Lost.

Até já

(Promessa)

Novo Blogger?

Isto do novo Blogger é muito bonito, muito lindo, mas já vejo um problema que me está a dar cabo da cabeça: na barra lateral, tudo o que tem acento ou cedilha aparece defeituoso! O link dos comentários também. O Prometeu também desapareceu da barra lateral. Começamos mal.

lipemarujo

Atlântico, a Festa

Pois é Paulo, a festa estava mesmo muito agradável, obrigada. Parabéns aos Senhores dos pratos!
E é sempre um prazer rever a Miss Pearls.
Começo é a recear pela integridade física do Henrique Raposo, que com tantos fãs histéricos e críticos ferozes nunca se sabe o que pode acontecer. Ora, até pode acabar numa festa no Finalmente!

[aL]

E agora?

Partilho com o maradona a admiração por este senhor,

mas para além de Federer ter como adversário a "história e os recordes a bater", tem também esta superfície para domar. No último ano os progressos foram imensos mas ainda assim esta areia barrenta não lhe permite dominar como domina nas outras superfícies. Vamos a ver...

lipemarujo

Feitio

Na questão do aborto e do referendo que aí vem há quem pense nisto levianamente e com um sarcasmo desprezível. A única coisa que interessa é o resultado e não o assunto em si, o importante é estar no lado dos vencedores, e se por acaso não se ganhar, ao menos vai-se preparando a derrota com ironia e arrogância.
Mas se se olhar para outras posições dessas pessoas noutras questões, vê-se que é mesmo feitio em vez de um esporádico defeito.
ps- como este há mais, foi só um exemplo.

lipemarujo

sábado, janeiro 27, 2007

Henri

L’Abbé Pierre, de seu nome de nascença Henri Grouès, nasceu em 1912 e faleceu esta semana com 94 anos de idade.
Aos 17 anos entra na ordem dos Franciscanos como Irmão Filipe, ingressando uns anos mais tarde nos Capuchinhos, oferecendo a sua herança familiar a obras de caridade.

(continuar a ler "Henri")

sexta-feira, janeiro 26, 2007

Argumento Sim

Pedro Arroja tem razão em considerar que alguns argumentos racionais do Sim serem dados com uma certa leveza. Aliás nisto do aborto os argumentos têm muitos deles sido dados com certa leveza. Mas o texto de Pedro Arroja é dos mais fortes argumentos para se votar sim. Se como ele diz a relação mãe/filho(a) é a mais forte de todas as relações humanas, cabe unica e exclusivamente à mãe a decisão de levar para diante uma gravidez ou não. Se o amor de uma mãe é o sentimento mais altruísta que existe, ele é tambémo único que poderá ter "razões" para pensar que "sacrificar" é a escolha mais acertada.

lipemarujo

quinta-feira, janeiro 25, 2007

Porque um Bom dia é quando uma mulher quiser!


[aL]

Quinta-feira com...

... é o título duma nova rubrica semanal que vou manter aqui no 19 meses. Inserida no grande plano secreto de desaLaidização. Todas as quintas portanto uma fotografia será publicada.
Hoje... lipemarujo

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Nem com o aborto

Nem no tema do aborto se deixa de lado o que não existe: esquerda-direita. Muitos ainda não perceberam a figurinha que fazem. É que falar do que não existe é ridículo.

lipemarujo

Obrigado Pedro

"Percebo, isso bem, que quem está durante muito tempo num partido – passando os vários escalões que, pelos vistos, vão de estagiário a feiticeiro – possa começar a pensar que a politica passa apenas pela lógica partidária e tenha dificuldade em perceber que as pessoas possam ter convicções fora desta lógica."

Pedro Marques Lopes no 31 da armada

lipemarujo

quarta-feira, janeiro 24, 2007

Leituras sobre a esquerda

Um belo raciocínio do João Miranda.

(Prometes)

Citações CXLVIII

A actual lei é ineficaz, com todos os contornos da “Lei seca”: uma lei que ninguém cumpre, que ninguém quer ver cumprida, que faz florescer a clandestinidade, dando azo às desigualdades e aos abusos que conhecemos. É aceitável um estado de direito manter uma lei que ninguém cumpre e que ninguém quer ver aplicada?

Tiago Mendes, in Diário Económico 2007/01/24

[aL]

Um post directamente da cozinha

No free communities ever existed without morals; and, as I observed in the former part of this work, morals are the work of woman. Consequently, whatever affects the condition of women, their habits and their opinions, has great political importance in my eyes. Amongst almost all Protestant nations young women are far more the mistresses of their own actions than they are in Catholic countries.

Alexis Tocqueville, Democracy in America

[aL]

terça-feira, janeiro 23, 2007

Conjugações

Para o meu amigo (Prometeu) esta conjugação de pontos de vista, ele que se anda a conjugar nos últimos posts e que adorava dar um globo de ouro a esta senhora.

lipemarujo

Diferenças

Em conversa sobre o post do abbé Pierre disse-me um amigo: "Aquilo era boca para os barulhentos do Pinochet não era?". Respondi que sim, que era boca para os barulhentos do Pinochet. Depois tentei explicar-lhe que era boca também para os barulhentos do Fidel quando ele bater a bota. Mas que também era boca para os silenciosos do Chavez e do Irão. Para os histéricos da Bolívia, para os seguidores do Mesquita Machado (e afins). Que era boca para os que se espumam raivosos e se regozijam com aquela mesquinhez dos maldosos.
Mas depois também lhe disse que a boca era o que era e não mais que isso, que o importante era notar que quando Pinochet morreu encheu capas de jornais dias a fio, e que hoje alguns títulos menores são sobre o abade Pedro. Dirão alguns que o impacto de um não foi tão grande como o de outro. E têm razão, eu pergunto-me é porquê? Se um afectou milhares de pessoas, o outro ajudou outros milhares. Se um apesar do mal, acabou por ser ultrapassado e ter falecido senil, o outro deixou um exemplo de luta pelos que não tinham ninguém a lutar por eles. Porquê então a diferença de destaques?
lipemarujo

segunda-feira, janeiro 22, 2007

Leituras

Cruzadas da irresponsabilidade

de João Marques de Almeida no Diário Económico (2007/01/22)

[aL]

Silva... Lula da Silva

lipemarujo

In memoriam ao abbé Pierre

Faleceu L'abbé Pierre. O histerismo e a baba que se ouve e se vê quando morre um qualquer criminoso é directamente proporcional ao silêncio que reina quando um homem bom parte para o outro lado.

lipemarujo

sexta-feira, janeiro 19, 2007

Títulos deleciosos

Adoro este tipo de títulos nos jornais desportivos portugueses. "El Pistolero"... só posso esboçar um sorriso, é que me parece que o próprio jornalista está a gozar com o rapaz. Um jogador que cai assim no Belenses e é apelidado de "El Pistolero" só pode ser brincadeira.

lipemarujo
ps- "... é ri-te, ri-te oh marujo não te queixes é se mais tarde ele não dispara contra o Porto...", dum amigo do Belém.
ps2- a coluna capinhas não tem sido publicada apenas porque não tenho tido tempo. Dia sim dia não são publicados exemplos que caberiam bem no espírito da rubrica.

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quinta-feira, janeiro 18, 2007

Big Brother is watching you

Acaba de noticiar a RTP1, no seu Telejornal, que um médico da freguesia de S.Torcato, Guimarães, tem o recorde de prescrição de receitas a nível nacional. Já não se pode ficar doente...

(Prometer)

And the Golden Globe goes to...







Ainda está para ser criado o Globo para esta senhora.



(Prometera)

Um "não"

Um Não ponderado e como deve de ser (apresentado). Discordo, como já disse, da conclusão, mas concordo com a análise sobre o ponto a que chegou a discussão sobre o tema.

ps- o que não percebi foi, por muitas voltas que desse, e dei bastantes, o raio da fotografia.
lipemarujo

Um dos livros que me falta

Esta capa sempre me fascinou. E pelos vistos, fascinou também outros.


lipemarujo

Um post directamente da cozinha

They [women] are taught what their parents or guardians judge it necessary or useful for them to learn, and they are taught nothing else. Every part of their education tends evidently to some useful purpose; either to improve the natural attractions of their person, or to form their mind to reserve, to modesty, to chastity, and to economy; to render them both likely to became the mistresses of family, and to behave properly when they have become such. In every part of her life, a woman feels some conveniency or advantage from every part of her education.

It seldom happens that a man, in any part of his life, derives any conveniency or advantage from some of the most laborious and troublesome parts of his education.

Adam Smith, The Wealth of the Nations

[aL]

quarta-feira, janeiro 17, 2007

Já não há espelhos como os de antigamente





(Prometido)

Vice (link)


Se os democratas ganharem acho que este senhor será, não Presidente mas sim Vice-presidente dos E.U.A. (também tenho direito a um pouco de palpite e futurologia de vez em quando).


lipemarujo

O meu, e só meu, voto

Discutir o tema do Aborto só é possível a partir do momento em que se aceita que alguém possa votar sim, não, em branco, votar nulo ou não votar. Quando digo aceitar, falo em respeitar. Parece-me a mim que muita da discussão descambou para um tom moralista e isso vê-se sobretudo quando um dos lados se apega ferrenhamente às palavras, como se tivesse medo delas, apega-se ao IVG, ao “aborto”, ao “extremo”, ao “radical”, ao “sim”, ao “não”, à “liberalização”, ao “estabelicimento”, aos “impostos”, ao “Estado” etc, etc. Ora como eu não padeço desse medo, uso as palavras que realmente quero, e como apoio tenho aquilo a que se chama dicionário e, espero também, aquilo a que se chama “bom senso”.
A decisão de abortar é um acto radical que uma mulher só coloca perante uma situação extrema. A lei actual coloca à mulher uma pressão extra que é a questão de ser crime com pena de prisão. A mim isto parece-me injusto e isto é a meu ver a questão central no referendo: justiça. E sendo essa a questão central concebo e respeito as possibilidades de voto. Aceito a posição da Igreja, a dos comunistas, a dos bloquistas, a dos silenciosos, a dos sim, a dos não, a das mulheres, a dos homens, a dos pais, a das mães, a do Guetrres, a da Odete Santos, a da aL, a do Prometeu, a da minha mãe, a do meu pai, a da minha irmã (13 anos), a dos blogues, respeito até a minha...
Parecendo-me injusto que uma mulher seja condenada e presa será então razão suficiente para EU votar sim? Se for esta a questão, então a verdadeira pergunta que devo colocar é: votando sim, a lei que será implementada vai ser melhor do que a actual?
Como não vou poder votar pelo facto de estar em Bruxelas, aqui fica o meu Sim. Mas é um Sim meu, sem gritos nem histerismos, sem autoridade para além da minha para comigo, aqui fica como opinião e convicção, nada mais que isso.
Podem contar é com berraria minha em forma de posts no depois do refrendo, porque seja qual for o resultado o nível vai baixar muito com maus perdedores e vencedores não dignos, é que nisto há quem pense nesses termos (vencedores e derrotados), então cá estarei para lhes apontar o dedo e me posicionar bem longe deles.
lipemarujo

terça-feira, janeiro 16, 2007

This is a song about my dreams too



lipemarujo

ps- à boa maneira Americana, cortam a palavra "dick" no início da explicação sobre a canção... enfim...

Rescaldo of a working day







VS









[aL]

Sem mancar




lipemarujo

segunda-feira, janeiro 15, 2007

Le Sarko "populisme" - Adenda

Pelo vistos Nicolas Sarkozy convidou certos bloggers a juntarem-se ao resto da imprensa aquando da sua entronização. Escolleu-os a dedo obviamente. Mas o próprio que já lançou o site da sua candidatura presidencial não tem (ainda) um blogue.

lipemarujo

Le Sarko "populisme" (link)

Sarkozy foi muito claro… para mim: vai usar tudo o que tem para vencer as eleições ao Eliseu. O populismo mais rudimentar esteve presente no seu discurso de entronização como candidato do UMP. Aquilo de que “só quem passou pela derrota profissional e pela dor pessoal é que tem o direito de falar ao franceses que passaram pelo mesmo” (e por isso governá-los) é do mais chaveziano que pode haver. Estes moralismos políticos são inacreditáveis. E eu a pensar que a França, apesar de muito defeito grave, era ainda assim um país com um certo nível, onde a discussão política e intelectual dava lições a muitos. Com um dos principais candidatos a ser assim cai outro mito.

lipemarujo

Russian is go(o)d



[aL]

Question Marks

What then is the relationship between democracy and liberty? I am, of course, talking about the kind of liberty that means not violating the basic rights of anyone. (There is freedom or liberty of the kind that has nothing to do with rights but concerns so enabling one that he or she can do things. That kind of freedom is secured through productivity, by providing oneself - or, as in welfare sates, being provided with by others - with various resources that make it possible to do things.) Can democracy even exist as a procedure in a society that fully committed to liberty, or, rather, to respect and protection of the right to do what one wants?
[bold meu]

Tibor R. Machan, Libertarianism for and against


[aL]

domingo, janeiro 14, 2007

Dia D

Madeira: A Singapura do Atlântico - Brevemente com Alberto João Jardim!


na imagem:Paúl da Serra [o sítio de que mais gostei na Madeira(!), excepto o "chega de saudade" um bar no Funchal. Este planalto é Marte na Terra, é lindo, é cinema, é sci-fi!!

[aL]

o post que não chegou a sê-lo

Depois de ver o jogo de ontem entre o Belenenses e o Sporting, era para escrever um post sobre arbitragem mas desisti.
lipemarujo

Curioso

O blogue 31 da armada é um blogue curioso. Os links para os comentários vão mudando regularmente (tirando nos posts do João Vacas que não dão direito a comentários, o que, como já disse, está muito bem e não tenho nada a ver com isso). Mas nos últimos dias o rodapé mantém-se o mesmo. Trata-se de uma frase de maradona que pelos vistos Rodrigo Moita de Deus apreciou (até se trata de uma troca de posts entre os dois) e lá a colocou, batendo os recordes de permanência em tal posto.
O blogue também é curioso pelas várias vertentes que tem, com os posts clássicos de um blogue mas também com uma produção de vídeos e algumas rubricas recorrentes.
Curioso também é o facto de ser com certeza (digo-o de instinto, nunca sei onde ir espreitar para saber os números) um dos blogues mais lidos em Portugal mas mesmo assim ter poucos comentários nos posts.
E é isto.

lipemarujo

sábado, janeiro 13, 2007

Momento mutante do dia

Dançar Martha Graham a la Nijinsky

[aL]

Responsabilidades civis

Já ando há dias preocupado com esta notícia. E parece que estamos todos de acordo que esta medida seja aplicada (pelo menos os partidos do parlamento, pelo que é dito, estão). Pelo que leio, basta haver uma suspeita, a mais pequena que seja, para que nós possamos estar a ser controlados. Mais ainda, acrescente-se. Eu nem quero falar da invasão de privacidade, da limitação de liberdade, do desrespeito pelo privado. Apenas quero ser um cidadão cumpridor e respeitador da lei. E, como faço tudo para dar o menos trabalho possível às autoridades, aqui fica o meu dia de hoje, para que não tenham de telefonar para a Optimus e incomodar os coitados dos funcionários. E como acredito que esta medida é extremamente justa e devia ser aplicável mesmo que não esteja em risco a integridade física de alguém (sim, porque eu não sei bem se sou considerado como perigoso para a integridade física de alguém), também acrescento os locais onde estive sem telemóvel, para o controlo ser ainda mais eficaz. Assim sendo:

(continuar a ler "Responsabilidades civis")

Quando se trabalha numa livraria ao sábado encontram-se coisas assim

foram breves e medonhas as noites de amor
e regressar do âmago delas esfiapava-lhe o corpo
habitado ainda por flutuantes mãos

estava nu
sem água e sem luz que lhe mostrasse como era
ou como poderia construir a perfeição

os dias foram-se sumindo cor de chumbo
na procura incessante doutra amizade
que lhe prolongasse a vida

e uma vez acordou
caminhou lentamente por cima da idade
tão longe quanto pôde
onde era possível inventar outra infância
que não lhe ferisse o coração

al berto
lipemarujo

sexta-feira, janeiro 12, 2007

Rachmaninoff por Gilels



lipemarujo

Esperando

Isto lido assim apetece já comentar a dizer que somos mesmo pequeninos, que a vaidade é tanta que não sabemos aguentar a pressão de uma suposta expectativa dos fãs, que não sabemos perder... mas vou esperar pelo desenvolvimento da coisa. Eu que nem gosto muito de automobilismo, que acho mal Portugal organizar (gastar dinehiro portanto, e estragar paisagem) com o Dakar, uma notícia destas dá vontade de rir.

lipemarujo

quinta-feira, janeiro 11, 2007

Da Madeira [impressões]

Uma das coisas que mais me impressionou na Madeira foram os túneis. Nos últimos 2 anos foram inaugurados dezenas de túneis por toda a ilha [segundo informação de local people meu amigo], que tornaram possível que se atravessasse a ilha em cerca de hora e meia, quando anteriormente seriam necessárias umas 5 horas!

Estes números são realmente aviltantes, é incrível como num território com menos de 100km2 seriam despendidos 5 horas para se chegar ao Funchal, e isto a um par de anos de distância.

Obviamente que a construção estes túneis e vias rápidas trouxe enormes dividendos para o Governo Regional, que soube usar os fundos comunitários de forma muito visível, trazendo uma melhoria imediata, na qualidade de vida dos habitantes e visitantes da Madeira [é a única explicação que uma continental consegue encontrar, para que o poder se mantenha na mesma mão].

imagens: um túnel à saída do Funchal [as outras imagens de túneis estão impublicáveis] e janela do Instituto de Gestão de Fundos Comunitários.

[aL]

Um post directamente da cozinha

Women are nothing but machines for producing children.

Napoleão Bonaparte

[aL]

Mr. James Brown



lipemarujo

Coisas

Bush admite terem havido erros cometidos no Iraque e conta enviar mais tropas. Carrilho sai de vereador em Lisboa quebrando a promessa de ficar. A política tem destas coisas. O que me parece é que cada vez mais só tem destas coisas.

lipemarujo

quarta-feira, janeiro 10, 2007

Obrigado Francisco

Mitos que caem

Nos meus anos de escola, tirando no 12o em que ia na minha Milecas, uma motocicleta Ciao, ia para as aulas num dos autocarros disponibilizados pela escola. O motorista era um italiano de nome Benito. Rondava os 50 anos, vestia um casaco de ganga escuro, falava francês com aquele sotaque transalpino inconfundível, gostava de futebol, tinha sido camionista de produtos tóxicos e radioactivos no passado, tinha uma pequena cicatriz no rosto provocada por uma porrada da polícia quando era adolescente, enfim, o Benito tinha pinta e naturalmente tornou-se num dos meus ídolos na altura. Mas um dia, talvez o único em que o vi fora do autocarro, o Benito cumprimentou-me apressado, devia estar atrasado, e começou a correr. O mito caíu... não é que o raio do homem a correr era todo desconchavado? Os joelhos batiam um no outro, os calcanhares apontavam para fora, a corcunda fazia jus à do Notre Dame, a velocidade era irrisória. Foi um dia triste para o míudo que eu era.

lipemarujo

terça-feira, janeiro 09, 2007

Blogues

A pensar no tal encontro, dei uma volta pelos blogues em que já participei. E entrar nesse jogo é tipo desenrolar um rolo de linha de coser, desenrola-se, desenrola-se e não apetece parar. Por isso fui também desenrolar alguns blogues fantasmas dos meus co-bloggers.

Pessoalmente a primeira experiência foi o Penadentro. Já aqui falei nesse projecto curioso. No fundo eram 4 blogues, um tipo página central (desactivada) e três temáticos (extintos). Reflectindo sobre esse formato chego à conclusão que cada um tem as suas manias bloguíticas, a minha na altura com GomesMonteiro, era separar bem as águas, ser claro quando queria falar de política utilizando um dos espaços temáticos, usando outro quando queria falar de lazeres e um outro ainda quando queria publicar textos literários.

A minha vinda para o 19meses permitiu-me uma mudança, digamos que lazer e política (ou brincadeiras e actualidades, ou paixões e pensamentos ou outro qualquer binómio equivalente para referir o tipo de textos que posto por aqui) já podem coexistir no mesmo espaço, à imagem aliás do que fazem os meus anfitriões.

Mantive, no entanto, um canto para textos literários aqui no em devaneios, blogue derivado de um dos temáticos do Penadentro original de nome Devaneios (extinto agora). No fundo o que fiz foi retirar os textos da autoria do GomesMonteiro, manter os meus, encontrar um título que não se afastasse muito do anterior e continuar a publicar.

Outros dois blogues que mantenho são igualmente de teor artístico se me é permitida a expressão: fotografias em escrita que mantenho com um amigo, onde fotografias da sua autoria são depois acompanhadas por textos meus; e a última carta, onde vou exorcizando um demónio antigo que é um texto candidato a romance ou a conto que nunca mais termino.

Os meus co-bloggers têm também várias facetas. Prometeu por exemplo mantém online um depois de amanhã, curiosamente criado a um 25 de Novembro, que julgo ter servido de experiência aquando da remodelação do look do 19meses. A aL que para além da Atlântico e da cozinha tem um blog-fantasma e um outro na lareira sem nome, que vagueiam no ciberespaço orbitando no lado obscuro da blogosfera.

O 19meses plana numa zona mais solarenga e visível mas é produto também das viagens dos seus bloggers à escuridão deste estranho universo.

lipemarujo

segunda-feira, janeiro 08, 2007

Na Cozinha

Agora que o lipemarujo regressou e que o Prometeu deve estar por aí a rondar, vou ali para a cozinha. É que este mês é o mês dos rapazes na cozinha. E devo confessar, eu gosto muito de ver rapazes com dotes culinários!

[aL]

Encontro de bloggers

A ideia surgiu no cinzento de bruxelas, pela Pitucha. A Orfeu, como sempre, aberta a toda a actividade intelectual, participa e oferece o espaço, para um encontro de bloggers em Bruxelas. O evento acontecerá provavelmente lá para o fim do mês e o conceito ainda está a ser pensado.
Para já a ideia será juntar bloggers (portugueses, mas não exclusivamente) que vivam em Buxelas (poderão participar também outros que se encontrem de passagem) para uma conversa real e virtual sobre as suas experiências na blogosfera. Conversa real, pois acontecerá, como disse, na Orfeu, cujas portas estarão abertas a todos, bloggers e não bloggers e na qual todos poderão participar, mas também virtual pois haverá permanentes actualizações online (num blogue a designar, ou talvez a criar) sobre o encontro, e onde os leitores (outros bloggers por exemplo) serão convidados a participar com comentários e/ou intervenções, lidas e discutidas então na Orfeu em tempo real.
Para breve mais informações sobre o encontro e o conceito definitivo do mesmo.

lipemarujo

Para 2007

Estou de regresso às lides netianas. Começo por desejar um Bom Anos a todos, em especial à minha querida chefe aL e ao meu caro Prometeu, a eles um novo obrigado pelo convívio aqui no blogue
O Natal e o Ano Novo passados em Portugal souberam-me pela vida e ajudam a que este regresso às terras belgas (sim a Bélgica ainda existe, não sei até quando é certo, mas ainda existe) seja feito com energias revigoradas e positivas.
A nível do virtual espero que o 19 meses depois continue o seu caminho, que as referências positivas em outros blogues continue. Que as polémicas (palavra exagerada) que estalem permitam discussões fortes, honestas e clarificadoras.
A nível do real desejo sobretudo um aumento da exigência pela qualidade, o fim das queixinhas pelas queixinhas e, claro está, muita saúde.

lipemarujo

Deixem-me morrer por causa do CO2,

domingo, janeiro 07, 2007

Um post directamente da cozinha


[...] feminism cut itself off from sexual history. It discarded and suppressed the sexual myths of literature, art and religion. Those myths show us turbulence, the mysteries and passions of sex. In mythology we see men's sexual anxiety, their fear of woman's dominance. Much sexual violence is rooted in men's sense of psychological weakness toward women. It takes many men to deal with one woman. Woman's voracity is a persistent motif. [...] Marilyn Monroe, singing "Dimonds Are a Girl's Best Friend", rules a conga line of men in tuxes. [...] Feminism, coveting social power, is blind to woman's cosmic sexual power.

Camille Paglia, in Sex Art, and Americam Culture

[aL]

Citações CXLVII

Poderemos, certamente, concretizar realizações no Iraque, transferir o poder para as novas autoridades e ir embora para casa. Mas a tese fundamental deste livro é que eleições não produzem, ipso facto, democracia.

Fareed Zakaria, in O Futuro da Liberdade
(edição original: 2003)


[aL]

The cool purple finger


[aL]

Ordem [para onde nos levas]

«Tem de haver Ordem antes da Liberdade. Isso implica lidar com gente pouco recomendável? Pois. Política não é oito ou oitenta. Política vai do preferível ao intragável. Escolher o mal menor.» - Henrique Raposo, Blogue Atlântico

A ordem preceder a liberdade na organização politica das sociedades, pode levar [com demasiada regularidade] a uma sociedade onde só existe ordem e a liberdade é inalcançável.

[aL]

sábado, janeiro 06, 2007

Coisas que me surpreendem

No Jornal da Noite, oiço Fernando Rosas afirmar que a questão do aborto é [também] uma questão de saúde pública. Com argumentos destes, começo a ficar convencida de que a gravidez é de facto uma DST.

[aL]

DAM [The Palestinian Hip-Hoppers]



[aL]

sexta-feira, janeiro 05, 2007

Coisas que surpreendem

Um post directamente da cozinha

Para mim, é a repetição do milagre que as mulheres portuguesas continuam a fazer. Estão nas filas dos transportes públicos às seis da manhã para ir para o trabalho e depois, à noite, em casa, vão mantendo tudo como se lá tivessem estado todo o dia. Face ao que fazem todos os dias, tudo o mais no País é realmente banal.

Mário Crespo [respondendo à pergunta: "Qual foi o acontecimento do ano em Portugal"], in Notícias Sábado 30/12/2006

[aL]

Taxation is a theft?

[...] taxation is a form of theft. This claim [...] has to be understood with care, however. As the law stands, you do not have legal title to all the pre-tax money that others pay to you in form of wages, salaries, sales, etc. You only have legal title to your after-tax earnings. Thus libertarians [...] must concede there is no ilegal crime of stealing involved with taxation. Instead, [libertarians] must argue that taxation is the moral equivalent of stealing. Hence [they] must argue that people have a moral right to keep and controol all their earnings [...]

the existence of our economic opportunity is highly dependent on the goverment's activities of enforcing contracts, protecting legal property rights, keeping the peace, maintaining the national defense, printing currency, insuring bank deposits, preventing monopolies, fighting inflation, negotiating trade agreements, maintaining transportation infrastucture, and so on. [...]

"Sure, without my fellow citizens' work I wouldn't have been able to earn the money I did", the libertarians seems to say, "but that doesn't mean I owe my fellow citizens anything for their work". The exploitative nature of this is obvious; this surely means that in fact one has no moral right to all of one's pre-tax earnings. A moral right to commit the moral wrong of exploting one's fellow citizens would, after all, be a strange moral right indeed.

Craig Ducan, in Libertarianism for and against

[aL]

Momento de pânico do dia [no feminino]

Acho que ainda estou em jetlag emocional. Pelo quarto acumulam-se os destroços da viagem, roupa por arrumar, jornais por organizar, presentes por entregar...

O resto da casa parece segui-lhe o caminho. O grande problema é que tenho visitas para o fim-de-semana, que chegam já amanhã...

Mas pelo menos naquela tarde o tempo estava quente e o mar sereno...

[aL]

quinta-feira, janeiro 04, 2007

For a particular reason [to say thank you!]


[aL]

quarta-feira, janeiro 03, 2007

Para um momento de descontracção

Bebo uma Brisa Maracujá [eu não gostava nada de maracujá], enquanto oiço as barbaridades que Jorge Coelho vai dizendo na Quadratura

[aL]

Lendo o que há de novo

[...] Na Líbia, uma farsa de julgamento condenou à morte cinco romenas e um palestiniano. Não há provas nenhumas que estas pessoas sejam culpadas.

Uns erros formais no julgamento de Saddam servem para páginas e páginas de artigos de opinião (nunca ninguém diz, no entanto, que não pensa que ele fosse culpado beyound a reasonable doubt). Enquanto isto, noutro país ali ao lado, uma farsa pura e simples, que condena à morte cidadãos europeus, passa despercebida. Os americanos não tiveram nada a ver com isto, logo não se fala. [...]

E agora? Vamos respeitar isto, mostrar sensibilidade, enquanto um governo criminoso mata (novamente) cidadãos ocidentais? Parece que sim.
[bold meu]

luispedro, no Rabbit's Blog

[aL]

Dicotomias Culturais

If we think that the state should not subsidize artists, we are barbarians who judge the arts useless.
[bold meu]

Frédéric Bastiat, Selected Essays on Political Economy

(continuar a ler "Dicotomias Culturais")

Citações CXLV

Sem a invasão de 2003, Saddam seria hoje, não o mártir dos sunitas iraquianos, mas o grande líder que desafiara impunemente os EUA, pronto talvez para novas aventuras de grandeza.[...] Quase certamente, um Saddam livre do colete-de-forças da ONU teria tentado recuperar a soberania sobre todo o território. Não teria sido menos sangrento.

Nenhuma solução, em 2003, era obviamente melhor. Tal como hoje. De facto, uma das poucas coisas óbvias no mundo é que quase nada é "óbvio". É por isso que é preciso escolher, e é por isso que todas as escolhas são controversas [...] Nunca houve uma época em que o contrário fosse o caso. Nem haverá.
[bold meu]

Rui Ramos, in Público
[link directo indisponível] 2007/01/03

[aL]

Funchal Iluminado

Pois é Miss Pearls, o prometido é devido: cá estão algumas iluminações de natal do Funchal.

Desgraçadamente as que tirei à noite não ficaram nada bem, portanto só tenho estas 2 fotos. Uma da Praça do Município [a mais à esquerda] e outra da magnífica árvore de Natal junto à Marina [vista por baixo]. Confesso que gosto mais desta árvore da Marina que a de Lisboa, pelo menos nesta podemos passar por de baixo.

Garanto que à noite o Funchal é extraordinariamente luminoso. Depois da decepção [luminosa] que foi Barcelona... nada como uma ilha iluminada!

Entretanto, e como este é o meu 1º post de 2007: Bom ano para todos!

[aL]