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terça-feira, fevereiro 27, 2007

Gostar de artistas

'Aviso já que não este post não tem nada a ver com apoios do estado a A ou B.

Art is the most intense mode of Individualism that the world has known
. Oscar Wilde


Ser-se liberal sem uma dose de individualismo é, senão contraditório, um pouco frouxo. Quem aprecia o individualismo nos outros só pode ter uma queda magnífica por artistas: bailarinos, cantores, músicos, actores, poetas, escritores - provavelmente, por esta ordem exacta. George Balanchine, Kiri te Kanawa, Carlos Paredes, Jack Nicholson, Camões, Pessoa.

O que é estranho em alguns liberais é a forma como encaram a criação artística, quer dizer: a expressão artística partilhada. (Um poema do Mexia guardado na sua casa-prisão não existe). Claro que o público não é o privado, mas avisei que não estava a falar de subsídios. Estou a falar de algo que vem antes disso - o pré, como diria o meu camarada Henrique Raposo. Claro que na Arte, ao contrário da Política, seria obsceno considerar este pré como uma reflexão sobre as instituições. Se a Política é a tentativa de encontrar um framework que permita a convivência pacífica entre indivíduos, a Arte é o que resulta de cada indivíduo Se espremer (assim mesmo) todinho, até não poder mais.

O resto, concluam vocês.'


de Tiago Mendes, glória fácil 2007/02/27


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Um Basquiat em sangue p’ró homem sem rosto!

I reply to M. de Lamartine: From your point of view, not to subsidize is to abolish, because, proceeding from the premise that nothing exists except by the will of the state, you conclude that nothing lives that taxes do not keep alive.

But I turn against you the example that you have chosen, and I point out to you that the greatest, the noblest, of all expositions, the one based on the most liberal, the most universal conception, and I can even use the word "humanitarian," which is not here exaggerated, is the exposition now being prepared in London, the only one in which no government meddles and which no tax supports.

Frédéric Bastiat, Essays on Political Economy

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2 anos de O Insurgente

O Insurgente faz hoje 2 anos, reforçou a equipa e abriu a loja.

Acho muito mau não terem uma t-shirt, assim... num modelo mais feminino e tal. É que uma miúda enfiada naquilo parece um saco de batatas!

[um abraço especial para o AAAlves, para o grande chef Hélder, para o meu querido RAF e claro para a minha querida Lizzie! Para os restantes insurjas, votos de maior sucesso!]

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segunda-feira, fevereiro 26, 2007

A excepção Cultural

A promoção das artes, a aposta na
criatividade e no conhecimento, a procura
do novo conduzem à qualificação e ao
pluralismo. Tornam a vida mais
interessante. Valem a pena.

Gonçalo Reis

Um artigo a não perder, na Atlântico de Março. Nas bancas amanhã

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Sai um Bastiat p’rá mesa do homem sem rosto!

Should the state subsidize the arts?

There is certainly a great deal to say on this subject pro and con.

In favor of the system of subsidies, one can say that the arts broaden, elevate, and poetize the soul of a nation; that they draw it away from material preoccupations, giving it a feeling for the beautiful, and thus react favorably on its manners, its customs, its morals, and even on its industry. One can ask where music would be in France without the Théâtre-Italien and the Conservatory; dramatic art without the Théâtre-Français; painting and sculpture without our collections and our museums. One can go further and ask whether, without the centralization and consequently the subsidizing of the fine arts, there would have developed that exquisite taste which is the noble endowment of French labor and sends its products out over the whole world. In the presence of such results would it not be the height of imprudence to renounce this moderate assessment on all the citizens, which, in the last analysis, is what has achieved for them their pre-eminence and their glory in the eyes of Europe?

Frédéric Bastiat, Essays on Political Economy


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Ataques

o disse no passado e volto a repeti-lo: ataca-se o liberalismo como se fosse esse o sistema presente. Ataca-se o liberalismo como se os liberais fossem a maioria. Ataca-se o liberalismo como se fosse ele o culpado dos probelmas económicos e sociais em Portugal, país onde não está implatado. Mas é normal, sou capaz de ser atacado depois deste post por parecer liberal.

lipemarujo

João "Orwell" César das Neves

Que fantástica maneira de iniciar a semana. Absolutamente delicioso.
lipemarujo

Respirando saúde

No seguimento desta discussão,

no post Health Care is a Value, not a Right, Tibor R. Machan repudia ferozmente um sistema de saúde [público] para everyone, objectivamente defendendo um sistema para no one, em que todas as relações estabelecidas [por determinado indivíduo a fim de obter cuidados médicos] serão exclusivamente voluntárias. Ou seja, em momento algum os indivíduos poderão ver os seus rendimentos subtraídos para o pagamento de cuidados médicos, ainda que apenas de someone, argumento este sustentado na premissa all taxation is extortion.

Mais adiante Machan defende que «There are all kinds of costs people must cover and be prepared to cover, alone or with the voluntary cooperation through trade, charity, generosity, or grant of loans of others.», concordaria totalmente com o autor não fosse ele absolutamente cego no que concerne à dignidade humana.

A dignidade humana, expressa na possibilidade de cada indivíduo ter materialmente o mínimo exigível para a sua sobrevivência (física), implica que o Estado aja (ainda que supletivamente) em determinadas áreas como a saúde, a educação e a cultura [embora com diferentes níveis de intervenção]. São estes os domínios essenciais para que o indivíduo possa concretizar-se, para que possa procurar a felicidade.

Mas focalizando a questão na área da saúde e dos cuidados médicos, naturalmente que percebo, aceito e considero legítimo que o Estado não seja o único fornecedor de cuidados de saúde, poderá até não ser prestador desses serviços de todo, reportando exclusivamente ao papel de financiador. Aliás, não rejeito um sistema em que esse financiamento desses serviços não seja universal. Contudo, o Estado deve estar presente de forma a apoiar aqueles que estão materialmente incapazes de o fazer por si, quando o mercado, a caridade, a generosidade falham. Isso só será possível se cada indivíduo abdicar da liberdade de fazer com os rendimentos o que lhe aprouver, de forma a garantir que o menor número possível de indivíduos fique fora destes níveis mínimos de dignidade humana.

Um sistema que seja insensível a este argumento e que aceite que haja pessoas que possam não ter acesso aos mais básicos cuidados de saúde é moralmente reprovável.

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domingo, fevereiro 25, 2007

Arrumar com a concorrência

[...] We are suffering from the ruinous competition of a foreign rival who apparently works under conditions so far superior to our for the production of light, that he is flooding the domestic market with it at incredibly low price... This rival... is none other than the sun...

We ask you to be good as to pass a law requiring the closing of all windows, dormers, skylights, inside and outside shutters, curtains, casement, bull's-eyes, deadlights and blinds; in short, all openings, holes, chinks, and fissures...

Frédéric Bastiat, Economics Sophisms


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Présidentielles

Sobre as presidênciais francesas não sei bem onde me posicionar. Em França o discurso que eu abomino o tal da "esquerda e direita" é ainda mais forte e está na boca de todos. Ressalvo no entanto que num país como a França esse discurso tem ainda algum sentido, enquanto que em Portugal isso de "esquerda e/ou direita" já não faz sentido nenhum.
Não gosto de Sakorzi. É um sentimento um pouco intuitivo mas que se fundamenta também pelo percurso do homem. Noto nele, e muito dos seus actos o confirmam uma sede de poder exagerada. Lembra-me Paulo Portas.
Sobre Ségolène Royal ainda não tenho uma opinião defenida. Acho positivo uma mulher ter possibilidades de ser presidente em França. O mundo da política tem homens a mais, basta ver o canal euronews para se ter uma ideia. Mas Ségolène parece mal aconselhada, parece estar meia perdida e já só pensa em sondagens.

Depois há este senhor chamado François Bayrou, que me tem conquistado aos poucos. Das duas ou três vezes que o ouvi falar gostei. Fica aqui um artigo sobre o seu programa "social-liberal".

© Le Monde.fr

lipemarujo

Redemption song

Ao domingo de manhã sabe bem.

lipemarujo

sexta-feira, fevereiro 23, 2007

Canção de embalar


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Programa

Para tirar o Sheva da frente do blogue arranjei como desculpa publicar o meu programa para o fim-de-semana:
Mais logo ao almoço (ainda não é fim-de-semana mas o espírito vai ser) vou a um restaurante italiano chamado La Brace com os amigos portugas. Temos almoçado semanalmente para fugir às refeições entediantes de sandes e sandes e sandes. Depois do trabalho dou um salto ao ginásio, o futebol levou-me a uns exercícios de musculação específicos e sempre dá para ver umas quarentonas divorciadas (estilo que o Prometeu adora) a correr nos tapetes. À noite com a mesma malta do almoço e outras gentes de outros lados (nórdicos sobretudo) vamos berber um copo a um bar chamado Le Tarvenier, que ainda não sei onde é e por isso terei de procurar.
Aos sábados costumo ir para a Orfeu quando tenho jogo ao Domingo, mas como amanhã é que jogo, posso ficar a dormir a manhã toda, acordar e ir ver televisão de pijama. A segunda época do 24 espera-me. Ao fim da tarde o jogo. FC Moorsel, o meu magnífico clube onde me tratam por Pinto (lido à francesa Pintô) joga contra o Huldenberg, trata-se de uma espécie de derby, um Ramaldense-Fonte da Moura, ou um Foz-Pasteleira, ou ainda um Paraíso-Castelo. Depois do jogo é que não sei. Ou 24 de novo ou mais um copito algures.
Domingo, aí sim, Orfeu de manhã até às 13h00. Mas depois fecho as portas e fico com o meu amigo Jonhy a tocar umas guitarradas numa jam session que servirá de lançamento ao nosso novo porjecto musical "Eclipse" (sendo que o projecto passado chamado Forbidden Sounds é muito conhecido em ambas as nossas casas e na vizinhança). Depois da jam session, devido a uma promoção do ginásio que frequento vou fazer um jacuzzizito que vai saber pela vida sobretudo depois do jogo da véspera.
E claro, o fim-de-semana acabará com o 24 no sofá.

lipemarujo

quinta-feira, fevereiro 22, 2007

Porque um Bom dia é quando uma mulher quiser!

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Capinhas

Ontem e hoje dava para a rubrica capinhas ser repleta de exemplos, mas não tenho tido tempo. Fica aqui o link para o 31 onde uma capinha de ontem fica bem espelhada.
Claro que isto de eu ir mostrando e demonstrando não provoca nada de especial. Para muita gente é normal haver capas assim, e mesmo se muitos não aprovam arranjam as desculpas do "negócio", da quantidade de adeptos de um clube, etc, etc. São esse tipo de desculpas que levaram e continuam a levar às maiores injustiças que existem. E são também esse tipo de desculpas que levam à queda da exigência perante os produtos que consumimos. E a aceitação passiva presente apenas confirma que o banho deste tipo de informação (propaganda) vem de muito longe, faz parte do dia a dia, é natural já.
De mim podem crer que as capinhas vão continuar a ser mostradas e publicadas neste humilde espaço. E claro, como cada um faz o que pode e como pode, esses jornais não serão comprados por mim enquanto persistirem nesta linha. E mais, todos os jornais envolvidos nas capinhas, receberão por cada post um mail com o link para o 19 meses depois.
Não serve para nada dirão alguns. Se assim é, não faz mal nenum eu mandar pois não?

lipemarujo

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Quinta-feira com...

"Alba: antiga composição poética destinada a ser cantada à alvorada", dicionário online da Priberam:

lipemarujo

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quarta-feira, fevereiro 21, 2007

Respira-se saúde

numa conversa aqui ao lado.

(Prometeu)

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A Cartilha [ou eu a ceder novamente aos meninos]

O Rui actualizou [finalmente!] o seu Portugal Contemporâneo.

Em destaque:

Cartilha Liberal

- liberdade religiosa, porque estabelece (ou não) uma relação entre um indivíduo e o sagrado;
- liberdade de opinião, porque depende exclusivamente do modo como um cidadão vê a cidade e o mundo que o rodeia;
- liberdade de participação política, porque a «res publica» é pertença de todos os indivíduos que a compõem e não apenas de alguns;
- liberdade sexual, porque dispõe exclusivamente do corpo de quem a determina;
- liberdade desportiva, porque a bola é redonda e são onze de cada lado.

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Online

lipemarujo

Libertarianism

Ainda a propósito do Libertarianism, ver este debate no 18 Doughty Street

[via O Insurgente]

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terça-feira, fevereiro 20, 2007

Libertarianism for and against

We can all learn by constantly confronting the best arguments on the other side of the questions we care about, as well as the arguments that suport our own positions. [...] I hope that readers who come to this book with strongly held positiond on one side of this debate will focus on learning the arguments on the pther. That is not only a good thing for one's arguments, it is a good thing for mutual respect in a democratic society.

Martha Nussbaum, in Libertarianism for and against (prefácio)


Este é um vigoroso debate entre dois académicos sobre o papel do Estado. Na 1ª parte do livro, Tibor R. Machan defende o Libertarianism [Liberalismo Clássico], enquanto Craig Duncan tenta demonstrar as suas falácias.

Numa 2ª parte, é a vez de Duncan apresentar como modelo ideal para a organização de um estado o Democratic Liberalism [algo próximo da Social-Democracia], enquanto que Machan tenta evidenciar o que para si é as "follies"(sic) do Democratic Liberalism.

A estrutura do livro quase que epistolar: composta por 6 ensaios acutilantes, que se sucedem em formato Pergunta-Resposta / Ataque-Defesa, torna a leitura muito agradável e dinâmica, propondo igualmente leituras complementares muito úteis.

Este é uma diálogo muito franco e aberto, mas acima de tudo confrontativo, coisa muito rara no nosso meio académico.

«to my readers I say: Use your best judgement in deciding whose theory better respects the human capacity for choice, mine or Professor Machan's» [Craig Duncan]

[para uma recensão mais completa]

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Um post directamente da cozinha

Let us suppose that by the laws of this State a married woman was incapable of conveying her estate, and that the legislature, considering this as an evil, should enact that she might dispose of her property by deed executed in the presence of a magistrate. In such a case there can be no doubt but the specification would amount to an exclusion of any other mode of conveyance, because the woman having no previous power to alienate her property, the specification determines the particular mode which she is, for that purpose, to avail herself of. But let us further suppose that in a subsequent part of the same act it should be declared that no woman should dispose of any estate of a determinate value without the consent of three of her nearest relations, signified by their signing the deed; could it be inferred from this regulation that a married woman might not procure the approbation of her relations to a deed for conveying property of inferior value? The position is too absurd to merit a refutation, and yet this is precisely the position which those must establish who contend that the trial by juries in civil cases is abolished, because it is expressly provided for in cases of a criminal nature.

Alexander Halmiton, in The Federalist Papers


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Leituras

Pode uma economia verdadeiramente liberal conviver com os monopólios criados e forçados por lei? Com os benefícios estaduais a um conjunto privilegiado de banqueiros e industriais? Com trocas económicas entre indivíduos que não são livres? Com produtos proibidos porque não e outros impostos porque sim?
[bold meu]

AMN no aAdF

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Para os meninos [eu prefiro um clássico*!]



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(continuar a ler "Para os meninos [eu prefiro um clássico*!]")

Pérolas



lipemarujo

Lost & Found



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(continuar a ler "Lost & Found")

Só faltam 10

Alguns dos 990:


lipemarujo
ps-sorry boss

Era bonito

Era bonito era, mas só mesmo sendo a esperança a última coisa a morrer é que me faz acreditar na possibilidade de Alberto João Jardim não ser reeleito. Mas era bonito.
Mas já não é mau que o homem tenha de estar com truques, ao menos alguma coisa vai acontecendo e nestas brincadeiras devagar devagarinho pode ser que um madeirense veja o que realmente tem como governante.
O problema está também na alternativa, não grande é coisa, nunca foi aliás. E para ser verdadeiro há que dizer que a responsabilidade disto é nacional e não só insular. Sucessivos governos e presidências fecharam os olhos, deixaram Alberto João Jardim chafurdar à vontade, sucessivos secretários-gerais do PSD deixaram Alberto João Jardim embirrar à vontade, sucessivos secretários-gerais do PS esqueceram-se da Madeira e não procuraram montar uma alternativa séria e credível.
Mas que era bonito era. Era um motivo bem mais sério para se sair à rua comemorar do que outros acontecimentos recentes, sejam eles referendos, mortes de ditadores caducos ou programas de grandes e piores portugueses.
lipemarujo

segunda-feira, fevereiro 19, 2007

Já não se escrevem cartas assim. Já não se ama intelectualmente assim


I should not like you more than I do if you agreed in opinion with me


Carta de Ricardo a Malthus [1823]

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Véspera de feriado [e eu enclausurada no office]

descubro que está a chover através de um mail amigo, que me diz " Eu estou a contar em ir, mas na hora logo se vê. Está a chover:S", que dia triste... tenho mesmo de comprar umas botas!

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Véspera de feriado

E eu a trabalhar... acabo de receber uma sms do meu chefe a informar-me que está com uma valente gripe e que não virá hoje ao escritório. E eu aqui sozinha no office apinhada de papeis e de trabalho que foi sendo adiado... e eu que tinha já programada uma dupla sessão de carnaval/ano do porco e tive de desmarcar...

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Kioto rules!

A própria Toyota mostrou saber isto quando os primeiros modelos existentes que passaram a estar disponíveis na versão híbrido foram os da marca Lexus (Um carro que mostra que sou rico e boa pessoa? Compro!).

O consumo conspícuo tem, por vezes, externalidades positivas e este é um caso em que isso aconteceu. Os compradores dos primeiros híbridos, além de exibirem aos vizinhos as suas credenciais ecológicas e o tamanho da conta bancária, financiaram o desenvolvimento tecnológico que permite o passo seguinte: a massificação.


Percebendo que o mercado mudara, a Toyota finalmente lançou um híbrido para as massas: o Camry Híbrido. O Camry é, pelo menos deste lado do charco, o carro classe-média por excelência da Toyota e um dos modelos mais vendidos no global. Tendo sido surpreendida pelo sucesso inicial do Prius, a Toyota espera agora antecipar as preferências dos consumidores. Este ano, vamos perceber se o Prius foi somente uma moda das elites no início do século XXI (a Toyota enganou-se uma vez, ao sub-estimar a procura; pode estar enganada ao sobre-estimá-la). Ou se, pelo contrário (e espero que sim), se o Camry vende bem e confirma que entrámos na era do carro híbrido.

luispedro, no Rabbit's Blog

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Pérolas

Nem vale a pena dizer de quem são, basta saber que hoje é segunda-feira.

"Muitos dos que votaram "sim" no referendo viverão o suficiente para virem a lamentar a sua escolha."

"Certamente haverá menos crianças abandonadas, menos deficientes, menos criminosos. Só mais cadáveres pequeninos."

"Mesmo derrotada, a Igreja mostra sempre o caminho para a verdade e a vida."

lipemarujo

sexta-feira, fevereiro 16, 2007

Show me our papers

Periodically I go shopping, like many other people. And I have even hired some folks to do cleaning at my house. There is even a handyman in my neighborhood who does extensive work on my house.

Now in none of these cases have I ever asked the people with whom I engage in commerce for any kind of identification, proof of citizenship, nada. If they are well recommended, if I am convinced their track record is fine, I'll take my chances. And the last thing I would want is for the government to force me to check up on these folks.

It is bad enough that government forces employers to do the dirty work of extorting money from employees, by means of the withholding process—it kind of hides the nasty business and makes it look like government isn't really perpetrating the crime. But then to force businesses to do the government's job of crime control, that's quite over the top.

[...]

In a free country people are innocent unless proven guilty and that is how they are expected to treat one another in many endeavors. The people I may bowl with or with whom I may shoot baskets or play tennis or do all kinds of other things—worship, attend school, travel, and so forth—who haven't done anything untoward to me will be left in peace by me and I would expect the same treatment from merchants. Accordingly, when I take my clothes to the cleaners, or my car to the mechanic or purchase a phone at Circuit City I am not asked for an ID. So long as I pay up, do what I promise, I expect to be left in peace about who I am, where I come from, what my religion is, whom I date, etc., and so forth.

Tibor R. Machan

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Incubus visto por um português

A minha amiga Liliana Cardoso, que vai comentado simpaticamente uns posts, lembrou-me e bem em fazer um post sobre um senhor chamado Carlos Oliveira. Este jovem designer acaba de ganhar o concurso lançado pela banda Incubus para o videoclip da nova música Dig.
Entre 100 concorrentes pré-selecionados o nosso compatriota foi o escolhido. aqui fica o vídeo e a música.


lipemarujo

Beautiful Covers

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EUNIC

Dia 21 o lançamento oficial da EUNIC e a activação do website.

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Palpitezinho correcto,

demonstrado com a capinha seguinte:
Portanto, o "drama" do Nuno e o o peito do Nélson merecem mais destaque que a vitória do Braga.

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1 capinhas e 1 uma capa a sério se...



Ontem o Sp. Braga ganhou 1-0 ao Parma de Itália para a Taça UEFA. Hoje de manhã um dos três jornais desportivos brinda-nos com uma capinha (ver o conceito aqui). O outro jornal brinda-nos com uma capa a sério, isto se, e aqui pedia a ajuda de quem vive em Portugal, ambas as capas desse jornal, a do Norte e a do Sul forem iguais. É que como já disse antes, O Jogo esconde-se por trás de duas capas diferentes, uma para o Norte e outra para o Sul e a versão online na internet apenas mostra uma delas, nunca dizendo qual mas que se adivinha pelo conteúdo. Espero que hoje sejam iguais.
Eu acho que o facto de uma equipa portuguesa ganhar um jogo importante merece mais destaque do que o "drama" do Nuno... mas isto sou eu.
quanto ao jornal Record, online a capa de hoje ainda não está disponível (está a de ontem com o destaque, e bem, para o Miccoli) , fico à espera para ver se sai capa ou capinha... mas tenho o meu palpitezinho.

lipemarujo


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quinta-feira, fevereiro 15, 2007

Citações CXLXIII

O que me importa é pensar pela minha cabeça.

Pedro Lomba, in Vício de Forma 2007-02-13


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Porque um Bom dia é quando uma mulher quiser!

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Women economics

Pelo menos nos dois últimos números mais ao menos dois terços dos artigos da Revista D que sai no Público, são assinados por mulheres.
lipemarujo

a porcaria do post

continua nos rascunhos incompleto. Estou incapaz de o reconstituir. Como se não bastasse, encontrei as botas da minha vida, mas são 2 números acima, é preciso ter azar....


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Outra cidade

Eu gosto de Bruxelas. É uma cidade fácil de se viver, o que cada vez se torna mais difícil nas grandes capitais. O culto dos parques com grandes jardins e lagos, o culto dos cafés acolhedores com balcões altos e bancos acolchoados, o culto das cervejas, inúmeras, todas diferentes, todas execelentes, as várias línguas que se ouvem na rua, o chocolate... tudo isso faz o carme de Bruxelas. E num dia frio mas de sol, como de hoje, fica ainda mais extraordinária.

lipemarujo

Quinta-feira com...

Alguém falou em deuses?

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quarta-feira, fevereiro 14, 2007

O poder de nomear

No livro de Jean-Paul Kauffman que acabei de (re)ler, o narrador apercebe-se no fim que aquilo que foi procurar não existia já há muito. O livro que é o relato da viagem às Ilhas Kerguelen, ilhas francesas perto do Pólo Sul, transmitem aquela sensação única que é a de partir para ir ver qualquer coisa que nos abceca. Tratando-se de um dos locais menos conhecidos do planeta o poder de nomear está sempre presente. Ser o primeiro a chegar e baptizar um local é uma das grandes motivações humanas.
Pergunto-me se nisto dos blogues não se vive um pouco o mesmo. Criar um blogue deverá também conter algo desta coisa, nomeá-lo será sentir esse poder criador. Somos incapazes de deixar os silêncios mudos, sentimo-nos obrigados a dizê-los, esquecendo que logo de seguida o deixam de ser.

lipemarujo

GRRRRRRRRRRR!!!!

Vencida pelo cansaço deixei ontem um post por terminar. Hoje, inspirada por uma noite bem dormida, iria completá-lo. Mas não é que ele desapareceu? Odeio quando isto acontece! Já tenho o dia completamente estragado e só agora começou

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Sementeiro

Há homens que pensam para lá deste tempo. Que vivem isto de andar por aqui com o futuro na cabeça. Bent Skovmand era um desses homens. A ideia de construir uma caixa-forte onde se pudesse guardar e proteger sementes de uma eventual catástrofe mundial (guerra nuclear, mudança climática, impacto de cometa, etc) veio dele. O projecto dessa caixa-forte estará concluído em 2008 na ilha Norueguesa de Spitsbergen no Ártico e irá conter três milhões de espécies de sementes de colheita únicas (o tamanho das sementes varia entre mínusculas sementes de papoila a outras do tamanho de cocos). O New York Times publicou este artigo sobre Skovmand.

lipemarujo

terça-feira, fevereiro 13, 2007

Citações CXLXII

There has never been, and there will never be, an institutional means of making people brothers. Fraternity under compulsion is the most malignant idea devised in modern times; it is the perfect path to totalitarian tyranny

Leszek Kolakowski, in My Correct Views on Everything

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Capinhas

O FC Porto foi considerado pela Federação Internacional de História e Estatística do Futebol (IFFHS) o 12o melhor clube do Mundo. O benfica foi considerado o 20o clube mais rico do Mundo pela Consultoria Deloitte. Agora tentem lá lembrar-se das capas dos jornais nesses dias, dos telejornais, do alarido e do markting político envolvido.

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A ler

dois artigos no Arte da Fuga. Posts pequenos, claros como a água, verdadeiros como a chuva ser molhada e que infelizmente representam uma forma de pensar posta em causa permanentemente pelas reacções a que se assiste todos os dias. E é tudo tão simples.

lipemarujo

segunda-feira, fevereiro 12, 2007

teen classical romantic soundtrack



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Um post directamente da cozinha

In America the independence of woman is irrevocably lost in the bonds of matrimony: if an unmarried woman is less constrained there than elsewhere, a wife is subjected to stricter obligations. The former makes her father’s house an abode of freedom and of pleasure; the latter lives in the home of her husband as if it were a cloister. Yet these two different conditions of life are perhaps not so contrary as may be supposed, and it is natural that the American women should pass through the one to arrive at the other.

Alexis Tocqueville, Democracy in America

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O novo Público

Já folheei o novo Público. Não tenho a certeza se gosto ou não, já na outra mudança de imagem demorei meses até aceitá-la. Nesse aspecto sou profundamente conservadora.

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Títulos

Lá fora a abstenção é que deu nas vistas. Vê-se por estes títulos (ou neste último caso pelo preâmbulo). E dois destes artigos têm uma foto, ambas com Sócrates.
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Abstracto

Eu leio César das Neves uma vez por mês, ou quando muito, levado por um link, duas ou três. Hoje lá o espreitei.
E li isto: "Esta é a sina do português, capaz de esquecer tudo por uma boa discussão de taberna, quanto mais abstracta melhor. Enquanto a vida passa e as crianças choram, logo na segunda-feira pela manhã." A discussão de taberna foi para César das Neves todo o debate sobre o aborto. Discussão abstracta diz ele. Não percebeu nada. Ou melhor percebeu mas está-lhe a custar o resultado. De abstracto o que se discutia não tinha nada, mais claro não poderia ser. Ou sim ou não, tão simples quanto isso. A abstracção vem depois, no fazer de conta que não valeu de nada, que não foi importante.
(continuar a ler "Abstracto")
O César das Neves é que é abstracto: do Lat. abstractu, adj., que designa uma qualidade separada do objecto a que pertence; distraído; contemplativo; absorto; alheado; preocupado; pop., de compreensão difícil; obscuro, vago, abstruso (texto); s. m., o que se considera existente só no domínio das ideias e sem base material;

lipemarujo

domingo, fevereiro 11, 2007

AsSIM seja

lipemarujo

Burocracia eleitoral

Porque ao mudar de casa mudei de freguesia, para me recensear na nova freguesia sou obrigada a comprar um novo BI. Recusei-me a fazê-lo. Agora vou para ocidente votar, uma chatice. Mas vou e já volto!

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Ontem pescou-se passarinhos



lipemarujo

sexta-feira, fevereiro 09, 2007

Higienização Mental [no feminino]

Acabo de limpar alguns contactos que parasitavam a agenda do telemóvel. Isto porque na sua maioria nem me recordava como tinham ido lá parar.

No MSN exclui o contacto daqueles com quem eu não comuniquei mais que uma vez. De repente, pareceu-me ser este um ponto final na adolescência, algo que só um adulto poderia fazer. Agora é que o meu irmão mais novo vai gozar comigo! Tenho uma lista de contactos menor do que lista de on-line's que ele costuma ter...

Nota 1: o facto de estar a swingar o Black is Black em pleno escritório, não abona nada em favor da minha salubridade mental...


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quinta-feira, fevereiro 08, 2007

Leituras

[...] qual o regime que melhor se adequa a um "estado liberal"? Não falta quem mostre como a democracia, partindo da liberdade de voto, pode pôr em perigo outras liberdades individuais. [...] De forma a seduzir o eleitor, os agentes políticos tendem a oferecer cada vez mais serviços por parte do Estado, que é assim forçado a interferir cada vez mais na esfera privada dos indivíduos. Podemos ser livres para votar, mas temos menos liberdade quotidiana. O problema está em que uma ditadura, por muito liberal que seja, não comporta um risco menor para as liberdades. Quanto mais não seja, porque, numa ditadura, é mais difícil controlar um eventual abuso de poder. Aos defensores da liberdade resta, portanto, um caminho: defender, no jogo democrático, que o poder democrático deve ser limitado, para que os interesses de uma parte não se sobrepunham à liberdade de outros procurarem satisfazer os seus. Cabe aos defensores da liberdade defender o "Estado liberal" sem o qual, sem a ordem por ele estabelecida, essas liberdades não têm garantia de sobrevivência. Mas precisamente por essa ordem ser tudo menos "natural", nada nos garante que ela possa ser mantida. Só a força dos que a defendem o pode garantir. Neste caso, através da força da argumentação dos que o querem ver em Portugal.

Bruno, in Desesperada Esperança

[via aAdF]

[aL]

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Porque um Bom dia é quando uma mulher quiser!

Não procuro ícones. Quero deuses!

[aL]

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Decisoes politicas

As vezes leio coisas e nao compreendo. Acontece a todos. Mas ha coisas que ainda entendo menos.
"Segundo o dirigente social-democrata, numa entrevista recente o ex-ministro das Finanças do actual executivo Campos e Cunha "denunciou que a decisão do Governo em avançar com a Ota foi estritamente política" e "não fundamentada" em estudos consistentes."
Em tempos escrevi sobre isto, sobre o absurdo de se tomar decisoes politicas assim no vazio. O que significa isso? Sobretudo numa questao tao tecnica como a construcao de um aeroporto?!
Disse que sendo assim o Governo deveria tomar a decisao politica de acabar com o desemprego, com as listas de espera na saude, com a criminalidade,com a fome e a pobreza mundiais tambem.... eu sou a favor.
ps- acentos indisponiveis, fiquem de pe... teclado britanico, humor a condizer
lipemarujo

Da China

O que ja se sabe mas convem relembrar. A China cresce (e ainda bem, o Mundo precisa de equilibrio) e o seu papel no mundo tendera a crescer (exemplo, tambem no Le Monde), no entanto vao colocando minas no seu percurso, minas essas que um dia vao rebentar de certeza.



ps- ainda sem acentos
lipemarujo

Quinta-feira com...

... o icone de uma (alias varias) geracao(oes)...
... the one and only:


ps- eu disse que a coisa ia ficar feia (ou linda como aqui se ve)...
ps2- sem acentos porque estou a trabalhar esta semana no British Council,e os teclados daqui nao tem dessas coisas. Logo actualizo.
lipemarujo

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quarta-feira, fevereiro 07, 2007

Um post directamente da cozinha

A man's face is his autobiography. A woman's face is her work of fiction.

Oscar Wilde


[aL]

Diz que é uma espécie de post

Paulo Pinto Mascarenhas consegue ao falar do caso do vídeo dos Gato Fedorento, nomeadamente neste último post, acertar em muitas coisas. Mas teima em voltar a bater numa tecla onde não tem razão e espanta-me como ainda não teve discernimento suficiente para se aperceber.
Comecemos pelas coisas em que acerta.
(continuar a ler "Diz que é uma espécie de post")

Citações CXLXI

But I know also, that laws and institutions must go hand in hand with the progress of the human mind. As that becomes more developed, more enlightened, as new discoveries are made, new truths disclosed, and manner and opinions change with the change of circums tances, institutions must advance also, and keep pace with the times. We might as well require a man to wear still the coat which fitted him when a boy, as civilized society to remain ever under the regimen of their barbarous ancestors.

Thomas Jefferson, in The Works of Thomas Jefferson [Letter to Samuel Kercheval]

[aL]

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terça-feira, fevereiro 06, 2007

Jefferson and Property

Whenever there is in any country, uncultivated lands and unemployed poor, it is clear that the laws of property have been so far extended as to violate natural right. The earth is given as a common stock for man to labour and live on. If, for the encouragement of industry we allow it to be appropriated, we must take care that other employment be furnished to those excluded from the appropriation. If we do not the fundamental right to labour the earth returns to the unemployed. It is too soon yet in our country to say that every man who cannot find employment but who can find uncultivated land, shall be at liberty to cultivate it, paying a moderate rent. But it is not too soon to provide by every possible means that as few as possible shall be without a little portion of land. The small landholders are the most precious part of a state.
[bold meu]

Thomas Jefferson, in The Papers of Thomas Jefferson [Letter to James Madison]

[aL]

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segunda-feira, fevereiro 05, 2007

Citações CXLX

[...] Jefferson's choice in the Declaration to speak of "life, liberty, and the pursuit of happiness" rather that the Lockean threesome of "life, liberty, and property," is itself significant. Remarkably, when the Marquis de Lafayette, the statesman and principal author of the French 1789 Declaration of Man and Citizens, sent Jefferson returned it with the words "right to property" bracketed and replaced by "pursuit of happiness". For Jefferson, property rights were important, but important mainly as intruments for promotion of human happiness; when property law stands in the way of human happiness, it is in need of reform.

Craig Duncan, in Libertarianism for and against

[a propósito deste post]


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Sou anónimo

Uma conversa de café no blogue kontrastes do João Ferreira Dias.
Lá se diz que preferi o anonimato, confesso que não se trata de preferir nem deixar de preferir. A questão da identidade na blogosfera não serve para grande coisa. Ou se é figura pública e aí sim a coisa pode interessar e ter influência, ou não se é e tanto lipemarujo como Filipe Pinto da Silva significam o mesmo para 99% dos bloggers e leitores.

lipemarujo

O verdadeiro combate pela Liberdade©

«"Eu sou contra o aborto e até acho que está ali uma vida humana. Mas não devo impor esta minha opinião aos outros. Tem de haver liberdade para decidir." Muitas pessoas votarão "sim" no próximo referendo com esta posição. Acham que em tema tão decisivo para a vida da mulher deve dar-se liberdade.

O mais espantoso neste raciocínio é que este é o único campo em que é aplicado. Em todos os outros aspectos sociais ninguém raciocina deste modo. »

É curioso, que uma pessoa reconhecida pelo seu liberalismo there's no free lunch, venha agora alegar que se não há liberdade de escolha noutras áreas da vida dos indivíduos, também não pode haver nesta questão tão pessoal e íntima. Sempre pensei que o caminho fosse demonstrar que a liberdade e responsabilidade individuais podem e devem ser aplicadas a outros aspectos da vida quotidiana, desde a política e cidadania à economia...

Ah! ok, agora percebi... esta citação é do João César das Neves!

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Lendo

Dois livros: estou a terminar ainda o livro de viagens do Jean Paul Kauffman sobre as Ilhas Kerguelen, e do qual tenho vários excertos que gostava de postar. Comecei há poucas noites a leitura duma publicação póstuma de Vergílio Ferreira, "Escrever". É desse livro que deixo aqui algumas passagens agora:

" Mas a memória traz com ela a sua dissolução e essa ténue neblina é o melhor de si. E é isso o que mais se lhe condena. Não bem o recordar, mas sobretudo o evocar. Ou para lá disso, o absoluto disso que pode transluzir numa situação de acaso em que nada nos lembra, como ao ver o mar, a montanha, o espaço de um céu nocturno. Não será essa a que preside às artes? Uma emoção sem contornos em que um quadro ou um poema coalhou?"

" A pátria, como tudo, és tu. Se for também a do teu adversário político, é já problem´tico haver pátria que chegue para os dois."

"O imperativo da lei não é por força um imperativo moral. A transgreção do primeiro pode dar arrependimento, sobretudo se o resultado for desastroso. Mas só a do sgundo dará remorso. Porque são coisas diferentes. Violar uma lei de trânsito não é violar uma criança. E é na medida em que tendem a igualar-se, que o dever se iguala a uma obrigação. Se queres saber em que medida em ti se igualam, vê se no fim tens inquietação e não sofrimento. Se tens só inquietação, passa o termo remorso para o dicionário de arcaísmos."

lipemarujo

Um post directamente da cozinha

In a country in which a woman is always free to exercise her power of choosing, and in which education has prepared her to choose rightly, public opinion is inexorable to her faults.

Alexis Tocqueville, Democracy in America

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domingo, fevereiro 04, 2007

Laspo Linguístico

Maria Flôr Pedroso [a entrevistora]: Parece que o vídeo do Gato Fedorento é o vídeo de comédia mais visto, creio que até do mundo
Professor Marcelo: Não, Não, o meu 1º vai à frente .

Cada um sabe a comédia que faz...

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sábado, fevereiro 03, 2007

"Olé"

Nao se hei-de rir se hei-de chorar:


lipemarujo

ELE já chegou


(Prometido)

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Capinhas

Quantos e quantos jogos eu já vi no futebol português de uma equipa dos grandes, sem ser o Benfica claro, a massacrar o adversário, a ter o azar do jogo, a ter pela frente um guarda-redes a brilhar... e nunca vi capinhas como estas no dia a seguir. Nem vamos mais longe, a semana passada o FC Porto por exemplo, mandou três bolas aos postes, dominou o jogo, teve um jogador mal expulso, uma grande penalidade por assinalar (talvez duas) e no dia a seguir... nada.
Quem não vê isto só não vê porque não quer. Existe um tendiciosismo permanente na comunicação social, e na desportiva a coisa é tão gritante que muitos já nem reparam, a normalidade é um comentador gritar um golo duma equipa como que a festejar e um golo da outra a disfarçar na voz a azia enorme que a molda.




lipemarujo

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Citações CXLIX

Um post directamente da cozinha

The Americans are at the same time a puritanical people and a commercial nation: their religious opinions, as well as their trading habits, consequently lead them to require much abnegation on the part of woman, and a constant sacrifice of her pleasures to her duties which is seldom demanded of her in Europe. Thus in the United States the inexorable opinion of the public carefully circumscribes woman within the narrow circle of domestic interest and duties, and forbids her to step beyond it.

Alexis Tocqueville, Democracy in America

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sexta-feira, fevereiro 02, 2007

Nada nem ninguém

É preocupante, pelo menos aqui em Bruxelas, a ausência de artistas portugueses em muitos dos projectos desenvolvidos por institutos culturais ou instituições europeias ou ainda organizações de todo o tipo nas mais variadas áreas da cultura. E isto acontece não porque essas organizações e instituições não desejem incluir portugueses nos seus projectos mas antes porque não encontram forma de estabelecer contacto com artistas ou organizações que lidem com essa área. O pouco que se faz, deve-se à carolice de alguns (exemplo) portugueses, e à internacionalização de uns quantos artistas. Mas nada nem ninguém desempenha o papel oficial de intervir activamente a nível cultural para promover os "produtos" nacionais, não há nada nem niguém que estabeleça pontes para que os portuguess saibam das oportunidades que existem (todos os meses praticamente) para artistas (jovens, menos jovens, novatos, confirmados, desconhecidos, etc, etc) se mostrarem e participarem em projectos culturais.

lipemarujo

Obscena

Já está disponível on-line a nova revista Obscena.

Diz o Tiago Bartolomeu Costa, no seu editorial que «Talvez nenhuma altura seja boa para começar um projecto editorial independente; e esta em que vivemos a menos indicada de todas» Não posso discordar mais com o meu amigo Tiago, é nestas alturas de maior instabilidade que os projecto que são realmente independentes podem vingar. Porque são eles que oferecem outras perspectivas, outras opções. São eles que nos demonstram que a livre iniciativa e o empreededorismo são pilares fundamentais para o desenvolvimento e sustentação de um projecto, que este não necessita de moletas estatais para que possa prosseguir.

Votos de maior sucesso para o Tiago e restante equipa, particularmente para o meu grande amigo Louraço [e quê, sempre se vai fazer o cruzeiro até ao Funchal? Estás a dever-me um copo, pá!]

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quinta-feira, fevereiro 01, 2007

Porque não há outra hipótese

Tentei ao máximo evitar escrever sobre o referendo. Mas parece que ele anda
em todo o sítio - jornais, rua, televisão, humor - que acabou por me
obrigar a escrever.

Compreendo que haja pessoas que sejam contra a despenalização do aborto. Até entendo algumas das razões. Partilho de algumas delas, aliás. É normal e compreensível que muitas das pessoas que vão votar sim nunca irão fazer um aborto, nem sequer tomem tal hipótese em consideração. Mas, ao fazê-lo, estão a assinalar que compreendem a necessidade, a obrigação de o Estado não restringir coersivamente a liberdade de opção.

Como pode um colectivo impor uma ideia de civilização, forçar uma parte substancial dos indivíduos a seguir um caminho que não pretende? Porque há-de o Estado impor uma moral, uma ética ou convicções doutrinárias a cidadãos que apenas pretendem ter o direito à escolha, sem, com a adopção desta, atingir os direitos de outrém? Claro que o feto poderá representar uma futura vida humana. Mas também não é esse o caso quando se trata de uma violação? No entanto, os defensores do não aceitam, na sua maioria e neste caso específico, o aborto. Não podemos esquecer que até um certo período da gestação, o feto ainda não tem, por exemplo, actividade cerebral.

Como pode um Estado obrigar um sem número de pessoas a financiar opções das quais (moralmente) não partilha? Até que ponto tem um número de cidadãos com uma mesma convicção o direito de reprimir a vontade dos restantes?

Um Estado tem de existir para assegurar liberdades, não para impor
proibições.


(Prometeu)

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"What you gonna do?"


lipemarujo

Porque um Bom dia é quando uma mulher quiser!

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Quinta-feira com...

Será que a do Adão era assim?

lipemarujo

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Appassionata [this is not what I’m waiting for]


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